Dia 13 de junho de dois mil e vinte e dois. Esse foi mais um
dia marcante para as nossas vidas. Tania e eu, pegamos um Uber, às onze horas
da manhã, com um motorista solícito, na Praça Seca, em Jacarepaguá. Acanhadamente
ele pediu-me para fazer uma breve parada no posto de gasolina, a fim de
reabastecer o seu automóvel com o famoso GNV, pelos constantes aumentos de
combustíveis. Em seguida fomos ao aeroporto ‘Santos Dumont’, no centro da
cidade, a fim de embarcarmos à Guarulhos, dando início a nossa saga, rumo à Suíça.
Lá no ‘Santos Dumont’, nós despachamos as nossas malas, que de acordo com a
atendente, seguiriam diretamente ao meu destino final, que seria Zurique. Ainda
no aeroporto eu fui obrigado a baixar no meu celular as certidões das vacinas
da Covid em idioma inglês. Causou-me estranheza esse fato, pois no dia anterior
eu havia ligado para o Consulado Suíço e falado diretamente com o cônsul, o
qual o nome não me recordo, aqui do Brasil, das necessidades prementes para
àquele país e nós fomos informados que não era preciso quaisquer documentações
nesse sentido, apesar de estarmos imunizados com a quarta dose da vacina. Com a
viagem transcorrida em sua normalidade, aterrissamos em Guarulhos. Lá encontrei
o primeiro obstáculo. Os bilhetes de viagem para Milão não estavam disponíveis
para nós. Então tivemos que fazer uma verdadeira peregrinação no aeroporto de
Guarulhos que é enorme, e a Tania com dificuldades de locomoção em virtude de
problemas no joelho sofreu bastante, rumo ao boxe internacional. Às dezessete
horas, já estávamos sentados em nossas poltronas, quando foi detectado um novo problema
na aeronave. As luzes do salão, ao nosso lado esquerdo piscavam intermitentes e
a aeromoça informou-nos que por isso, haveria atraso em nossa decolagem. Por
volta das dezoito horas e trinta minutos, o avião alçou voo, com retardamento
aproximado em uma hora. Aí a nossa preocupação ficou maior, porque lá em Milão
nós teríamos somente cinquenta e cinco minutos para fazer a transferência de
avião rumo á Milão, com o embarque previsto para às dez horas e quarenta
minutos. Não deu outra. Já em 14 de junho, nós chegamos a Milão por volta das
dez e vinte, em um dia acalorado, e com muito sol. Nós tivemos que passar pela
polícia federal daquele local, para o visto em nossos passaportes, que
perduraram em torno de quinze minutos, aproximadamente, em virtude da extensa
fila de pessoas de várias nacionalidades, e consequentemente perdemos nosso
voo. Aí a situação complicou-se de vez. Eu andei por vários locais para saber como
remarcar a viagem, até nosso destino final, e não entendíamos nada do idioma
italiano. Por diversas vezes interpelei várias pessoas, que me desnorteavam com
informações cantaroladas em italiano e algumas pessoas de outras nacionalidades
também, entreolhavam-se incrédulas. Tanto, que encontramos uma brasileira de
Goiânia que não sabia onde estavam as suas malas. Nesse momento eu já me via
como protagonista da continuação do filme ‘O Terminal’ não por não pela
inexistência da ‘Krakozhia’, mas pelas dificuldades em resolver os nossos
dilemas de transferências de viagem. Após duas horas de angústia eu consegui
com o meu inglês básico do científico conversar com uma atendente diligente que
com presteza remarcou a finalização de nossa viagem, com destino a Zurique. Às
quinze horas, finalmente, embarcamos de Milão, rumo ao nosso destino, menos
tenso e pedimos a aeromoça água para acalmar nossos nervos. Já no terminal de
