A semana que passou foi muito triste para a minha família.
Perdemos três pessoas em três dias. A morte é inevitável, mas temos que ter
resignação e aceitarmos os desígnios de Deus. Nos dias 22, 24 e 25 de março, os
desencarnes do primo Jorge Luís, meu compadre Eduardo e minha comadre Solange,
respectivamente. Com os dois primeiros eu não tinha contato, mas soube pelas
redes sociais, agora a minha comadre me deixou sem ação. Na semana que
antecedeu a sua morte, precisamente no sábado dia 18 de março, estive em sua
casa e ela estava bastante deprimida. No dia seguinte a sua situação agravara e
ela foi enviada para o hospital, onde fora detectada encefalite viral. Seu
quadro era gravíssimo e infelizmente os médicos não conseguiram salvá-la. Como
a família do meu compadre Ulisses, esposo da Solange, nunca havia feito os
tramites de sepultamento, prontifiquei-me em ajudá-lo. Fui logo sábado pela
manhã ao hospital, assim que soube do ocorrido. Lá encontrei o Carlyle, filho
da Solange, bastante emocionado com o acontecido. Primeiramente eu fiz o
reconhecimento do corpo, porque naquele momento o Carlyle não estava em condições
dessa triste tarefa e como eu estava mais tranquilo entrei na sala do
necrotério juntamente com um servidor do hospital. Lá estavam oito cadáveres
sobre a pedra envoltos em sacos pretos em um local fechado e com um odor nada
agradável. Após o reconhecimento do corpo, nós fomos tratar do enterro. Fizemos
vários orçamentos para o funeral, porque nessa hora temos que ter muita paciência,
a fim de evitarmos mais gastos, porque os preços são variáveis nas funerárias.
Logo no início da noite retornamos ao hospital com o pessoal da funerária para a
liberação do corpo e eu tive novamente que fazer o reconhecimento do cadáver da
minha comadre. No domingo por volta das onze horas da manhã, houve o
sepultamento no Memorial do Carmo, no Caju/RJ. Todos nós sabemos que partiremos
quando chegar o nosso momento. Infelizmente o custo de um sepultamento está por
hora da morte. Por fim nos despedimos e seguimos para as nossas residências com
a sensação de dever cumprido, esperando terminarmos o ano de 2017 com muita
saúde e paz para todos nós, se Deus nos conceder essa oportunidade.
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