Todos os dias caminho pela orla,
e às vezes molho os meus pés na areia macia. De vez em quando vejo os
tatuís frenéticos revolvendo a agua para apreciar sua beleza e mergulhando
novamente. Recebe de todos os lugares varias pessoas nacionais e internacionais.
E a beleza se concentra em todos os postos, sem exceção. Às vezes ela sofre também
de forma negativa nos noticiários denegrindo a sua imagem com arrastões,
assaltos, tiroteios. Internacionalmente conhecida até pelos poetas, abriga
grandes eventos compartilhados com o mundo. O mar tem uma rainha, mas a
princesinha sempre será questionada e admirada, afinal ela será sempre eterna. Sempre
será um bom lugar para passear. Berço da bossa nova, onde varias canções foram
eternizadas o bairro traz boas arrecadações em redes hoteleiras, restaurantes,
etc, onde os proprietários desses estabelecimentos se desdobram para que os
clientes se sintam em casa. Essa é a minha, a nossa Copacabana, que sempre será
a nossa princesinha, onde abriga a maior quantidade de idosos do município. ”Copacabana”
eu sempre hei de amar!
segunda-feira, 26 de dezembro de 2016
quarta-feira, 21 de dezembro de 2016
Sozinho, com os filhos.
Nunca estive sozinho. Sempre estive com Deus.
Sempre estive com meus filhos. Nunca me neguei em participar de
suas vidas.
Filhos nascem para o mundo. O que é o mundo?
O mundo para mim são os ensinamentos, valores familiares, a
decência, a dignidade, a determinação, o comprometimento entre outros, que se choca
com as atitudes e pensamentos daqueles que entendem que a sua vida deverá
seguir da forma que melhor lhe convier. Mas se eles errarem ou pensarem que está
certo quem será eu para julgá-los, o mundo sempre será o juiz das abnegações.
Esse "nunca e sempre" me acompanharão quaisquer que
sejam as opiniões de meus filhos. E Deus sempre estará comigo e com eles já que
ele nos deu o mundo.
terça-feira, 20 de dezembro de 2016
Sem querer
Eu quero estar contigo. Eu queria
me desculpar. Quisera eu retornar ao tempo. Eu quererei ou quereria, agora não
vem ao caso. Talvez você ache que eu queira uma resposta sincera. Se eu quisesse
poderia estar mentindo e tentaria tudo novamente, mas só quando você quiser.
Queira ou não queira, tudo terá razão. Para você querer, eu continuo querendo
embora eu não seja mais o seu querido. Indicativo, conjuntivo, imperativo, gerúndio
é passado. (Em homenagem a minha filha Aline).
quinta-feira, 1 de dezembro de 2016
Bom dia!
Todo dia é sempre assim. Eu me levanto, escovo os dentes, tomo o
meu café com o pãozinho quentinho preparado com muito carinho pela minha esposa
e ponho-me a ler as notícias em redes sociais. Todas as notícias sem exceção
são reportadas com muita expectativa e também com sentimento de
descontentamento pela maioria dos repórteres. Uma delas são as manobras
políticas com relação a aprovação de medidas que se supõem melhoras para a
nossa nação. Acontece que pelo processo eletivo fomos nós que colocamos essas
pessoas lá na Câmara Federal. Esses, nós não podemos chamar de cidadãos, pois
só aprovam medidas para se livrarem dos percalços da justiça em sua maioria
covardes, antidemocráticos. E com precisão o nosso Ministério Publico distribui
fartos materiais que são publicados a cerca de desvio de recursos de que tanto
precisamos. Então é desencorajador assistirmos a tudo isso sem declinarmos uma
opinião, que também não seria relevante a esses malfeitores de decisões. Fica
aqui a minha indignação, juntamente com a maioria da população brasileira que
assistiu ao apagar das luzes, aproveitando-se de um evento de comoção nacional,
em relação a perda de vidas no trágico acidente aéreo na Colômbia, onde
perdemos jogadores, repórteres, membros da comissão técnica, convidados e
tripulantes, a aprovarem uma lei capenga, retirando poderes da justiça que
tanto engrandecem e prestando com muita veemência e sagacidade um ponto final à
corrupção. Quando a luz do sol vai embora, penso que as notícias também se
esgotaram. Ledo engano. Aí são noticiadas mortes de policias em confronto com
meliantes, mortes por disparos à esmo atingindo inocentes, sequestros, brigas
de transito, milícias, invasão de traficantes dominadas por outra facção,
assaltos, etc.