Zurique, por volta das dezesseis horas, nós encontramos a Raquel, nosso braço
direito. Ela é portuguesa e muito engraçada. Com prestimosidade, ela
prontamente, agilizou uma cadeira de rodas para a Tania e seguimos ao setor de
bagagens para apanharmos nossos pertences. Lá, outra decepção. As nossas malas
haviam sumido. Registramos a ocorrência no setor de despachos. Na saída o meu
genro Markus, juntamente com o nosso amigo de longas datas, o Beat, nos
aguardavam no saguão daquele majestoso aeroporto. Por volta das dezoito horas,
já em casa nós lanchamos e esperamos a nossa filha Glaucia chegar do extenuante
trabalho. Conversamos sobre vários temas, inclusive das frustrações sofridas
durante a nossa jornada de vinda. Por volta das duas horas da manhã, adormecemos
extenuados. No dia 15 de junho, acordamos mais dispostos. Tomamos o café da
manhã e nos despedimos da Glaucia, que seguiria mais uma vez para o seu
trabalho. O Markus operou o pé esquerdo e consequentemente está tirando umas
férias forçadas. Na parte da manhã nós fomos ao castelo medieval do ano de mil
e quatrocentos, chamado: ‘Schloss Lensburg’. É um monumento localizado no
cantão Wildegg, onde se lê Museum Aargau. Esse castelo abriga um acervo
incomensurável. Vimos inúmeros objetos, inclusive vestimenta e armas usadas à
época. Por volta das catorze horas, já em casa, recebemos a informação que uma
de nossas malas estava no aeroporto. Nós ficamos contentes, mas apreensivos com
relação à outra mala. O Markus preparou uma comida rápida, muito boa. Em
seguida, repousamos em nosso quarto. Quando nós acordamos por volta das
dezessete horas, outra informação do aeroporto: A outra mala foi localizada e
que nós receberíamos às duas malas até a zero hora. Nós fomos informados que
elas teriam sido extraviadas e enviadas para Portugal. Exatamente no horário
combinado recebemos com muita alegria os nossos objetos, sem violações. Por
volta das vinte horas a nossa filha chegou. Fizemos um lanche e fomos dormir.
Hoje 16 de junho, mantivemos a rotina acordamos, tomamos café com a Glaucia e
Markus. A Glaucia foi trabalhar e às dez horas, o Markus foi à cidade resolver
problemas pessoais. As treze e trinta, Markus, Tania e eu almoçamos. Em
seguida, Markus partiu para a rua, a fim de resolver pendencias particulares. Às
dezenove horas, o Markus já havia retornado para casa e nos convidou para
apanhar a Glaucia em Brugg, distante daqui, quatro quilômetros,
aproximadamente. Na volta eu pilotei um carro automático da marca Skoda. Eu
fiquei um pouco apreensivo e enfim, chegamos, em casa. Em seguida lanchamos,
conversamos um pouco, falando com familiares do Brasil, pelo Zap e às duas
horas da manhã, tomamos banho e fomos dormir. Hoje, dia 17 de junho, a Glaucia nos
acordou, para tomarmos café, juntos e em seguida ela foi trabalhar. Às dez
horas, Markus nos convidou para conhecermos a cidade velha de Brugg. Nós
tiramos várias fotos, conhecemos parques, museus e jardins, da época que os
romanos governavam a cidade. Tomamos café em um recanto intitulado hospital
psiquiátrico, onde os atendentes são pacientes recuperados. Fomos bem
recepcionados e em seguida seguimos nossos caminhos. Eu fiquei impressionado
com a arena construída por Tibérius, imperador romano, há dois mil anos. Por
volta das catorze horas retornamos ao nosso lar, a Tania preparou o nosso
almoço que já estava alinhavado. Almoçamos e fomos descansar. À noite a Glaucia
chegou do trabalho, lanchamos e conversamos sobre a preparação de uma festa que
seria realizada no seu local de trabalho.
