Hoje pensei no número dois. Tão simples, tão discreto, mas com um poder que poucos percebem. Ele é o único número par que é também primo, uma raridade, uma exceção. Assim como o que sentimos: algo que foge às regras, que desafia o esperado. Dois. Como nós. Duas almas, dois corpos, dois mundos que se encontraram sem manual, sem previsão. O dois simboliza união. Representa o encontro, não para se perder, mas para caminhar lado a lado. Dois olhares que se buscam. Duas mãos que se tocam. Dois corações que, em sintonia, aprendem a bater num só compasso. Ser par e ainda assim ser primo é como amar: É ser parte de algo maior e, ao mesmo tempo, manter a própria essência. É estar junto, sem se anular. É dividir a vida, sem perder o que se é. É encontrar no outro o complemento que o mundo inteiro não soube dar. O dois, nos ensina que o amor verdadeiro não é comum. É raro. É especial. É escolha. E nós adoramos ler e interpretar esta carta, praticamente, todos os dias de nossas vidas, sem divisões e apreensões, em indissolúvel união.
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