À noite ao me deitar rezo para que se acabe com toda essa
estrutura do mal instalada nesse nosso Brasil. Eu já tenho netos, mas estou
preocupado com os meus futuros bisnetos e francamente torço para que não sintam
este sofrimento desencadeado por más administrações. Caso esse organograma
ilegal se perpetue eu estarei no céu rezando mais uma vez e sempre desejando
mais um bom dia!
quarta-feira, 30 de novembro de 2016
Tragédia do time da Chapecoense
É muito difícil aceitar a dor da perda, principalmente quando inesperada.
Essa tragédia que se abate sobre o Brasil com a ceifada de vidas de uma equipe
de futebol que despontando como uma grande promessa, inclusive em sua primeira
campanha internacional, jornalistas e tripulantes. Desejo muita força para
aquelas pessoas próximas daqueles que partiram. A dor desses é muito grande. Muita luz para aqueles que nos deixaram
neste momento. Eu estive em Chapecó nos anos 70, precisamente na casa do meu
irmão Cândido, que hoje é funcionário do Banco do Brasil, aposentado, e sempre
fui muito bem recebido pela população daquela grande cidade. Naquela época eu
frequentava a Associação dos Empregados do Banco do Brasil e também tratado com
cordialidade e respeito naquela entidade como também em vários lugares em que
estive. Portanto registro aqui o meu conforto a todos residentes nessa
excelente cidade e familiares, ora absortos com esse horrível acontecimento
e desejando a todos que suportem essa dor em seus corações. Força Chape!
segunda-feira, 14 de novembro de 2016
Desabafo
Agora que
ela foi embora eu posso me desabafar...
Nunca fui
covarde, mas esqueci do verbo amar...
Ela sempre
me tratou mal, sempre me humilhou...
Eu a tratava
com muita delicadeza....
Esta tão
exagerada que fazia ciúme até a dama da alta nobreza...
Permiti a
minha consciência, amá-la, deseja-la e até esposá-la....
Ela achou
que com a minha impertinência...
Tudo
acabasse como se acaba um relacionamento... Distancia!
Então sempre
escutei palavras duras e severas do meu comportamento...
Eu sei que
ela não voltará mais, como também a angustia de ser menosprezado...
Hoje só me
resta este consolo. A alegria! Aos poucos deixa de enrijecer a minha face...
Se ela um
dia, encontrar o seu par ideal...
Será natural
que sentirá saudades de mim...
Mas
carregará sozinha a triste verdade...
A fraqueza
do seu amor desmitificado...
Será com
certeza a descoberta do verbo apaixonar.
Que um dia a
fará despertar...
E quanto a
mim... Desabafar...
quarta-feira, 12 de outubro de 2016
Dia das crianças
Parabéns a todas as
crianças!
Todos nós já fomos crianças. O mundo mudou e com essa
mudança, os hábitos familiares. A educação tem vários sentidos que são
delineados e marcantes por cada família, e a criança se perde nessas
distribuições de ensinamentos comportamentais de cada individuo. Quando surgem
os problemas, que geralmente espocam nas instituições de aprendizado é que se analisam
os perfis das crianças envolvidas que geralmente tem alguma carência de
personalidade tanto no convívio como nas suas atitudes. Portanto hoje seria um
bom dia para refletirmos sobre essas e outras situações no tocante as suas
aflições e desejos, tratando-as com respeito e muita seriedade de discernimento
sobre o que é certo e o que é errado a fim de contribuirmos para uma
transformação juvenil correta e relevante para a sua preparação sem
ressentimentos e culpas de ter falhado em suas educações.
terça-feira, 11 de outubro de 2016
Desilusão
Desilusão
Sei tudo sobre você.... Sei tudo sobre a sua vida... Sei também que você não me quer. Eu somente não sei o porquê. Fiz de tudo para tê-la a meu lado. Hoje só encontro o travesseiro e o seu perfume que exala do nosso quarto. E contrariamente ao que penso, você me deixa saudade e não renuncio ao seu objetivo de algum dia encontrá-lá. Na realidade eu me exponho e penso algum dia ouvir de você sem queixumes que o meu amor foi fracassado.
domingo, 9 de outubro de 2016
Desilusão de carnaval
O bloco passou
E ele ficou abatido no
chão.
