Sinto a falta de seu abraço. Ele dissolve a minha dor. É o suspiro sem aviso, que em mim se esconde em silêncio profundo, às minhas fantasias em sorrisos. Eu, o sozinho navegante à deriva em um rio que flui em águas limpas e espumantes entre pedras escorregadias, atrás de um amor vibrante, como meu coração. Esse curso de água flui sem pressa, projetando sua silhueta oculta aos gestos meus, em olhares de ternura e palavras ditas em mistérios, escrita aos ventos, que a alma aflita se revela como uma câmara fotográfica, em minhas mãos. Procuro o inesperado, sem surpresa, mas sei que o amor não se apressa. Tudo ao seu tempo. Quando menos se espera ele aparece e desabrocha como flores de primavera? Talvez! Assim, que eu o encontre, enfim, saberei o que é viver, porque é no amor que encontramos a nossa paz, apreensões nas condições, pura da procura. São os válidos caminhos de predestinações ao desconhecido, nas aventuras amorosas, se correspondidas.
domingo, 29 de dezembro de 2024
domingo, 22 de dezembro de 2024
O incondicional amor proibido.
Sei que é pecado e proibida a chama da incessante paixão, que arde em agonia, neste meu descompassado peito. Ela, bem intensa e plenamente avassaladora, sempre ameaçada pela sombra do impossível, desvanece em pedaços. Esse amor nasce em segredo, escondido em cantos escuros e momentos furtivos, onde a liberdade é roubada pelo medo da descoberta e pela culpa que se enreda nas almas sentenciadas pelo amor. Há uma beleza amarga nesse poder de afeto. Ele ressurge como uma flor rara, florescendo onde não deveria, mas simultaneamente, sendo condenado a murchar logo depois, antes mesmo de poder ser totalmente apreciado. Corações entrelaçados, mãos e olhares distantes, como se o mundo que nos separa fosse maior que qualquer desejo. Os ventos vieram até a mim, trazendo consigo um eco de tudo o que poderia ser, mas não é. Nele, o seu sorriso, como raio de sol, ilumina os cantos sombrios do meu coração e o seu perfume. Ah! O seu perfume, que não consigo descrever em etéreas palavras. Esse, uma lembrança que nunca se perde em aromas e que se torna eterno, como uma fragrância impossível de deixar de sentir, mesmo que eu disfarce meu sentido. Porque, mesmo sem querer, continuo a buscar por você em cada lugar, em cada momento, como se fosse o último refúgio da minha censurada solidão. Nos grandes instantes, esses castelos de carinhos que suplico em desejos, como ondas incertas do mar, onde minhas palavras não poderão apagar a dor ou a saudade que me deixa sua ausência. Tudo que me restam são simplesmente as lembranças de um amor que, por ser proibido, se tornou o mais intenso e o mais inesquecível da minha vida.
sábado, 14 de dezembro de 2024
As esperanças, sem desilusões.
Do choro se fez a noite. As minhas lágrimas brotam em dores, de emoções reprimidas. Esse desabafo profundo da minha alma cansada de esperar por definições, no silêncio da escuridão, sem compartilhamento de angústia e ansiedade, esquecido em uma prateleira coberta de pó, nesse autêntico adeus às ilusões, em olhos fechados ao acaso. A esperança sempre surge após as sombras e o passado já não tem mais importância. Sei que o sol virá em breve e secará minhas lágrimas de soluços, como promessa de cura. Ontem, marcado pela minha história de vida, em papel surrado à mesa, sob a pena da minha caneta, eu escrevi com admiração sobre uma mulher que sobrevoava como uma fênix, ressurgida das próprias cinzas, após desencontros de recomeços, em voos rasantes, procurando espaços para pousos. Eu, envolvido em narrativas, a observava, de longe, com a reverência de quem conhece o custo da reinvenção. À medida que as palavras fluíam da minha caneta, eu não conseguia evitar o sorriso suave que surgia em meu rosto, como um reflexo da certeza de que, assim como ela, todos têm a capacidade de suplantar suas dificuldades, mais uma vez, após cada queda. Ela já não acreditava nas máscaras que o destino lhe colocava à frente. Sabia que, por mais que desejasse o amor não era sempre puro e eterno, e que as vitórias nem sempre vinham com recompensas douradas. Dei fim à minha fantasia amorosa, pelas palpitações excessivas, com o coração mais vazio que antes, mas ainda com coragem. Porque, talvez seja isso o que as fênix nos ensinam. Que mesmo após perdermos alguém que amamos, a verdadeira transformação começa em nós mesmos, e algum dia uma delas pousará suavemente no meu coração, iluminada como o astro rei da manhã, secando os orvalhos com felicidades e quem sabe sem desilusões, ao cair em lágrimas de amor.
