domingo, 31 de agosto de 2025

O encanto e o limite.

De repente, o olhar se perde. Há um brilho, uma presença, um perfume discreto que invade a alma. O coração se move como se tivesse encontrado no rosto alheio o reflexo de um sonho. É humano encantar-se, é natural admirar a beleza que Deus espalhou pelo mundo. Mas logo, como um sopro de consciência, surge a lembrança: Não cobiçarás a mulher do teu próximo. O mandamento não cai como peso, mas como guia, aos homens despojados dessa ideia. Um alerta suave aos desavisados. Ele recorda que o encanto não é posse, que a beleza não é convite e que o desejo, se nutrido sem freio, pode envenenar a alma. Há mulheres que florescem em jardins já cuidados, corações que batem sob alianças e promessas. Tocar esse solo seria profanar não apenas uma união, mas também a essência de quem deseja. Então, o homem que se vê diante do encanto precisa aprender a transformar sua chama e seus pensamentos. Em vez de cobiça, a admiração. Em vez de desejo, o respeito. Em vez de apropriação, o silêncio e a distância. Porque o verdadeiro amor, ainda que guardado em segredo, não busca destruir, mas preservar. A grandeza não está em ceder à tentação, mas em erguer-se diante dela com a serenidade de quem compreende: nem tudo o que encanta deve ser tomado. Assim o coração se purifica. E aquilo que poderia ser tropeço torna-se lição, torna-se oração, torna-se força. E o homem em paz consigo e com Deus, entende que o encanto foi apenas um espelho mostrando-lhe que a beleza existe, mas que a fidelidade é maior que qualquer desejo e mais luminosa que o amargor da sinceridade.

 

 

Primavera em forma de mulher.

 De repente tudo virou desencanto. Não houve anúncio nem aviso nos céus, apenas um sopro pesado que apagou a chama do que antes parecia eterno. As folhas murcharam e sua cor, outrora vibrante, perdeu-se no tom amarelado do fim. O solo, agora coberto de memórias secas, já não acolhe a vida, mas apenas o rastro do que já floresceu. Os passarinhos calaram-se. O canto que preenchia a manhã foi engolido por um silêncio profundo que ecoa mais alto que qualquer grito. Não há música, não há melodia apenas a ausência que pesa no peito como pedra. O vento extenuado já não sopra como antes. Toca o rosto de forma fria e não tem mais forças para espalhar as folhas mortas ao chão. Até ele se rendeu ao cansaço do tempo. E dentro de mim uma tristeza enorme se ergue. Não é apenas o pranto de um instante, mas uma sombra que se alastra, tomando cada espaço do coração. O desencanto chega como um inverno que se prolonga, gelando as raízes, adormecendo a esperança. Não é feito de um único motivo, mas de pequenos nadas acumulados. Sonhos que se perderam, promessas que não vingaram caminhos que não se cumpriram. O mundo que antes era feito de cores, agora veste tons cinzentos. Os dias se arrastam como se fossem todos iguais e até a memória parece estafada de recordar o que já foi bonito. O tempo implacável parece ter parado apenas para mostrar o quanto a vida pode ser árida. Mas ainda assim, em meio ao silêncio e às folhas mortas, sinto uma leve teimosia da alma. Algo que insiste em não sucumbir totalmente. Talvez o desencanto seja apenas o intervalo antes do renascimento. Ocasionalmente, seja necessário aceitar o silêncio para um dia voltar a ouvir o canto. Eventualmente seja preciso encarar o frio para reconhecer o valor do calor. Tudo agora é tristeza. É verdade. Mas até o desconsolo, como as estações, passa. E mesmo que hoje o vento não consiga levar embora as folhas mortas, virá o dia em que ele trará de volta o perfume da primavera. E então, quando tudo parecia perdido, ela surgiu. Uma mulher caminhando como quem traz consigo a promessa da primavera. Seu olhar era claridade, sua voz era canto, seus passos espalhavam flores invisíveis pelo caminho. O vento, que já não tinha forças, ergueu-se em reverência ao toque de sua presença. Os pássaros, antes emudecidos, encontraram nela a coragem para voltar a cantar. Ela não trouxe apenas o perfume da estação. Trouxe a certeza de que a vida sempre recomeça. Que o desencanto é apenas um véu passageiro e que no coração de quem insiste em esperar, a primavera sempre retorna. E assim, diante dela, compreendi: nenhuma tristeza é eterna quando o amor veste o rosto da primavera.