E com ele ficou a ilusão do carnaval.
Morreu assim sem
protestar.
Foi traição, não sei.
Foi traição, não sei.
Foi traição, não sei.
Porque chora Guiomar.
Porque chora Guiomar P
Porque chora Guiomar P
Agora ninguém sabe.
Agora ninguém viu.
Agora ninguém viu.
Só sei dizer que
alguém sentiu a dor.
Chorou copiosamente.
É o drama de quem
sente a desilusão.
(Homenagem ao Tio Haroldo).
Lágrimas
Lágrimas
Tentei chorar ontem a noite. Senti uma agonia no meu peito. Acordei com a chuva batendo em minha janela e levantei-me da cama para observar os pingos, que vinham em minha direção. Formavam desenhos retorcidos em razão do vento que mudavam freneticamente com a velocidade da ventania. Neles observei também que são parecidos com as gotículas que saem dos nossos olhos. Quanto maior a intensidade maior será a nossa palpitação. A água da chuva com certeza vai secar, mas as lágrimas encardidas me marcarão e não limpará os desgastes da minha solidão.
Tentei chorar ontem a noite. Senti uma agonia no meu peito. Acordei com a chuva batendo em minha janela e levantei-me da cama para observar os pingos, que vinham em minha direção. Formavam desenhos retorcidos em razão do vento que mudavam freneticamente com a velocidade da ventania. Neles observei também que são parecidos com as gotículas que saem dos nossos olhos. Quanto maior a intensidade maior será a nossa palpitação. A água da chuva com certeza vai secar, mas as lágrimas encardidas me marcarão e não limpará os desgastes da minha solidão.
Mãe
Minha eterna lembrança sobre mamãe começa na idade infantil, às
vezes íamos ao cinema, lembro-me até do primeiro filme a que assistimos “E o
sangue semeou a terra”. Frequentávamos as casas de parentes e por diversas
vezes íamos à feira, sempre aos domingos, e era lei fazermos uma visita ao tio
Chiquinho e a tia Mercedes. Às vezes o meu primo Aírton ficava na cozinha
fazendo alguns petiscos e nos chamava para provarmos a sua iguaria “rins de boi
com gosto de xixi” e quando retornávamos da feira com a bolsa abarrotada de
legumes, hortaliças e frutas a caminho de casa era praxe passarmos em frente ao
“Big Bar”, onde através de uma máquina barulhenta, saia em forma de cilindro o
tão esperado sorvete que os irmãos Cândido, Marco, Almir ou eu, dependendo de
quem fosse à feira, consumíamos com muita vontade. Enfim muitas recordações e
que hoje compreendo a luta que foi criar os seus filhos. Como toda dona de casa
exemplar, ouvíamos frequentemente a vassoura roçando em todos os cômodos da
casa e nos apressávamos para tirar as pipas debaixo da cama, senão era lixo na
certa. Trabalhava arduamente, nas tarefas caseiras e na parte externa da nossa
residência também, pois, o nosso terreno era bem grande e tinha bastante
plantação de frutas. Por sermos ainda pequenos, cabia a ela a árdua tarefa da
limpeza. Recebíamos também, vários parentes em nossa casa. Apaziguadora,
exemplo de paciência e bondade, nunca deixou de partilhar a sua ajuda com os
parentes mais necessitados. Era exigente e muito dedicada a sua família. Fazia questão
de saber onde os seus filhos estavam. Os meninos tinham que pedir para jogar
futebol. Na maioria das vezes delegava atribuições a seus filhos, que sempre
foram cumpridas à risca. Agora com a sua partida percebo hoje que todos os
ensinamentos dado pela senhora surtiram efeitos em nossas vidas. Obrigado
Moema, nossa mãe, pela sua missão: Alice, Candido, Angelo, Marco, Almir,
Angela, Ana, André e Telma. (Homenagem de seus filhos).
sexta-feira, 29 de janeiro de 2016
Vida e morte de aposentado
É muito triste ser aposentado no Brasil. Principalmente os que
dependem do INSS. O que deveria ser um prêmio torna-se castigo. Falo em nome
também de pensionistas. O aposentado não pode fazer greve e se fizer de fome,
com certeza morrerá às mínguas.
