Ai, minhas memórias! Tantas guardadas em silêncio, presas em gavetas que só o coração sabe abrir. Fragmentos de dias dourados, de risos soltos ao vento, e promessas sussurradas sob a luz suave da esperança. Sonhos. Teceram meus passos com fios invisíveis, alguns tão altos que quase toquei as estrelas, outros tão frágeis que desmancharam ao primeiro sopro da realidade. Mas todos foram meus, meus abrigos, minhas asas, minhas batalhas secretas. E as desilusões. Ah, elas chegaram sem avisar, vestidas de verdades nuas, mostrando o que eu não queria ver. Rasgaram algumas ilusões com mãos frias, mas deixaram também cicatrizes que aprenderam a brilhar. Hoje, revendo o que fui, não sei se choro ou sorrio. Porque até no que doeu, houve beleza. E mesmo que alguns sonhos tenham morrido, foi deles que nasceram as versões mais reais de mim.
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