 

 


A calúnia como refúgio dos fracos.

Vivemos em um tempo em que o debate deveria ser uma ponte entre opiniões diferentes, mas muitas vezes ele se transforma em um campo de ataques. Quando alguém não tem mais argumentos, infelizmente recorre à calúnia. E isso diz muito. Caluniar é acusar sem provas, espalhar mentiras ou tentar sujar a imagem de quem pensa diferente. É o que acontece quando a razão falha e só resta o ataque. É como se, por não conseguir vencer na base da lógica, a pessoa tentasse destruir o outro com palavras falsas. Nas redes sociais, isso se tornou ainda mais comum. Em vez de conversar, muitos preferem atacar. Isso afasta a discussão verdadeira e cria medo nas pessoas de se expressarem, porque ninguém quer virar alvo de mentira, ódio ou cancelamento. Mas a verdade é que quem precisa difamar já perdeu o debate há muito tempo. Vence mesmo quem sabe argumentar com respeito, com dados, com calma. E, principalmente, quem sabe ouvir. Se quisermos uma sociedade mais justa, mais inteligente e mais ética, precisamos aprender a discutir sem destruir. Porque no fim das contas, quem escolhe a desonra mostra que não tem razão nem coragem para encarar a verdade.

 

À nossa filha Glaucia, irmã, sobrinhos, e futura ‘tivó’, não tão distante assim.

 No dia 1º de setembro de 1973, você chegou ao mundo trazendo consigo uma luz diferente, um brilho que desde cedo iluminou nossas vidas e aqueceu nossos corações. Aquele dia marcou o início de uma linda história. A sua biografia. E desde então, todos que a acompanham de perto sabem o quanto você é especial. Você cresceu em meio à nossa família, cercada de amor, cuidado e também de desafios. Cada fase da sua vida foi escrita com coragem e determinação. Você nunca teve as coisas fáceis. Você enfrentou sempre percalços, quedas, dúvidas e até momentos em que tudo parecia difícil demais, mas nunca, jamais mesmo desistiu. E isso é o que mais nos emociona: a sua força! Você se tornou uma mulher guerreira, dessas raras de encontrar. Você competiu com os obstáculos de frente, cabeça erguida, coração firme e fé no amanhã. E como venceu! Hoje você vive na Suíça, ao lado do seu marido, fruto das escolhas que fez com consciência e coragem. Mas, mais do que onde você mora, o que importa é o que você construiu: uma vida digna, sólida, cheia de valores e afeto. Você venceu pela força do trabalho, pela sua seriedade e, principalmente, por ser verdadeira com quem você é. Apesar da distância, nunca deixou de ser presente. Você sempre esteve com a gente na forma virtual, quase que diariamente, em pensamento, em atitudes, em gestos de carinho, nas mensagens escritas e auditivas, nas palavras certas, na hora certa. Sempre atenta aos seus pais, aos seus irmãos, àqueles que fazem parte da sua história. Você nunca se esqueceu de onde veio e isso diz muito sobre o seu caráter. A família, para você, sempre foi e continua sendo o mais importante. E nós, seus pais e irmãos, sentimos um orgulho que não cabe no peito. Orgulho da mulher que você se tornou. Orgulho da filha que nunca deixou de estender a mão. Da irmã que sempre ouve, acolhe, dá conselhos, compartilha momentos, mesmo que à distância. Orgulho da sua jornada, uma caminhada construída com suor, amor e fé por seu amadurecimento, Glaucia. E hoje compreende com clareza uma das maiores verdades da existência: que a vida com tudo o que traz as dores e alegrias, perdas e conquistas. É, ainda assim, o maior presente que podemos receber. E você sabe valorizá-la. Sabe viver com leveza, com sabedoria, com gratidão. Seus pais te amam profundamente. E seus irmãos te admiram mais do que as palavras conseguem expressar. Você é um elo forte na nossa família. Um exemplo de superação, de bondade, de cuidado. O que você construiu em si mesma vale mais do que qualquer medalha: você se tornou uma mulher admirável. E mais do que isso: uma pessoa boa, humana, afetuosa, que toca a vida dos outros com gestos simples e verdadeiros. Neste novo ciclo, desejamos que o amor te acompanhe todos os dias. Que você continue a trilhar caminhos de paz, que nunca te falte saúde, que sua fé permaneça firme e que você siga sendo essa filha maravilhosa, essa irmã querida e essa mulher forte que tanto nos orgulha. Receba, mesmo à distância, o nosso abraço mais apertado e o nosso amor mais sincero. Que o dia 1º de setembro nunca passe despercebido, pois foi o dia em que o mundo ficou melhor só por ter recebido você. Com todo o seu amor, seus pais e seus irmãos.

domingo, 17 de agosto de 2025

As notas musicais, nas calçadas de Vila Isabel.

