domingo, 9 de outubro de 2016

Mãe

Minha eterna lembrança sobre mamãe começa na idade infantil, às vezes íamos ao cinema, lembro-me até do primeiro filme a que assistimos “E o sangue semeou a terra”. Frequentávamos as casas de parentes e por diversas vezes íamos à feira, sempre aos domingos, e era lei fazermos uma visita ao tio Chiquinho e a tia Mercedes. Às vezes o meu primo Aírton ficava na cozinha fazendo alguns petiscos e nos chamava para provarmos a sua iguaria “rins de boi com gosto de xixi” e quando retornávamos da feira com a bolsa abarrotada de legumes, hortaliças e frutas a caminho de casa era praxe passarmos em frente ao “Big Bar”, onde através de uma máquina barulhenta, saia em forma de cilindro o tão esperado sorvete que os irmãos Cândido, Marco, Almir ou eu, dependendo de quem fosse à feira, consumíamos com muita vontade. Enfim muitas recordações e que hoje compreendo a luta que foi criar os seus filhos. Como toda dona de casa exemplar, ouvíamos frequentemente a vassoura roçando em todos os cômodos da casa e nos apressávamos para tirar as pipas debaixo da cama, senão era lixo na certa. Trabalhava arduamente, nas tarefas caseiras e na parte externa da nossa residência também, pois, o nosso terreno era bem grande e tinha bastante plantação de frutas. Por sermos ainda pequenos, cabia a ela a árdua tarefa da limpeza. Recebíamos também, vários parentes em nossa casa. Apaziguadora, exemplo de paciência e bondade, nunca deixou de partilhar a sua ajuda com os parentes mais necessitados. Era exigente e muito dedicada a sua família. Fazia questão de saber onde os seus filhos estavam. Os meninos tinham que pedir para jogar futebol. Na maioria das vezes delegava atribuições a seus filhos, que sempre foram cumpridas à risca. Agora com a sua partida percebo hoje que todos os ensinamentos dado pela senhora surtiram efeitos em nossas vidas. Obrigado Moema, nossa mãe, pela sua missão: Alice, Candido, Angelo, Marco, Almir, Angela, Ana, André e Telma. (Homenagem de seus filhos).


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