terça-feira, 7 de março de 2017

Volta amor

Minha vida segue em sobressaltos.
 Ela foi embora. Foram também as minhas alegrias e esperanças.
Ainda me lembro daquele dia e da minha agonia.
Não pedi nada e a perdi. Perdi a vontade de viver e pedi para morrer.
Segui alguns conselhos que a vida me deu. Enxerguei mais tarde que a euforia e a fé retornaram a mim.
As preces, minhas companheiras, não me abandonaram. Segui o meu caminho sempre olhando em frente e determinado eu recuperei o meu espaço.
Revoltei-me sim naquele momento inoportuno e inesperado da sua impetuosa decisão, que me fez remoer todos os dias entre choros e desesperos.
Amparado por minhas orações encontrei também pessoas animadas que procuravam alegrar-me e eu não já sabia o que fazia sentido para sorrir se a tristeza me acompanhava.
Superei essa letargia e aos poucos o inconformismo se divorciou de mim.
E um dia, na esquina da rua dos desenganos, encontrei-a sentada usando a mesma roupa que partira.
Ao vê-la o meu coração palpitou. Aproximei-me dela que chorava copiosamente, estendi-lhe um lenço com o meu nome bordado por ela.
Instintivamente ela ergueu o molhado rosto onde se ouvia ao fundo uma musica da cantora Anitta.
Naqueles versos cantarolados ela sorriu, levantou-se e abraçou-me efusivamente desculpando-se do seu descontrole e sentimentos em dueto com a cantora.
E com desordem no meu coração, naquele momento perdoei o que passou.
Não dá para controlar, quando o assunto é amor.

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