Vila Isabel, bairro carioca de alma e coração, é um lugar onde a história da música se mistura com o ritmo da vida cotidiana. As calçadas dessa região, embora simples à primeira vista, guardam em cada pedra o eco das melodias que marcaram uma era. As notas musicais, imortalizadas nas canções de Noel Rosa, transcendem o papel e se fazem presentes nas ruas, nas esquinas e nas lembranças que perpassam a memória coletiva. Noel Rosa, filho de Vila Isabel, tornou-se um dos maiores compositores da música brasileira, e sua obra reverbera até hoje como um símbolo de autenticidade, poesia e crítica social. Ele nasceu no bairro e fez dele o cenário de suas histórias e canções, tornando Vila Isabel um reduto de samba e melodia. Suas letras, com humor e ironia, pintam quadros da vida carioca, traduzindo com maestria a dor e a alegria do povo brasileiro. Quando alguém caminha pelas calçadas de Vila Isabel, é quase possível ouvir as notas de “Feitiço da Vila” ou de “Com Que Roupa?”. As canções de Noel, que falam tanto de amor, saudade e das coisas simples do cotidiano, estão impregnadas no ar. Cada esquina carrega uma melodia, e cada rua parece ter seu próprio ritmo, como se os próprios calçadões fossem um reflexo da alma de Noel, personificando o samba em suas mais diversas formas. Ao contrário do que muitas pessoas possam imaginar, as notas musicais das calçadas de Vila Isabel não são de papel. Elas não se limitam a partituras esquecidas em gavetas ou aos registros em discos de vinil. Elas são de vida. Elas dançam no compasso dos passos dos que por ali circulam, nos acordes que saem dos bares e das praças, nas rodas de samba e nas memórias dos que foram e dos que vieram depois. Em cada verso, a arte de Noel se materializa nas ruas. O samba, que foi sua assinatura, encontra eco nas palmas e nas vozes daqueles que, com sua energia contagiante, continuam a celebrar sua obra. A Vila, com suas raízes profundas na música popular, transforma-se numa homenagem viva ao legado do sambista. Seus moradores e visitantes não apenas convivem com a história, mas a respiram a cada dia, como se fossem parte da própria melodia que ele criou. Portanto, as notas musicais de Vila Isabel são eternas e imortais. Elas são a trilha sonora de uma cidade que nunca esquece suas origens, que faz do samba sua maior expressão cultural e que mantém vivos, até hoje, os acordes que Noel Rosa fez nascer ali, em cada canto da sua terra natal.

quinta-feira, 14 de agosto de 2025

O destino e as escolhas de um amor

     

No firmamento existem estrelas cintilantes, mas seus olhos... ah, seus olhos! Sempre flamejantes! Guardam segredos que o céu não ousa ter um universo inteiro num simples olhar de você. Há um sol que se curva ao lhe ver passar e um tempo que para só pra lhe escutar. Você é poesia que respira e caminha, ímã mulher que magnetiza, que o mundo sozinha aninha. Mesmo amada, mesmo entregue e jurada a vida inteira ainda não lhe diz nada. Pois em você mora algo que escapa à razão, um perfume de alma, um toque em oração. E eu que apenas contemplo em silêncio profundo, me rendo à beleza que move seu mundo. Não pra possuir, nem pra desalinhar, mas pra lhe escrever... e lhe eternizar.

Amor! O sangue que corre em mim.

