Eu estou sobre uma das trinta e cinco passarelas numeradas, da Avenida Brasil, uma rodovia movimentadíssima do Rio de Janeiro, onde brigam: motos, ônibus, carros, caminhões, e em alguns trechos conhecidos, os usuários de drogas, arrastões, roubos de veículos, de celulares, acidentes diários, entre outras irregularidades, em disputas territoriais, do cada um por si, sem apelação. Eu, lá de cima, observo todas essas situações no trânsito, da falta de educação massiva de uma boa parcela da população, por aqui, em nosso Município. Tudo isso, sem comentar a crescente movimentação do tráfico de drogas e extermínios, em várias localidades do Rio de Janeiro. Quase fui atropelado por um motociclista em cima da passarela, que se achou com razão sobre a minha reclamação. O Rio de Janeiro é como uma cidade do velho oeste. É terra sem lei, onde a bagunça impera. O desrespeito às normas de convivência e a busca incessante por vantagem individual em detrimento do coletivo são visíveis em cada esquina. Infelizmente, essa realidade parece ser marca registrada em nossa complicada geografia, onde muitas vezes o compromisso com a segurança e o bem-estar comum fica em segundo plano. A falta de infraestrutura adequada, de fiscalização eficiente e a sensação de impunidade acabam alimentando esse comportamento agressivo e irresponsável, criando um ciclo de mudança que esbarra na insegurança e desordem difícil de quebrar. A sensação é de que, a cada dia, a cidade se afunda mais nessa espiral de caos. É muito triste vivenciar essa realidade sem futuro. Tenho pena de meus netos e futuros bisnetos que herdarão essas situações, ofuscando qualquer hipótese de um futuro melhor. O Rio de Janeiro continua lindo, só para inglês ver.
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