terça-feira, 10 de dezembro de 2024
O roseiral do meu amor.
Os meus beijos, espalham-se pelo roseiral, bailando entre as flores de amores que, ao sopro do meu, não se desfaz. No desabrochar das rosas, uma lembrança do seu sorriso, como, ao me perder entre espinhos, da sua proteção. As dores de desejos me faz rir do seu belo sorriso de segurança. Em cada pétala de rosa, encontro o toque suave do seu nome, com a brisa de dança entre os galhos, o aroma da sua ausência, na minha incessante procura. Uma essência de nossa alma. Seu encanto se espalha pelo roseiral, como se fosse promessa sussurrando a sua privacidade de liberdade, o porquê, que só a natureza entende. Os ventos sacodem os galhos com impetuosidade entre as flores, como se o amor fosse à cor que ele carrega. Meu olhar, perdido nas sombras das folhas verdes de esperanças, no silêncio do florido jardim, procura seu rosto rubro de timidez hesitante de não corresponder às minhas expectativas. Você, a minha, especial, rosa-vermelha, um símbolo profundo e intenso de um amor apaixonado carregando segredos seus, e sem saber à procura dos meus. Quando, finalmente a encontro, o meu beijo, suave e furtivo, toca sua superfície sensível e macia, encabulada em momento único para mim, cai ao chão em desmaios, uma rendição silenciosa, na pureza do afeto, da fragilidade do amor e do poder da lembrança, que seu eterno visitante em silêncio a transforma em pétalas soltas ao chão, delirantes de fantasias, novamente, na mais bonita flor do meu apaixonado jardim. A flor eterna do meu coração, que nunca se acaba apenas, se refaz ao meu prazer.
segunda-feira, 9 de dezembro de 2024
A cura, pela música.
Danço conforme a música, principalmente, quando ela é rica de letras e harmonias. Ela, inicialmente, transmite alegria, diversão e entretenimento. É transformadora na vida de muitas pessoas. Uma companhia constante, desde o nascimento, como as canções de ninar em minhas memórias afetivas. Ao longo da história, a música está sempre presente em momentos de celebrações, angústias, depressões, tristezas, de união e de reflexão, em sua linguagem universal. Pode ser um refúgio nos momentos de solidão, um combustível para a produtividade no trabalho, ou uma maneira de comemorar vários instantes mágicos de sucessos, na vida. Além disso, animicamente, a música tem um enorme poder de cura. Estudos científicos comprovam que ela pode reduzir o estresse, melhorar o humor e até mesmo ajudar na recuperação de doenças. Em momentos de dor, perda ou dificuldade, muitas vezes encontramos recurso em uma melodia ou em uma letra que parece entender exatamente uma forma de terapia emocional o que estamos sentindo. Nesse sentido, a música oferece não apenas uma fuga, mas também um espaço de reflexão e autoconhecimento. Para aqueles que buscam um alívio, um impulso ou uma conexão, a música sempre estará lá, pronta para oferecer tudo o que ela precisar, no mais puro e sincero molde possível. Por fim, a música é uma forma de arte que nos conecta com outras culturas, satisfazendo nossas necessidades.
domingo, 8 de dezembro de 2024
José, um vencedor!