O sangue que corre nas minhas veias carrega mais do que vida, te transporta. Corre com a pressa de um beijo esperado, com a calma de um abraço demorado, com o brilho sereno do teu olhar. Cada batida do meu coração é um poema sussurrado em silêncio. É teu nome escrito nas entrelinhas do meu corpo. É que o amor mora em mim como se sempre tivesse sido lar. Nas veias ele dança feito promessa eterna, feito lembrança doce de um toque que ficou. Meu sangue te conhece. Sabe o caminho do teu riso, o som da tua ausência, o perfume do teu afeto. E mesmo quando não estás, tu vives aqui no pulsar calmo e certo de quem ama por inteiro, sem medida, sem razão. Porque te amar é tão natural quanto respirar, tão vital quanto o sangue que  insiste em me lembrar: sou teu, mesmo sabendo que não és minha. 

terça-feira, 12 de agosto de 2025

O Sabido Muda de Ideia, o Ignorante Busca Desculpas.

Mudar de ideia é, muitas vezes, visto como fraqueza por aqueles que não compreendem o valor do conhecimento em constante evolução. No entanto, é justamente na capacidade de repensar, reavaliar e reconhecer enganos que mora a verdadeira sabedoria. O sábio não é aquele que está sempre certo, mas aquele que, diante de novos argumentos, novas informações ou novas experiências, tem a humildade e a coragem de dizer: “eu estava errado”. Por outro lado, o ignorante, não no sentido ofensivo da palavra, mas sim como aquele que se recusa a aprender e encontra mil desculpas para manter sua posição. Justifica sua teimosia com orgulho, se esconde atrás de crenças ultrapassadas ou distorcidas, e rejeita qualquer questionamento como uma ameaça à sua identidade. Ele não busca a verdade; busca apenas estar “certo”, mesmo que isso signifique permanecer no erro. Essa diferença de postura diz muito sobre o caráter e a maturidade de uma pessoa. O gênio entende que o mundo está em constante mudança, e que aprender é um processo contínuo. Sabe que cada pessoa tem algo a ensinar e que mudar de opinião não é sinal de fraqueza, mas sim de evolução. Já o ignorante, por medo ou arrogância, se prende a ideias fixas, tornando-se prisioneiro das próprias limitações. É fácil reconhecer os dois perfis no dia a dia. O sabido ouve, pondera, reflete. Ele aceita críticas e usa o questionamento como uma ferramenta de crescimento. Já o ignorante reage com raiva ou desprezo diante do contraditório, pois para ele, admitir erro é sinal de humilhação, não de amadurecimento. No fim, o caminho da sabedoria exige coragem: coragem para admitir falhas, para recomeçar, para reconstruir pensamentos. Já o caminho da ignorância se alimenta de medo: medo de parecer fraco, de perder status, de sair da zona de conforto. Portanto, se há um traço que diferencia o sábio do ignorante, é a humildade. E, muitas vezes, essa humildade começa justamente na simples, porém poderosa, atitude de mudar de ideia.

sábado, 9 de agosto de 2025

Tua ausência

Às vezes, penso que foste só um suspiro, um sopro breve no véu da existência, então teu nome pulsa em mim, feito oração dita em silêncio, sem fé. Carrego tuas lembranças como cinzas quentes, sem saber se me queimam ou aquecem, e cada gesto meu parece um eco teu, mesmo quando o mundo já te esqueceu. As noites são poços onde mergulho, buscando teu rosto na superfície do escuro, mas só encontro meu reflexo cansado, afogado no mar do que nunca foi. E se a lua brilha, é só para me lembrar do que perdi na curva de um adeus mudo, das palavras que calei por orgulho, e da tua ausência, que agora é tudo.

terça-feira, 29 de julho de 2025

Exame de próstata.

Caros leitores,

A saúde é o maior bem que possuímos, e o cuidado com ela deve ser uma prioridade constante, especialmente quando se trata de questões que afetam nossa qualidade de vida e bem-estar a longo prazo. Entre os cuidados que todo homem deve ter, os exames periódicos da próstata são essenciais para detectar possíveis problemas precocemente, e assim, garantir um tratamento mais eficaz e menos invasivo.

Recentemente, eu mesmo passei por uma experiência que me fez refletir ainda mais sobre a importância da prevenção. Fui fazer uma avaliação médica para tratar de um possível quadro de hiperplasia benigna da próstata, que é uma condição comum entre os homens à medida que envelhecem. A princípio, tudo indicava que seria esse o diagnóstico, mas, após o exame, o médico encontrou um nódulo na minha próstata e me encaminhou para uma biópsia. Embora eu não estivesse sentindo sintomas evidentes, a possibilidade de algo mais grave, como o câncer de próstata, gerou preocupação.