O momento da aposentadoria coincide, como é natural, com o envelhecimento, com
o aparecimento de doenças e, consequentemente, com um incremento substancial
nas despesas medicas, para as quais os proventos são insuficientes.
O que agrava a questão no Brasil, além da perda do valor de compra dos
benefícios, e a péssima qualidade dos serviços públicos, que nos obrigam a
recorrer à prestação privada, muito onerosa. É o que ocorre com a saúde,
por exemplo. Há casos de aposentados que comprometem mais da metade do
que percebem apenas com planos de saúde.
Todavia, o Brasil não consegue, através de suas forças politicas, enfrentarem e
equacionar a questão. Vamos empurrando com a barriga, assim como fazem com as
demais questões nacionais.
É uma pena encurtar a vida de aposentado com uma simples canetada, arrancando
os nossos direitos, já que os deveres foram cumpridos e com muito suor e
lágrima. E aos que sobreviveram nesse dia 24/01/2016, os meus respeitos e
ansiando uma vida melhor a todos, aposentada e pensionista.
quinta-feira, 24 de dezembro de 2015
Não quero mais sofrer
Não quero mais sofrer.
Chega! Quando você foi embora, eu fiz uma promessa.
Trancafiei o meu coração e joguei no abismo essas chaves sem cópia.
Fiz suas malas. As lembranças! Acondicionei-as uma por cima da outra e delicadamente coloquei também os nossos passatempos e os grandes momentos de nossa vida.
Sem refletir você jogou tudo fora, pôs tudo perder.
No jogo do amor há regras a serem cumpridas.
E nesse jogo a sorte não nos sorriu.
Saímos perdedores dessa relação.
Nem eu nem você conseguimos suportar o brilho de nossos olhares.
E o destino mais uma vez me fará fugir.
Lugares que ainda não conheci me aguardam.
Independente do que vier.
Um novo amor deverá surgir para você em nova estação.
Porque haverá muitos verões que encontros e desencontros se confrontarão.
E eu aqui no meu cantinho, descobrirei cada vez mais que se o amor não for de verdade, a nostalgia desse tempo não me fará mais sofrer, porque eu quero só viver.
Sentimentos os ventos levam.
E quem sabe um novo amor encontrar, para dissipar de vez esse dissabor.
Porque esse nosso amor de inverno, foi um verdadeiro inferno.
Chega! Quando você foi embora, eu fiz uma promessa.
Trancafiei o meu coração e joguei no abismo essas chaves sem cópia.
Fiz suas malas. As lembranças! Acondicionei-as uma por cima da outra e delicadamente coloquei também os nossos passatempos e os grandes momentos de nossa vida.
Sem refletir você jogou tudo fora, pôs tudo perder.
No jogo do amor há regras a serem cumpridas.
E nesse jogo a sorte não nos sorriu.
Saímos perdedores dessa relação.
Nem eu nem você conseguimos suportar o brilho de nossos olhares.
E o destino mais uma vez me fará fugir.
Lugares que ainda não conheci me aguardam.
Independente do que vier.
Um novo amor deverá surgir para você em nova estação.
Porque haverá muitos verões que encontros e desencontros se confrontarão.
E eu aqui no meu cantinho, descobrirei cada vez mais que se o amor não for de verdade, a nostalgia desse tempo não me fará mais sofrer, porque eu quero só viver.
Sentimentos os ventos levam.
E quem sabe um novo amor encontrar, para dissipar de vez esse dissabor.
Porque esse nosso amor de inverno, foi um verdadeiro inferno.
Mensagem do Papa Francisco
Segue abaixo a linda mensagem do papa Francisco para o mundo. E que todos nós reflitamos os sentimentos natalinos, independente de credo ou religião.