O meu nome é José, em perseguições há dias melhores. Fui morador de rua. Trabalhava como catador de papéis e outros materiais de reuso. Eu, além de outros, fui mais um invisível da sociedade. Por compadecimento ao meu estado de vulnerabilidade, o pároco da localidade cedeu-me um espaço bem pequeno nos fundos da paróquia, o suficiente para me abrigar e proteger, um novo ensejo de viver com dignidade. A cada dia, enquanto empurro meu carrinho, lembro-me de como é frágil minha condição humana. A procura de melhoria, de vivência condigna e espiritual, de preocupações com o meu futuro, luto diariamente com abnegação para conquistas na vida profissional. Pelo menos, garanto com o meu velho instrumento de transporte de produtos de reciclagem, o mínimo para a minha sobrevivência. No entanto, não é a indiferença que me define, mas a resistência. A resistência de continuar, de não me deixar vencer pelas adversidades, de acreditar que, apesar de tudo, há sempre uma chance de recomeço. É nesse movimento constante que encontro forças para enfrentar os percalços da vida. Mesmo nas condições mais precárias, minha vontade de viver com honra e lutar por um futuro melhor supera qualquer obstáculo. Em determinado momento, um voluntário de uma organização abordou-me e incentivou-me a participar de um programa de reintegração social. Hesitei no início, desconfiado, mas algo dentro de mim me fez dar mais uma oportunidade. Foi lá, naquele projeto, o meu primeiro emprego formal, em um salão de beleza, que aprendi novas habilidades, como cortar cabelo, limpar equipamentos da loja, realizar pequenos serviços de manutenção elétrica, hidráulica e comecei a entender que, apesar de meu passado difícil, havia um futuro possível para mim. Em sequência, fiz cursos profissionalizantes na minha área e abri o meu próprio estabelecimento, com apoio de um pequeno empréstimo. Hoje sou um empresário bem-sucedido. A verdadeira vitória não está em alcançar o sucesso, mas em ajudar outros a também vencerem as dificuldades da vida. Para mim, a maior lição foi entender que, não importa o quão profundo seja o abismo, sempre é possível encontrar forças para se reerguer e sempre haverá uma pessoa que nos estimule a vencer na vida. Agradeço a Deus e às boas almas que compreenderam meu drama e que me deram a possibilidade de enxergar o meu futuro pela mudança radical da minha forma de viver, um maltrapilho que vivia à margem da sociedade e pragmático que venceu com méritos os esforços dispendidos.
sábado, 7 de dezembro de 2024
A roda do amor.
As forças misteriosas da roleta do destino em giros constantes fazem a alegria e tristeza de contumazes jogadores, espaçados por números, no aguardo da derradeira parada, premiação aos contemplados, obsequiosos aos encantos e desprezos aos perdedores da esperança. Não há garantia de que o amor virá de forma planejada ou conforme esperamos. Ele pode surgir de onde menos imaginamos, com a intensidade de um giro repentino que altera a nossa vida para sempre. Assim, não podemos prever quando ou como encontraremos o amor verdadeiro. O amor, também, não segue regra rígida e pode surgir de maneira imprevisível. Na minha ousadia eu sempre aposto no vermelho da paixão, na certeza que a aposta valha a pena. Quando, finalmente, o vermelho aparece, como um sinal de que fomos agraciados pela sorte e pelo coração, sabemos que a aposta foi mais que uma convicta escolha. Foi um mergulho no desconhecido, uma entrega ao risco, ao mistério do amor, um giro de emoções e excessivos desejos a confiar. A roleta do amor nos ensina acreditar no processo. Não podemos controlar onde a bola vai cair, mas podemos estar preparados para aproveitar as surpresas que surgem em nosso caminho. Já os vencidos, cujos corações giraram e não foram favorecidos, não significa fracasso, mas sim uma etapa de aprendizado e de preparação para um próximo giro, pronto para que o destino tiver a oferecer. Por fim, insistir em conseguir um amor é não desistir de um dos sentimentos mais universais e profundos que movem os seres humanos, em permutas constantes de afeto.
sexta-feira, 6 de dezembro de 2024
O arc-íris e o amor.