Felizmente, o médico me orientou a seguir com os exames, e a biópsia será uma ferramenta importante para a confirmação do diagnóstico. Esse processo, embora tenso, reforçou em mim a importância de não esperar que os problemas apareçam para agir. A sensação de insegurança é natural, mas a prevenção e o acompanhamento médico são fundamentais para qualquer diagnóstico.

Por que os exames periódicos são tão importantes?

  1. Detecção precoce de doenças: O câncer de próstata, por exemplo, é uma das doenças mais comuns entre os homens, mas quando detectado nos estágios iniciais, as chances de sucesso no tratamento são muito maiores. Exames como o PSA (Antígeno Prostático Específico) e o toque retal, embora muitas vezes causadores de certo desconforto, são fundamentais para identificar alterações ainda sem sintomas.

  2. Prevenção e qualidade de vida: A hiperplasia benigna da próstata (HPB) pode causar dificuldades urinárias, mas é uma condição tratável, desde que diagnosticada a tempo. A realização regular de exames ajuda a identificar a doença antes que ela interfira significativamente na sua rotina.

  3. Quebra de tabus e conscientização: Muitos homens ainda têm receio de realizar esses exames devido ao preconceito ou desconforto associado, mas é importante lembrar que a saúde vem em primeiro lugar. A conscientização sobre a necessidade de cuidados preventivos, em vez de esperar por sintomas graves, deve ser uma prioridade.

Quem deve fazer os exames?

  • Homens a partir dos 50 anos: De acordo com especialistas, essa é a idade recomendada para iniciar os exames periódicos de próstata, principalmente se houver histórico familiar de câncer de próstata.

  • Homens com histórico familiar de câncer de próstata: Mesmo antes dos 50 anos, quem tem pais ou irmãos que tiveram a doença deve considerar a realização de exames mais precoces, como orientação do médico.

Exames principais:

  • PSA (Antígeno Prostático Específico): Um exame de sangue que mede a quantidade de PSA no organismo. Níveis elevados podem indicar problemas na próstata, como infecção, inflamação ou câncer.

  • Toque Retal: Embora seja um exame mais conhecido e que gera certo desconforto, ele é fundamental para a detecção de nódulos ou alterações na próstata que não aparecem em outros exames.

A importância da resiliência e da orientação médica

É natural que, ao receber a recomendação de realizar exames, muitos homens sintam-se inseguros ou receosos. No entanto, a prática da resiliência é essencial. A atitude de cuidar da saúde com coragem e precaução, sem esperar que os problemas se tornem graves, pode salvar vidas. Lembre-se de que prevenir é sempre melhor do que remediar.

Além disso, é fundamental que cada um de nós confie em seu médico e busque esclarecimento sobre qualquer dúvida que surgir. Cada caso é único, e um acompanhamento adequado garante que o tratamento, quando necessário, seja o mais eficaz possível.

Conclusão:

A luta contra doenças como o câncer de próstata e a hiperplasia benigna depende de nós mesmos. É um ato de cuidado, respeito e responsabilidade com a nossa saúde e com as pessoas que amamos. Não deixe para amanhã o que pode ser prevenido hoje. Ao se cuidar, você também está dando um exemplo de como a conscientização e o autocuidado devem ser prioridades em nossa vida.

Eu mesmo estou passando por esse processo de exames e confesso que, embora ainda haja incertezas, a resiliência e a fé têm me dado forças para seguir em frente com coragem. A saúde de todos nós depende da nossa ação. Não espere que os sintomas apareçam. Agende seu exame, converse com seu médico, e faça da prevenção uma escolha de vida.

A saúde sempre em primeiro lugar! Obrigado a todos.

Eu e uma flor.

A flor nasceu no jardim. Tão viva quanto a mim. Tem caule, folhas e cor. Eu tenho corpo e amor. Ela respira em silêncio. Eu com pulmões em movimento. Ela bebe o sol da manhã. Eu bebo a luz que a vida dá. A flor floresce, eu também. Cada um do seu próprio jeito. Ela dá frutos e sementes. Eu dou sonhos no meu peito. Se a planta é um corpo inteiro, a flor é seu coração. Bate forte pela vida. Feita de pura emoção. Então entendi, com ternura, que a flor não é só beleza. Ela é viva, tem doçura. É irmã minha na natureza.

segunda-feira, 21 de julho de 2025

O mistério do arco-íris.