O Natal costuma ser sempre uma ruidosa festa; entretanto se faz necessário o silêncio, para que se consiga ouvir a voz do Amor. Natal é você, quando se dispõe, todos os dias, a renascer e deixar que Deus penetre em sua alma. O pinheiro de Natal é você, quando com sua força, resiste aos ventos e dificuldades da vida. Você é a decoração de Natal, quando suas virtudes são cores que enfeitam sua vida. Você é o sino de Natal, quando chama, congrega, reúne. A luz de Natal é você quando com uma vida de bondade, paciência, alegria e generosidade consegue ser luz a iluminar o caminho dos outros. Você é o anjo do Natal quando consegue entoar e cantar sua mensagem de paz, justiça e de amor. A estrela-guia do Natal é você, quando consegue levar alguém, ao encontro do Senhor. Você será os Reis Magos quando conseguir dar, de presente, o melhor de si, indistintamente a todos. A música de Natal é você, quando consegue também sua harmonia interior. O presente de Natal é você, quando consegue comportar-se como verdadeiro amigo e irmão de qualquer ser humano. O cartão de Natal é você, quando a bondade está escrita no gesto de amor, de suas mãos. Você será os “votos de Feliz Natal” quando perdoar, restabelecendo de novo, a paz, mesmo a custo de seu próprio sacrifício. A ceia de Natal é você, quando sacia de pão e esperança, qualquer carente ao seu lado. Você é a noite de Natal quando consciente, humilde, longe de ruídos e de grandes celebrações, em silêncio recebe o Salvador do Mundo. Um muito Feliz Natal a todos que procuram assemelhar-se com esse Natal.
quarta-feira, 23 de dezembro de 2015
Lembranças de festas natalinas
É bom recordar as esperadas festas
natalinas. Lembro-me que quando criança meus irmãos e eu ficávamos alegres com
o mês de dezembro, por duas razoes: Primeiramente o resultado das provas finais
que sempre saíam na primeira quinzena e de acordo com as notas, o povo já ia
para a galera em alusão ao seu “boneco”, da Escolinha do professor Raimundo.
Meus irmãos e eu nunca fomos reprovados e sequer ficávamos em segunda
época, portanto íamos brincar. Mas reportando-me as festas de fim de ano,
fazíamos um grande alvoroço com a armação da arvore de Natal em nossa casa e
também na casa da vovó Lucia. A árvore da vovó era maior que a nossa, com
varias bolas e muitos penduricalhos. O meu avô Agenor colocava o setenta e oito
rotações na vitrola e ouvíamos muitas e repetidas vezes as musicas de Natal. Lá
em casa quando a mamãe descascava o abacaxi, eu tinha o cuidado de lavar um
vidro e colocava as cascas junto com agua e enterrava a garrafa por trinta
dias. Depois desse prazo eu retirava a garrafa da terra e fazíamos uma festa
com o líquido fermentado, já no mês de janeiro do ano seguinte. No Natal
recebíamos vários presentes em especial aguardávamos o do Tio Haroldo,
funcionário do Banco do Brasil, portanto com o poder aquisitivo maior, e que
esperávamos com muita ansiedade. Graças a Deus a nossa ceia era completa, mas o
mais importante era o valor de família que nos unia cada vez mais. Agora todo o
dia 31 de dezembro, tínhamos que disputar no “par ou impar”, para acompanhar a
minha avó que era presença constante no almoço de aniversário de sua irmã
Guiomar, que morava em Marechal Hermes, bem próximo ao hospital Carlos Chagas.
Como eu não tenho muita sorte em jogo, algumas vezes era obrigado a acompanhar a
minha avó nesse evento. Lá não tinha criança, então eu ficava sozinho no portão
vendo os ônibus, carros e ambulâncias passarem, e ao mesmo tempo rezando para
que a minha avó retornasse, porque íamos e vínhamos de lotação que demorava a
chegar no ponto e eu ainda queria soltar pipa, aproveitando um pouquinho do
resto da tarde. À noite tinha novamente o encontro de família, dessa vez com
amigos de meus pais e avós para o tão aguardado rompimento do ano. O que
era penoso para mim, hoje é saudade.
segunda-feira, 21 de dezembro de 2015
Perdão
Você me perdoa...
Eu não consigo ficar longe de você...
Nunca mais baterei a sua porta para implorar o meu perdão...
Eu juro que esse é o meu ultimo pedido...
E nessa dor que em meu peito invade...
Fico subjugado a um só pensamento...
Desespera-me cada vez mais...
Eu sei que errei, peço-lhe desculpas...
Desculpe-me por eu ter tido esses sonhos...
Desculpe-me por sofrer junto com você...
Agradeço muito por você estar presente em minha vida...
Onde quer que você esteja...
Em todos os meus caminhos...
Se você for embora, eu sentirei a sua falta...
Mas só você me traz felicidades...
Perdoa-me mais uma vez “saudade”.