As cores vibrantes do arco-íris surgem após a chuva, um sinal de esperança e renovação. O espetáculo da natureza que nos encanta com suas cores intensas, refletidas pela luz do sol, como se estivesse pintando um quadro no céu. Além de seu encanto visual, o arco-íris carrega também um significado profundo. Em muitas culturas, ele é visto como um símbolo de equilíbrio, harmonia e conexão entre os diferentes elementos da vida. Esse fenômeno meteorológico pode ser comparado por superação depois das tempestades da vida. O amor e o arco-íris têm algo em comum, ambos, são fenômenos que nos tocam de maneira profunda, trazendo luz, cores e emoções intensas para o nosso interior. O amor, da mesma forma, muitas vezes, aparece após desafios, como uma força que ilumina o caminho com paz e harmonia. Ele é a luz que reflete as sombras. O arco-íris é temporário, mas o amor, quando genuíno, é eterno, pelo menos, enquanto durar, por momentos, sensações e memórias. A íris, uma digital personificada, que circunda a pupila em colorido, é a moldura que ilumina o nosso olhar. Portanto, ela é um símbolo perfeito do amor, única, perfeita e cheia de tonalidade, capaz de expressar as emoções que as palavras muitas vezes não conseguem traduzir. Felizes daqueles que compartilham as cores que transformam vidas!
quinta-feira, 5 de dezembro de 2024
Os encantos da lua.
Altas noites tecidas em luzes, em sonho profundo, na quietude em manto de estrelas. A lua despertou a minha amada, em cantos de pensamentos persistentes. Uma chuva de prata, um mistério e beleza em raríssimo esplendor. Vento suave, carícia que ao longe se faz presente, que em silêncio na vastidão do céu, sua presença é mansa. Não há pressa nem gritos em seu caminho. Vê no rosto dela o reflexo de um brilho distante, como perdida em imaginações de confidências. Entre elas, um laço de luz e incógnitas profundas. Um segredo silencioso, um pacto invisível a decifrar as charadas que o céu tenta esconder. Uma dança entre a luz, que eu, enciumado, vejo a lua com seus raios aconchegantes, desejando tocá-la e acariciar a sua pele macia, mas o calor do meu olhar, um escudo do universo, protege a minha querida e a faço sorrir, na curva suave da sua boca em desejos, nos seus olhos profundos como o oceano, onde o espaço sideral entre nós desaparece ao infinito. Outra noite iluminada virá e com os astros, mais uma vez, em investidas insistentes de hipnotismos bloqueados por mim, seu fiel companheiro, das horas certas e incertas, protegendo-a de fascínios. Ao amanhecer, quando o sol finalmente surgir, saberemos que essa noite, como todas que serão gravadas em nossos corações em explosões. Pois, a verdadeira magia não está na escuridão, mas no brilho que ela desperta, quando estamos juntos na paz do amor correspondido, apesar das ousadias celestiais.
quarta-feira, 4 de dezembro de 2024
Rumo a eternidade.
O trem estava bastante lotado. As estações cheias a cada parada.
Sei que ele atravessará vales, montanhas e horizontes distantes. Este é o ‘Trem
para a Eternidade’. A composição não era feia. Vagões reluzentes e ornamentados,
com janelas que refletiam o brilho das estrelas, mesmo durante o dia. Não era
feito de aço e ferro, mas de algo etéreo, quase intangível, que se adaptava
àqueles que se aventuravam a embarcar nele, por força do chamado. Composto de
almas perdidas, pessoas que haviam conhecido o sabor amargo da saudade, da
solidão, da ilusão ou do arrependimento, em sua busca incessante por sentido e
explicações, além de compreender o grande mistério da existência, Esse comboio
não fazia promessas de paz ou de respostas, mas sim uma jornada sem volta.