Conhecer os pensamentos de uma mulher, é como buscar o fim do arco-íris. Onde as cores dançam no horizonte, mas o fim se esquiva, sempre distante. São mistérios guardados em suspiros, em olhares que falam sem palavras, em silêncios profundos que ecoam, em sonhos que, ao acordar, se dissipam. Cada ideia, uma nuvem que passa. Cada emoção, um raio de sol escondido.Tudo se mistura em cores e sombras, como um caminho onde o fim não é seguido. Mas a beleza está na busca, na jornada sem fim que nos encanta. No arrebatamento de entender que o mistério é parte do que fascina. Então, não procure por respostas, mas abrace o que é sutil, pois o arco-íris não tem fim, e o segredo está em viver a maravilha das dúvidas.

terça-feira, 15 de julho de 2025

O ritual de passagem do tempo.

No silêncio entre o ontem e o agora, há um limiar invisível. Ninguém o vê cruzar, mas todos o atravessam. O tempo não bate à porta. Ele entra, senta-se à mesa, bebe do nosso copo, e nos observa envelhecer com uma paciência que só os deuses têm. Há um ritual em cada gesto: ao calçar os sapatos pela manhã, ao apagar a luz antes de dormir, ao soprar a vela de mais um ano ou ao esquecer um nome que antes era íntimo. Não há tambor que anuncie, nem sacerdote que abençoe. O rito se faz no corpo: na curva da coluna, na leveza da infância que se afasta, na sombra da primeira ruga que brota como raiz de árvore no rosto. Cada estação carrega seu próprio altar. No verão, celebramos o corpo vivo. No outono, enterramos versões de nós. No inverno, silenciamos. E na primavera, fingimos renascer. O tempo, esse sacerdote sem rosto, nos veste e despoja sem pressa. E ao fim, não nos toma, apenas nos devolve ao que sempre fomos: partes do inacabado, pedaços do eterno.

Minhas memórias e desilusões.

 Ai, minhas memórias! Tantas guardadas em silêncio, presas em gavetas que só o coração sabe abrir. Fragmentos de dias dourados, de risos soltos ao vento, e promessas sussurradas sob a luz suave da esperança. Sonhos. Teceram meus passos com fios invisíveis, alguns tão altos que quase toquei as estrelas, outros tão frágeis que desmancharam ao primeiro sopro da realidade. Mas todos foram meus, meus abrigos, minhas asas, minhas batalhas secretas. E as desilusões. Ah, elas chegaram sem avisar, vestidas de verdades nuas, mostrando o que eu não queria ver. Rasgaram algumas ilusões com mãos frias, mas deixaram também cicatrizes que aprenderam a brilhar. Hoje, revendo o que fui, não sei se choro ou sorrio. Porque até no que doeu, houve beleza. E mesmo que alguns sonhos tenham morrido, foi deles que nasceram as versões mais reais de mim.

domingo, 13 de julho de 2025

O impossível e a persistência.

Quando o mundo diz sem jeito, e o medo tenta te calar, há uma força que te chama e insiste em te levantar. Não é sorte, nem é dom, nem um golpe de ilusão, é o passo firme, dia após dia, com o coração em decisão. É cair e não se render, é perder e ainda querer, é seguir mesmo sem trilha, com a esperança a florescer. O impossível, dizem, é muro. Mas para quem não deixa o futuro nas mãos do acaso e da dor, é ponte feita com suor. É sonhar sem pedir licença, é lutar com alma imensa, é saber: quem não desiste, vai além da recompensa. Porque a vida é persistir, é tentar, cair, subir, e um dia, quase sem aviso, o improvável vai sorrir. Uma autêntica ‘Volta por “cima”. É só sacudir a poeira e seguir em frente.

 

A alma do lobo em pele de cordeiro.

