Aqui na Suíça, precisamente em Lucerna, tem uma
cordilheira com várias montanhas. Pilatus é uma delas. Aprofundei-me mais no (Google)
e segundo a lenda, os restos mortais de Pôncios Pilatos estariam em um lago, no
alto daquela montanha. O que valeu o lugar de ser maldito por muitos séculos e que
também era proibida a subida, para impedir de se ir ver o “morto”. A trilha é feita
por trem, cremalheira. Esse deslocamento é o mais íngreme do mundo. A
cordilheira é linda. Mesmo no verão, o gelo impera no seu topo. Estamos prestes
a um novo pleito eleitoral e ainda há muita indefinição em relação à escolha
dos candidatos. É difícil discernir a política brasileira. Há uma radicalização.
As redes sociais estão ativas e nos comprovam diariamente, esses lamentáveis fenômenos
com diversas ideias antagônicas. As paixões ideológicas exacerbaram-se. É
perigoso viver desses desejos. Eu considero devaneios de um amor unilateral.
Você é consumido sem recompensa. Para mim a paixão familiar é a mais importante.
Não querendo sondar mais sobre esse tema, riquíssimo em controvérsias, convido a
todos os brasileiros que votem conscientes. Que vocês não façam como Pilatos. Lavar
as mãos também é uma omissão, e que o gelo lá da montanha não seja transformado
em votos em branco. Só servem para fins de estatísticas e observações nos
resultados do certame eleitoral. Que no final, conforme a desenvoltura desses
partidos, tanto de centro, esquerda ou direita, contaminados pela corrupção,
desleixo e atitudes antidemocráticas, enfim, sejam esquecidos em quaisquer
serranias do nosso Brasil. Votem na certeza de um Brasil melhor, para todos
nós!
quarta-feira, 10 de agosto de 2022
Pilatos.
domingo, 31 de julho de 2022
A nossa segunda vez na Suíça - Parte 2
Hoje, 1 de julho, a Glaucia saiu um pouco mais tarde para
trabalhar. O Markus ficou em casa. Razão pela qual, também levantamos um pouco
mais tarde. Ajudei a Glaucia fazer o café da manha e arrumei as louças na
máquina de lavar, como de costume. Mais tarde nós almoçamos, em seguida
coloquei as louças na máquina de lavar. Às dezoito horas eu tirei os utensílios
já lavados da máquina, ajudei a Tania a limpar a casa e mais tarde toquei um
pouco de piano. Já anoitecendo, Glaucia e Markus chegaram do trabalho. Eles foram
ao mercado também. Mais tarde, fizemos a nossa última refeição do dia,
assistimos um pouco de televisão, e, por volta de meia-noite e meia, fomos
dormir. Hoje, 2 de julho, acordamos bem tarde. Tomamos café da manhã e nos
aprontamos para passar o sábado e domingo em Engelberger. Antes disso, passamos
em um shopping para acertar a compra de um tablete para Sidney, filha adotiva
do Markus. Após esse evento, seguimos, enfim, para as montanhas. A viagem foi
um pouco longa, mas tranquila. Chegamos um pouquinho tarde. Markus providenciou
o churrasco. Eu e Glaucia fizemos os complementos e às dezessete horas, fomos
almoçar. Depois ouvimos um pouco de música, e, saímos para passear no camping.
Um local muito bonito e aprazível. Em seguida fomos ao mercado comprar sorvete,
e em seguida a Glaucia nos mostrou as dependências, como piscinas térmicas,
parques etc. Depois viemos para o interior do trailer. Brincamos de vários
jogos, mais tarde fizemos um lanche e depois da meia-noite fomos dormir. Hoje, 3
de julho, acordamos depois das dez horas. Em seguida, após tomarmos café, fomos
lavar a louça e em seguida fizemos uma caminhada pelo local, aqui em
Engelberger. Essa caminhada perdurou-se por duas horas, aproximadamente. No
percurso de volta nos encontramos com a Tania e Glaucia. Elas foram de ônibus
até ao ponto de nosso encontro. Em seguida paramos num bar e bebemos
refrigerantes. Na saída, Glaucia e Tania pegaram o ônibus de volta ao trailer,
Markus e eu, continuamos caminhando para o nosso retorno do ponto de partida.