Eu não consigo ficar longe de você...
Nunca mais baterei a sua porta para implorar o meu perdão...
Eu juro que esse é o meu ultimo pedido...
E nessa dor que em meu peito invade...
Fico subjugado a um só pensamento...
Desespera-me cada vez mais...
Eu sei que errei, peço-lhe desculpas...
Desculpe-me por eu ter tido esses sonhos...
Desculpe-me por sofrer junto com você...
Agradeço muito por você estar presente em minha vida...
Onde quer que você esteja...
Em todos os meus caminhos...
Se você for embora, eu sentirei a sua falta...
Mas só você me traz felicidades...
Perdoa-me mais uma vez “saudade”.
Amor sem limites
Sempre foi assim ou será o meu fim?
Quando eu me aproximo você foge.
Quando eu a persigo, você se esconde.
Quando eu a vejo, você vira o olhar.
Quando eu tento falar algo, você finge não me ouvir.
Se eu mudasse de tática, talvez você me correspondesse.
Se eu pudesse vê-la sorrindo, mesmo zombando de mim.
Melhor seria esse sonho continuar assim.
Se eu ao menos tivesse uma resposta ou uma palavra amiga.
Talvez eu acalmasse os meus sentimentos.
Mas não, o destino não bateu a minha porta.
Você partiu. Partiu também o meu coração.
E eu nunca saberei dizer se essa desilusão.
Foi tudo para ser assim.
Só sei dizer que agora me resta sonhar.
E quem sabe um dia.
Este grande amor recordar.
Quando eu me aproximo você foge.
Quando eu a persigo, você se esconde.
Quando eu a vejo, você vira o olhar.
Quando eu tento falar algo, você finge não me ouvir.
Se eu mudasse de tática, talvez você me correspondesse.
Se eu pudesse vê-la sorrindo, mesmo zombando de mim.
Melhor seria esse sonho continuar assim.
Se eu ao menos tivesse uma resposta ou uma palavra amiga.
Talvez eu acalmasse os meus sentimentos.
Mas não, o destino não bateu a minha porta.
Você partiu. Partiu também o meu coração.
E eu nunca saberei dizer se essa desilusão.
Foi tudo para ser assim.
Só sei dizer que agora me resta sonhar.
E quem sabe um dia.
Este grande amor recordar.
sábado, 19 de dezembro de 2015
Sorriso ao amor
Sorrio
quando choras.
Sorrio
quando me agrides.
Sorrio
quando gritas.
Sorrio
quando te apavoras.
Sorrio
quando cantas.
Sorrio
quando te enervas.
Mas se
sorris quando me distraio.
E sorris
também quanto a meu choro e canto.
Encanto-me
cada vez mais e sem tristeza.
Que esse
amor em nós vem das profundezas.
Que risos
nenhum hão de separar.
E quando
sorrirmos juntos por esses comportamentos.
Este nosso grande
amor sempre será argumento.
De um novo sorriso
a reclamar.
E o infinito
amor do meu sorriso.
Fá-lo-á
acalmar.
Marcha do Apoloca
MARCHINHA EM HOMENAGEM AO MEU FILHO CAÇULA AUGUSTUS.
MARCHA DO APOLOCA
ÍNDIO VIVE NA OCA.
EU MORO COM O MEU APOLOCA.
ÍNDIO VIVE NA OCA.
EU MORO COM O MEU APOLOCA.
NÃO VEM QUE NÃO TEM.
NÃO VEM QUE NÃO TEM.
O APOLOCA É MEU NENÉM.
NÃO VEM QUE NÃO TEM.
NÃO VEM QUE NÃO TEM.
O APOLOCA É MEU NENÉM.