O tempo passa, os cenários mudam, e com eles, mudamos também. Trocamos de caminhos, de ideias, de aparência, de companhia. Às vezes, até silenciamos instintos, nos adaptamos, nos moldamos ao que a vida exige. Mas há algo que permanece intocável, mesmo em meio a todas as transformações: a essência. Um lobo pode vestir outra pele. Pode caminhar em silêncio entre rebanhos, pode parecer domesticado, pode até aprender a disfarçar sua força. Mas sua alma selvagem continua ali, pulsando firme, intacta, esperando o momento certo para lembrar quem ele é. Esse é o retrato de quem, por dentro, nunca se perdeu de si. Consegue até ter se calado por um tempo. Pode ter escolhido não reagir, observar, esperar. Pode ter se afastado de batalhas desnecessárias ou recolhido sua força para não desperdiçá-la com o que não vale. Mas não deixou de ser o que é. Porque há quem confunda aparência com verdade. Há quem ache que mudança externa é sinônimo de rendição. Mas a alma! Ah! A alma não se vende, não se troca, não se esconde. Ela apenas se distancia quando sabe que não é o momento certo de uivar. O lobo que você carrega dentro de si conhece o silêncio, a espera, a estratégia. Mas também sabe o poder que tem. Ele não esquece. Ele apenas observa. Então, mude o que precisar mudar. Cresça, aprenda, evolua. Mas nunca abandone seus princípios. Porque, no fim, o que lhe define não é a pele que você mostra ao mundo, mas a alma, que você escolheu nunca deixar morrer.

 

Você não precisa provar nada a ninguém.

Vivemos em uma era onde tudo é exposto, onde as conquistas são compartilhadas e onde as comparações parecem inevitáveis. A pressão por demonstrar sucesso, felicidade, força ou perfeição é constante. Mas a verdade é simples e libertadora: você não precisa provar nada a ninguém. Sua essência não está nas palavras que usa para se justificar, nem nas aparências que sustenta para agradar ou se encaixar. Está nas suas escolhas diárias, nas atitudes que toma mesmo quando ninguém está olhando, na forma como trata os outros e a si mesmo. Seu valor não se mede por ‘likes’, opiniões alheias ou reconhecimento instantâneo. Ele está em viver de forma coerente com o que você acredita. É natural querer ser compreendido, aceito, admirado. Mas quando isso se torna uma necessidade, corremos o risco de nos afastarmos de quem realmente somos para atender expectativas que não são nossas. E nessa tentativa de agradar todos, nos perdemos de nós mesmos. A maturidade emocional chega quando percebemos que não precisamos de plateia para nós sermos autênticos, nem de aprovação para sermos inteiros. As pessoas que realmente importam, e que realmente veem saberão reconhecer quem você é sem que você precise explicar. Seja verdadeiro consigo. Permita-se crescer, errar, aprender e mudar, sem carregar o peso de provar o seu valor a cada passo. Seus atos falarão por você. Sua paz interior será o seu maior argumento. E quem quiser conhecer você de verdade, encontrará nas suas atitudes a resposta mais honesta.

 

terça-feira, 1 de julho de 2025

As flores e a esperança do amor.

A vanglória como máscara de segurança.

A tentativa de exibir qualidades que não se possui de se vangloriar ou de construir uma imagem que não corresponde à realidade, é um fenômeno psicológico e social complexo. Quando alguém finge uma virtude ou uma habilidade, não está apenas tentando enganar os outros, mas muitas vezes está tentando enganar a si mesmo. O ato de se vangloriar de algo que não se tem é, na essência, uma confissão implícita de que a pessoa não está convencida de sua própria autenticidade. De algum modo, essa pessoa se sente incapaz de ser plenamente ela mesma, talvez por insegurança, medo do julgamento alheio ou pela crença de que suas qualidades reais não são suficientemente apreciadas. 

domingo, 29 de junho de 2025

Quando a encontro.

Quando encontro o meu ex-amor, ela atravessa a rua, como quem evita o passado que ainda pulsa nos olhos. Abaixa a cabeça, como se cada lembrança medisse mais que o mundo. Depois de um tempo, ela telefona seja tarde da noite, com a voz trêmula presa em balbucios. Mas eu não a atendo. Choro por dentro, com o orgulho em carne viva, e mando outro responder em meu lugar, como quem não quer doer de novo. Ela esqueceu, talvez, nossos dias felizes, os corpos em harmonia, respirando o mesmo fôlego, em compassos de êxtase que o tempo não apaga, mas ela finge perceber. Esqueceu o som da minha pele na dela, o calor dos nossos afagos, os olhos fechados diante de um mundo que só nós dois conhecíamos. E agora, nesta encruzilhada onde se transportam nossos inegáveis desenganos, percebo: a paixão esvaiu-se vagarosamente, como um rio cansado, até desaguar no mar das desilusões. Ali, naufragamos sem grito, sem salvação, apenas o eco do que fomos afundando no esquecimento.