Hoje. Dia 18 de junho, acordamos cedo, tomamos o café da manhã com o
Markus e Glaucia. Em seguida a Glaucia encaminhou-se para o ponto de ônibus,
aqui ao lado, a fim de seguir para o trabalho. Por volta dos treze e trinta o
Markus nos levou aonde seria a festa. Essa festa foi realizada em um local como
se fosse um sítio, com algumas unidades em alvenaria, onde residem cerca de
quarenta e oito pessoas com deficiências intelectuais. Participamos da festa,
almoçamos por lá e às vinte horas o senhor Beat, nos trouxe para casa. Já aqui
em casa a Glaucia ligou a televisão e eu assisti à vitória do Vasco sobre o time
Londrina por um a zero, e em seguida tomamos um banho fomos dormir. Hoje,
domingo, dia 19 de junho, nós acordamos um pouco mais tarde. A Glaucia e eu
tentamos armar uma porta. Como aqui não se pode fazer barulho aos domingos, o
Markus solicitou que nós parássemos de montar. Nós guardamos o material e eu
pretendo amanhã dar sequência ao serviço de montagem. Como hoje é dia de
descanso, nós resolvemos ficar em casa. Eu assisti à vitória do Atlético
Mineiro sobre o Mengão e às duas horas da manhã, nós fomos dormir. Hoje, dia 20
de junho, a Glaucia saiu mais tarde para o trabalho. Ela me ensinou a colocar
roupas na máquina e ativar as lavagens. São quatro cestos para executar essas
tarefas. A Tania varreu a casa, enquanto o Markus, trabalhava em home office. Eu
tentei armar a porta, mas a Glaucia não tem a ferramenta necessária para dar
continuidade ao serviço. À noite a
Glaucia chegou com a ferramenta que eu havia pedido, montamos uma mesinha na
varanda que acessa a cozinha, que havia chegado pela manha, lanchamos, conversamos
a cerca de seu trabalho e às duas horas da manhã, nós fomos dormir. Hoje, dia
21 de junho, acordamos no horário normal, tomamos café e comecei a montar a
porta. Eu tive um contratempo na montagem e estou aguardando a Glaucia chegar
para decidirmos o que iremos fazer. À noite, a Glaucia cumpriu mais uma vez a
sua jornada de trabalho, inclusive voltando cedo, porque algumas pessoas do
trabalho foram acometidas pela Covid, lanchamos, conversamos um pouco e fomos
dormir depois da meia-noite. Hoje, 22 de junho, a Glaucia não foi trabalhar.
Levantamos um pouco mais tarde, depois do café da manhã, nós fomos arrumar a
garagem do Markus. Empilhamos várias cadeiras e mesas, que serão utilizadas em
uma igreja que a Glaucia pretende fundar aqui em Mulligen. À tarde almoçamos,
depois, recolhi as roupas do varal. A Tania arrumou a mala com objetos da
Carolina e Aline, dobrou as roupas lavadas e entregou a Glaucia as roupas dela
e do Markus. Por volta de meia-noite, fomos dormir. Hoje, 23 de junho.
Acordamos cedo. Tomamos café da manha com Glaucia. O Markus ficou dormindo.
Arrumei as louças do café na máquina de lavar e em seguida, a Tania e eu
ficamos na internet. Depois fui ao mercado Volg e comprei seis garrafas de agua
mineral. Como é cara a agua aqui. Custaram-me cinco francos e quarenta cents. À
noite a Glaucia chegou cansada, lanchamos, conversamos sobre vários assuntos e
fomos dormir. Hoje, 24 de junho. Dia de São João aqui não é comemorado. A
Glaucia levantou indisposta e não foi trabalhar. Tomamos café e logo depois
fizemos o roteiro da viagem que faremos à França, e em seguida fomos ao
hospital em Baden. Pegamos um ônibus para Brugg, depois o trem para Baden. Lá,
fizemos um lanche. Essa foi a primeira vez que viajamos de trem na Suíça. A Gláucia encontrou um celular no balcão da
cafeteria e entregou a vendedora. De lá pegamos outro ônibus, que estava lotado
de crianças vindo da escola, e saltamos no hospital, onde a Glaucia foi fazer o
teste de Covid. Feito isso, refizemos o itinerário de volta. Estava chovendo e
muito frio. Encaramos a chuva na ida e na volta. Quando chegamos ao nosso lar o
Markus já aguardara a Glaucia para um jantar com o pessoal do time de futebol,
o qual ele é técnico. Tania e eu ficamos em casa. Mais tarde, lanchamos e fomos
assistir um pouco de televisão. Por volta da meia-noite, eu assisti ao jogo
Vasco contra o Operário. A Tania prostrada no sofá dormia. O vasco venceu a
partida de três a zero. Mais tarde Markus e Glaucia chegaram do evento e fomos
dormir. Hoje, 25 de junho, como sempre, acordamos, hoje um pouco mais tarde.