quinta-feira, 17 de dezembro de 2015
Esmolas em sinais
Outro dia, passando pela rua, vi uma criança no semáforo pedindo
esmolas. Ao fundo, tinha uma mulher sentada com uma garrafa de cerveja sobre a
mesa. Assim que o sinal abriu a criança saiu correndo em direção à mulher, na
mesma calçada, e a entregou o dinheiro amassado juntamente com moedas. Já eram doze horas e eu me perguntei: Será que aquela criança
frequenta a escola? Estaria aquela criança com fome? Homens e mulheres
indiscriminadamente usam crianças para pedir esmolas às pessoas, que
sensibilizadas com a chegada do Natal cometem esse erro que não ajuda em nada
para acabar com essa prática perniciosa. Eu estacionei o meu carro em uma rua
próxima e fui lá conferir, pois com a chegada do fim de ano e férias escolares,
cresce a demanda de trabalho para os pais e folga para as crianças. Em alguns
casos alguns preenchem os seus tempos com atividades informais, outros levam os
pequenos para as esquinas onde há grande fluxo de carro com um único objetivo:
pedir esmolas. Perguntei ao menino o que ele fazia naquele cruzamento sozinho e
obtive a confirmação que a senhora que estava ao longe bebendo cerveja era a
sua mãe, e que ela não permitia conversa com estranhos para não atrapalhar a
atividade e pasmem a criança estava sem estudar a cerca de dois anos. Conforme o Estatuto da Criança e do Adolescente, os responsáveis
pelos pedintes não seguem a lei conforme os artigos abaixo:
Art. 5º Nenhuma criança ou adolescente será objeto de
qualquer forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade
e opressão, punido na forma da lei qualquer atentado, por ação ou omissão, aos
seus direitos fundamentais.
Art. 70. É dever de todos prevenir a ocorrência de ameaça
ou violação dos direitos da criança e do adolescente.
Art. 98. As medidas de proteção à criança e ao
adolescente são aplicáveis sempre que os direitos reconhecidos nesta Lei forem
ameaçados ou violados:
I - por ação ou omissão da sociedade ou do Estado;
II - por falta, omissão ou abuso dos pais ou
responsável;
III - em razão de sua conduta.
Seria muito bom que as leis nesse país fossem
cumpridas.
segunda-feira, 30 de novembro de 2015
A diferença entre Mariana e Brasília
Coitados dos moradores que perderam tudo, lá em Mariana. Perderam
famílias, perderam as preciosas lembranças de ente queridos. Perderam as suas
identidades. Mas uma coisa o povo não perdeu. “A fé”. Toda a lama foi para o
mar, e nos escombros com máquinas e cães farejadores ainda continuam a
encontrar corpos. Enquanto isso lá em Brasília, a lama avança lentamente. Todos
os dias, assistimos os noticiários envolvendo alguns dos poderes constituídos
nessa perversa ideia de dilapidar ou subtrair o erário público. A polícia
federal farejando passo a passo o dinheiro da corrupção tenta deslindar esse
ninho de maracutaias que se alinham com essa corrente dos envolvidos, e a cada
dia encontra uma intromissão com relação aos réus da lava-jato. Assim como os
habitantes de Mariana, eu não perdi a fé. A lama que hoje se hospeda em
Brasília não tem hora para escoar. Desejo que o judiciário encontre os
verdadeiros culpados e que eles também percam todos os seus valores materiais e
monetários devolvendo ao nosso patrimônio o que foi tomado. Lá em Mariana a
lama seguiu para o mar e em Brasília, em breve, lentamente, para o Paranoá.
sábado, 28 de novembro de 2015
"Haja tempo"
O meu tempo não sei onde anda.
Eu seguirei o meu destino sem esperá-lo.
Sem contratempos, os tempos perdidos serão
recuperados.
Por isso não perco tempo.
Não tenho tempo a perder.
Só me resta contemporizar.
Que em qualquer tempo da minha vida, levará tempo para
o tempo me levar.
" Brasil! Absolutamente verdade!"
Quem disse que tem a verdade absoluta, pode absolutamente não ter
com precisão a informação da verdade. Pode ser que na verdade nada é
incondicionalmente certo, mas não é verdade que todas as afirmações são
semelhantemente presumíveis. Aqui no Brasil estamos nessa situação. A
verdade e a mentira caminham juntas. E nesse enigma em que nos encontramos,
acreditamos nas mentiras e verdades de nossos políticos. Não havendo
claridade nas informações em delações premiadas, e defesas convictas de réus
investigados, seguimos na escuridão sem perspectivas de encontramos uma luz
nesse longo túnel em que nos encontramos. Mas eu sempre acredito na verdade. O
tempo ainda será o senhor da razão, mesmo que ela não seja totalmente absoluta.
Se o judiciário obtiver uma enxurrada de informações, será provável que
encontre um pingo de verdade. "Verdade absoluta".
segunda-feira, 23 de novembro de 2015
A Praça Seca não tem lágrimas para chorar.