O que sou para ti.

Amor há em mim um tempo que começa agora. Um tempo em que deixo de ser apenas o que fui para me tornar tudo o que posso ser. Por ti, contigo, por nós. Antes de ti, eu era forma incompleta, uma quietação à espera do nome certo, uma nascente que ainda não encontrara o mar. Mas teu olhar me tocou como se dissesse: "vem ser mais, amor". E eu venho. Venho despido do que já não serve, venho deixando pelo caminho as versões antigas de mim, porque ao te amar, compreendi que o amor verdadeiro exige abnegação em permutas e transformação. Não quero perder-te. Não por medo, mas porque em ti descobri a grandeza do que posso ser. Quero ser melhor, ser inteiro, ser paz em teus dias cansados, ser acolhido nos teus silêncios, ser luz nos lugares onde a vida te parecer escura. Quando eu deixar de ser o que sou, amor é porque escolhi me tornar o homem que tua alma merece. E se me permitires, serei esse homem. Por ti. Para sempre.


sexta-feira, 27 de junho de 2025

Além do espelho.

Correnteza do amor

Quando a correnteza é forte, é sede que arrasta, é alma que chama, na ânsia de amar sem margens, no peito que não se acalma, em rios de silêncio, com os olhos a procurar um amor que não termine, alguém que saiba ficar. É mais que desejo, é delírio, é promessa sem se dizer. Um fogo que queima em mudez, um querer que só sabe crescer. À procura de um amor infinito, que me olhe sem medo, sem pressa, que me toque como o vento toca a flor, com ternura e com promessa. Se esse alguém também for correnteza, que nos encontremos no meio do mar. E que juntos, sem medo da força,  aprendamos, enfim, a amar.

quinta-feira, 26 de junho de 2025

Entre nós, o tempo.

Tudo que eu tenho é a lembrança do que fomos. Teu nome ainda ecoa nas dobras do meu silêncio, como se o tempo não tivesse passado,  como se ainda houvesse nós. Ficou tua ausência nos espaços da casa, nas xícaras que não se tocam, nos travesseiros que já não dividem sonhos. O tempo, esse velho cruel, não levou apenas tua presença, levou também a esperança do reencontro. Parti sem saber partir, carregando comigo o que deveria ter dito: as palavras que calei, os gestos que adiei, os “fica” que morri de medo de dizer. E cada passo longe de você foi um pedaço de mim ficando para trás. Você, que era casa, se tornou exílio quando me deixei ir. E agora, mesmo rodeado de tudo, sinto falta do teu pouco, da tua voz no fim da tarde, da tua calma quando o mundo ardia. Eu aprendi a viver com tua falta como quem respira embaixo d’água: com esforço, dor e silêncio. Não por escolha, mas porque seguir era preciso, ainda que o coração ficasse preso no ontem. Talvez ainda reste um traço teu em mim, ou um eco meu em ti. Talvez sejamos isso agora: dois caminhos paralelos que nunca mais se tocam, mas que ainda se olham de longe. Se o tempo me der uma chance, mesmo que breve, mesmo que tarde, voltaria só pra te dizer que você foi tudo que doeu e tudo que valeu. E se voltasses, eu te ouviria, não para recomeçar, mas para encerrar com ternura aquilo que o tempo deixou aberto demais. Porque entre nós, o tempo! Não venceu o amor. Apenas o transformou em saudade.

Meus temores.

Não confunda meu silêncio com paz. É só o som da bomba armada no meu peito. Cada palavra que eu engulo vira caco de vidro, e cada gesto que eu finjo esconde um grito. Estou cheio. Cheio demais. De promessas que não vieram, de desculpas recicladas, de olhares que diziam tudo, mas faziam nada. Explosão de temores, não decorativos, não poéticos, mas reais. Cortam, ardem, queimam a ponte entre o que sinto e o que finjo. Se eu transbordar, não diga que foi surpresa. Eu avisei com o olhar, com os silêncios, com essa calma que só existe antes da destruição. Você me ensinou o medo. Agora aprenda: quando o coração vira campo minado, até o amor vira perigo.