Todos reunidos em silêncios profundos, acolhidos pelo tempo, todos se olhavam
com ansiedade e perplexidade ao aproximarem-se da última estação. Alguns pensavam
que o trem passava pelas memórias das pessoas, revelando cenas de vidas passadas
ou imagens de momentos ainda por vir. A maioria acreditava que o trem atravessaria
portais onde a eternidade não era um conceito abstrato. O ponto final, dizem,
não era uma estação como qualquer outra. Não tinha plataformas, nem guardas,
nem o som dos apitos estridentes. Também não havia multidões esperando ou
despedidas emocionadas. Era um lugar sem forma, sem nome, sem definição. Um
ponto onde o tempo se desfazia, e as linhas do passado, presente e futuro se
entrelaçavam em uma unidade indissolúvel. Não se tratava de um fim como estamos
acostumados a entender, mas de uma transformação. Aos olhos dos viajantes, o
ponto final era invisível. Para alguns, ele era apenas uma ideia distante, uma
miragem que nunca se concretizava. Afirmam alguns, em cartas psicografadas, que
ao chegar ao ponto final, o trem se desfez, dissolvendo-se na névoa do
infinito, e os passageiros desapareceram na vastidão do universo, tornando-se
parte dele. Outros dizem que, nesse ponto, todos os destinos se unificam, e
cada viajante encontra não uma resposta, mas uma paz silenciosa, onde a dúvida
se dissolve e a compreensão se torna algo que não pode ser explicado em
palavras. Eu só viverei essa experiência, no dia que eu partir. No meu espaço eu
desejo compartilhar com pessoas que souberam viver intensamente os prazeres da
vida. Parte superior do formulário
domingo, 1 de dezembro de 2024
Amor perdido.
Hoje, a saudade invadiu o meu quarto. Longe dos seus lábios sedutores, uma poesia tímida, como uma estrela, que ao amanhecer não sente a presença do sol. Eu perdido no silêncio dos instantes, em suspiros e lembranças de seu apaixonante corpo a contemplar sua foto pela sua ausência, em vazios no meu coração. Seus olhos, aqueles que conseguiam enredar, de me envolver em turbilhão de sentimentos, agora são apenas recordações desviadas. Seus sorrisos, que acendiam as minhas noites frias e cinzentas, hoje colhidos pelo amargo vento em memórias distantes. Assim, sigo com o peito apertado pela sua falta, amando em silêncio, os sonhos vividos a cada amanhecer. Um sentimento que cresce e floresce todos os dias sem fim, e grato por cada momento compartilhado, uma razão da minha inspiração. Se um dia você pisar no meu portal de ilusões, talvez o tempo tenha se apagado pelas perdas e dores, mas, a tristeza, a minha atual companheira, ainda será presente, como sombras que não desfazem facilmente. Eu, que me entreguei completamente aos seus encantos e reconfortos, me perdi nas promessas silenciosas em noites surpreendentes. Em um novo recomeço de uma paixão avassaladora devolvo para você em versos, caso nossos destinos, um dia, nos trouxerem de volta, juntos saberemos que o caminho não é feito só de acertos, mas de erros que nos ensinam sem as fantasias do perfeito, onde o amor em chama ardente, que sempre refloresce como flores em jardins. Você é a eterna flor das minhas angústias e fantasias que acelera e descompassa o meu coração.
Uma traição! Valores perdidos.
Uma traição consumada por mentiras, falsidade e idolatrias. Essa foi uma das experiências mais dolorosas que alguém pode vivenciar. A quebra de confiança, o sentimento de deslealdade e a sensação de violação de segredos na nossa relação amorosa, amizade, que transformou um belo período de convivência num peso emocional difícil de carregar. Perdi também a segurança, a fé depositada. Hoje, em situação de desamparo e exposto à superação de confiabilidade sobre o futuro, eu caminho só, divagando os meus pensamentos. O fingimento, o desrespeito aos sentimentos da sua fraqueza, as consequências das suas ações, fizeram-me levar a uma reconstrução interna profunda. Sei que perdoar não significa esquecer. Mas para mim, é um ato de libertação emocional. A sua traição, embora destruidora, também pode ser um ponto de virada na minha vida, uma oportunidade de refletir sobre os próprios valores e aprender a estabelecer limites. Aquele céu nublado e estrondoso, que devastou a minha vida, foi uma tempestade que se dissipa a cada dia, com um luminoso raio descortinado pelo sol. Com certeza, eu serei recompensado. A bonança sempre é esperada após uma lição. A vida é um mistério. É um viver plenamente, nos detalhes do cotidiano, e a abraçar as incertezas com coragem. A vida é imensamente preciosa, principalmente se nós estivermos envolvidos com as pessoas certas. O que fica, no entanto, é uma advertência. A importância de sentimentos, da sinceridade, da lealdade e da responsabilidade com o que se constrói ao lado de outra parceira, sem o peso da desconfiança e desilusão.