Ela é bela, disso ninguém duvida, mas há mais nela que a forma esculpida. Seus traços, como arte, encantam à primeira visão, mas é no silêncio que mora sua real dimensão. Por trás do olhar que tantos prende e fascina, há tempestades, raízes, alma feminina. Carrega no peito mundos não ditos, palavras cortantes, afetos infinitos. O tempo a tocou, não só na pele, mas nos cantos do ser onde o corpo não revela. Maltratou com perdas, moldou com dor, e mesmo assim, ela brota em flor. Ela é revolução disfarçada de calma, uma guerreira com o dom de guardar a alma. Sua beleza é apenas o prenúncio sutil de um universo inteiro, vasto e febril. Não a reduzam a um reflexo ou vitrine, pois há nela um mistério que nunca se define. Linda? Sim. Mas muito mais do que isso: ela é tempo, essência, abismo e início.
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