Quando éramos crianças nós costumávamos a ficar ao pé da jaqueira, uma árvore grande e copada, em frente à casa do senhor Antônio empinando papagaio, principalmente em função das correntes de vento que nos eram favoráveis, além de ficarmos à sombra, muitas vezes do sol escaldante. Todos nós brincávamos alegremente e notadamente eram visíveis os confrontos em virtude de “cortes” de pipas, com algumas reclamações de quem havia perdido o brinquedo. Mas isso fazia parte do contexto. Se a pipa estivesse ao sabor do vento, logicamente se praticava o “cruza”, termo usado na minha época para cortar as linhas das pipas, e na maioria das vezes linhas com “cerol”, hoje acertadamente com a proibição da venda do produto. Às tardes como de hábito íamos à várzea praticar o futebol. Lá também às vezes, por entrada desleal de companheiros adversários as brigas ressurgiam. Em nossa residência não havia água encanada. Éramos obrigados a retirar água de poço, para beber, cozinhar, lavar e limpar. Imagine uma família com nove integrantes naquele momento, depois, nasceram mais dois irmãos, mas a situação já estava sob controle em relação à água. Apesar disso, a minha infância, e acho que as de meus irmãos, foram muito boas.
Morávamos em Jacarepaguá, num lugar tranquilo, situada na Praça Seca, onde todos se conheciam. Hoje eu tenho um imóvel bem próximo aonde fomos criados. E lamentavelmente só escutamos tiros de fuzis, traficantes fazendo vendas de drogas através de motos, assaltos à luz do dia, mortes, imóveis com varias marcas de balas de vários calibres, pessoas totalmente desconhecidas e mal encaradas.
O mundo mudou. Inclusive as pessoas. Infelizmente a nossa Praça está “Seca” de policiais, e raramente presenciamos agentes da lei em nossa rua, que outrora fora uma das melhores do meu bairro, como as demais de quase todo o bairro.
Que saudades da minha infância!
Morávamos em Jacarepaguá, num lugar tranquilo, situada na Praça Seca, onde todos se conheciam. Hoje eu tenho um imóvel bem próximo aonde fomos criados. E lamentavelmente só escutamos tiros de fuzis, traficantes fazendo vendas de drogas através de motos, assaltos à luz do dia, mortes, imóveis com varias marcas de balas de vários calibres, pessoas totalmente desconhecidas e mal encaradas.
O mundo mudou. Inclusive as pessoas. Infelizmente a nossa Praça está “Seca” de policiais, e raramente presenciamos agentes da lei em nossa rua, que outrora fora uma das melhores do meu bairro, como as demais de quase todo o bairro.
Que saudades da minha infância!
sábado, 21 de novembro de 2015
Saudade e lembrança
A saudade é eterna companheira da lembrança.
Então me digno a lembrar dos tempos de criança.
Da minha infância muito boa com muito trabalho e
divertimentos. Lembro-me
da ida ao armazém do Zeca, quase sempre às seis e meia da manhã, para comprar
dois litros de leite, vendidos em recipientes de vidro. Às
vezes eu preparava o café da manhã, em seguida, após tomá-lo, eu partia para a
escola pública Evaristo da Veiga, cuja diretora era a dona Iracema do Carmo
Valente, que exigia dos alunos pontualidade para o hasteamento da bandeira
brasileira. Sagrado
também era passar na casa dos meus avós, toda a vez em que eu retornava da
escola. Lá, era raro eu não fazer um lanche, e em seguida eu me encaminhava
para a minha residência, a cerca de dez minutos do local em que eu estava. Depois
do almoço, tinham os deveres de casa, que eu chamava carinhosamente de
“parolar”. Após
os afazeres domésticos, restava o futebol, sempre à tarde, que era obrigatório,
e todos os dias, independente do tempo, e na maioria das vezes com o
consentimento de minha mãe. À noite, algumas brincadeiras com os amigos, que não eram virtuais. E
depois disso tudo, eu me preparava para dormir, e no dia seguinte, refazia os
caminhos que a mim foram destinados. Mas eu não considerava isso monotonia,
porque a cada dia era um aprendizado. Na escola, nas brincadeiras, e nas
descobertas que continuo adquirindo, exercitando novos conhecimentos, até os
dias de hoje.
Vale a pena ter lembrança com saudade!
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