Logo depois fomos à Alemanha, na cidade de Laufenburg. Nessa cidade os mercados
são mais baratos. Nós visitamos várias lojas, fizemos as compras. À tarde
voltamos para casa. O Markus parou o carro logo depois a divisa entre a Suíça e
Alemanha e eu fotografei o local onde estavam as barreiras de concreto
intercaladas nas vegetações, para que os tanques alemães não chegassem à
capital Berna. Interessante esse local histórico. Chegamos a casa, a Glaucia
fez uma comida rápida e em seguida fomos para Harkingen, assistir ao derby
local, com o time do Markus. Após sucessivos confrontos, o time do Markus ficou
em terceiro lugar. Por volta da meia-noite, saímos de lá com muita ventania e
chuva. Chegamos mito tarde e fomos dormir depois das duas da manhã. Hoje, 26 de
junho, domingo, acordamos tarde, tomamos café. Ajudei a Glaucia arrumar as
compras de ontem. Mais tarde a Glaucia fez o almoço e depois fomos descansar.
Não saímos hoje. Antes do almoço eu desci com a Glaucia e fomos ao porão,
(keller) e fomos arrumar para dar mais espaço naquele local próximo à garagem.
À noite, lanchamos e por volta da meia- noite, fomos dormir. Hoje, 27 de junho,
acordamos mais dispostos, tomamos café, em seguida colocamos as roupas para
lavar. Tinha muita roupa e eu ajudei a Glaucia estendê-las. Mais tarde, nós
almoçamos, conversamos sobre a viagem a Paris e por volta das oito horas a
Glaucia fez o culto semanal, o qual Tania, eu e mais três pessoas participaram,
em seguida fizemos um lanche e depois fomos dormir. Hoje, 28 de junho, a
Glaucia acordou mais cedo, pois, ela tinha que ir trabalhar. Tomamos café, o
Markus estava indisposto e ficou na cama. Mais tarde o Markus acordou e foi
para o trabalho. A Tania passou aspirador na casa e eu fiquei tocando piano.
Mas para frente, quase seis horas da noite, a Glaucia ligou para mim, pedindo
para apanhá-la no ponto. Ela estava com três bolsas pesadas com compras. Mais
tarde, ela fez a janta e após a janta, conversamos. A Tania e a Glaucia foram
para o ateliê e ela começou a organizar as suas caixas que estão em um armário.
Depois da meia-noite, fomos dormir. Hoje, 29 de junho. Há cinquenta e quatro
anos, Tania e eu, começamos a namorar. O Markus saiu para trabalhar cedo. Às
sete e meia a Glaucia nos acordou para tomar café. Em seguida ela foi
trabalhar. Eu tentei consertar o coletor de pó do aspirador, sem sucesso.
Fiquei com medo de quebrar. Mais tarde ajudei a Tania fazer o almoço. Markus
não veio almoçar. Em seguida a Tania foi bordar e eu tocar piano. Por volta das
sete e meia da noite, fui apanhar as roupas que foram lavadas na corda do
Keller, para a Tania dobrar e guardar. Logo, Glaucia e Markus chegaram do
trabalho. Mais tarde, eles jantaram e Tania e eu fizemos um lanche. Por volta
de uma hora da manhã, fomos dormir. Hoje, 30 de junho. Se a minha avó Lucia
fosse viva, estaria fazendo aniversário, nesse dia. Acordamos para tomar café
com a Glaucia. O Markus já havia saído para trabalhar. Coloquei as louças do
café na máquina, como de costume e entrei na internet. Mais tarde fizemos o
almoço. Por volta das dezenove horas o Markus chegou e em seguida foi a uma
reunião com o pessoal do time de futebol. Mais tarde a Glaucia chegou,
finalizou a arrumação no quarto em que estamos dormindo e por volta da meia
note, lanchamos e fomos dormir.