Nos últimos tempos, eu sei que alguns usuários desinstalaram as suas redes sociais devido ao impacto negativo que elas causaram em suas vidas. Comigo não foi diferente. Só estou ainda conservando este meu ‘blog’ e o aplicativo ‘WhatsApp’. Isto porque eu tenho uma filha que mora no exterior e este último mencionado me facilita na visualização e comunicação com mais uma integrante da minha família, que se encontra em outro continente. O crescente número de mentiras, de discursos de ódio, ataques à privacidade e a propagação de conteúdo tóxico geram um ambiente cada vez mais insustentável, praticamente, para muitos usuários das plataformas. O que antes era visto como uma ferramenta para conectar pessoas, compartilhar experiências e buscar informações, passou a ser palco de polarização, fofocas, desinformação e discursos prejudiciais, sobretudo políticos, além de pessoas que exibem seus corpos como mercadorias, em algumas delas. A pressão por padrões de beleza irreais, a comparação constante com a vida de outros e o vício em ‘likes’ também contribuem para a saúde mental de muitos consumidores, especialmente entre os mais jovens. Além disso, a exposição excessiva a conteúdos negativos, como violência, bullying e debates antagônicos, pode gerar ansiedade, estresse e até depressão. Esses fatores elencados acima me levaram a uma reflexão sobre o papel das redes sociais na vida cotidiana. Para muitos, assim como eu, a remoção desses aplicativos é uma forma de resgatar o equilíbrio emocional e buscar uma conexão mais genuína com o mundo real. Penso que a ideia de "desintoxicar-se" digitalmente está ganhando força. Essa minha atitude promove uma vida mais tranquila e focada nas relações ‘offline’, como antes, nos saudosos anos setenta, e no autocuidado de preservação às exposições. Agora sou um quase eremita das redes sociais. A decisão de eu me afastar é porque busco por um espaço mais saudável, onde eu possa viver tranquilo, sem apreensões e menos influenciado por diversas situações expostas nas ferramentas digitais, visto que este meu caminho não acrescentava em nada às publicações recebidas em meu celular e notebook. Dedico-me diariamente aos meus textos, sem distrações de conteúdos, em completa desconexão e alheio ao mundo virtual. Um cuidado pessoal em prevenção da minha saúde mental e o fortalecimento da minha criatividade. Não tenho nada contra aqueles que pensam diferentemente de mim. O importante é sentir-se bem com suas ideias, pensamentos e ser feliz com as experiências vividas pelo tempo com suas escolhas e consciências.
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