Quando chegamos ao trailer nos aprontamos para retornar a Mulligen. Antes
disso, o Markus resolveu nos levar a Luzern, (no Brasil chama-se Lucerna).
Conhecemos alguns pontos da cidade, muito bonita por sinal, em seguida paramos
em uma lanchonete e lanchamos ‘kebap’, um sanduiche turco. Por volta das
dezenove horas, retornamos para casa. A viagem foi demorada em virtude de
vários congestionamentos na autoestrada. Chegamos à meia-noite, em casa, sob um
intenso temporal, em seguida tomamos banho e fomos dormir. Esse dia foi muito
legal. Hoje, 4 de julho, acordamos um pouco mais tarde, porque a Glaucia não
foi trabalhar. Tomamos café e em seguida ajudei a Glaucia a colocar a primeira
remessa de roupa para lavar. A Glaucia saiu já por volta de meio-dia e foi ao
dermatologista e em seguida a Engelberger, para apanhar o carregador do seu
notebook que esqueceu por lá, ontem. O Markus a levou até Brugg e de lá ela
seguiu ao seu destino. A Tania e eu ficamos na internet. Depois das catorze
horas, logo depois do almoço que a Tania e eu preparamos, nós descemos para
estender as roupas no Keller. O Markus não quis almoçar. Foram três cestos de
roupa que a Glaucia colocou para lavar, encerrando-se esse ciclo às dezoito
horas. Aproveitamos em seguida para tirar uma soneca. Já estava escurecendo
quando a Glaucia chegou de Engelberger. O Markus havia saído e chegou por volta
de meia-noite. Conversamos um pouco, lanchamos Tania e eu o resto do kebap. O
sanduíche que foi comprado no dia anterior devia ter aproximadamente vinte
centímetros, então guardamos a metade para o dia seguinte. Em seguida,
dormimos. Hoje, 5 de julho, nós acordamos mais cedo, tomamos café com a nossa
filha. A Glaucia foi trabalhar e o Markus ficou dormindo. Arrumei as louças na
máquina de lavar. Logo após recomecei a montagem da porta que a Glaucia comprou
e um novo obstáculo, A serra para cortar o alumínio desgastou-se, obrigando-me
parar o serviço. Por volta das dezoito horas o Markus chegou do trabalho, ficou
um pouco em seu escritório e depois foi buscar a Glaucia em Brugg, porque ela
estava com muita dor de cabeça. Mais tarde, lanchamos e conversamos um pouco e
às duas horas da manhã, dormimos. Hoje, 6 de julho. Se meu sogro Gerdal fosse
vivo faria 103 anos de vida. Nós acordamos, tomamos café com a Glaucia. Coloquei
as louças do café na máquina de lavar. Markus saiu para trabalhar uma hora
depois. Tentei novamente montar a porta, sem sucesso. Aguardando a definição da
Glaucia. O apartamento é alugado e tem que furar as paredes para finalizar a
montagem. O carrinho da Carolina chegou. Tania e eu fizemos o almoço.
Assistimos um pouco de televisão e depois eu fui tocar piano. Às dezenove horas
o Markus chegou do trabalho, agitado. Glaucia chegou depois das vinte e duas
horas. Montamos o carrinho. Conversamos um pouco e depois lanchamos. Já eram
duas horas da manhã, quando fomos dormir. Hoje, 7 de julho. Acordamos cedo.
Tomamos café, como sempre. Em seguida coloquei as louças do café na máquina.
Levei alguns papelões para a garagem. Apanhei as roupas no varal. A Tania
separou e guardou as nossas e deixou as da Glaucia no cesto para ela arrumar
quando chegar. Depois das dezesseis horas o Markus chegou com uma novidade.
Trouxe uma placa de carro novinha. Esse carro ficará comigo para irmos a Paris.
Já eram dez horas da noite e a finalmente a Glaucia chegou. Como sempre
trazendo uma bolsa com comida e guloseimas. O Markus pediu que nós tomássemos
banho antes das vinte e três horas. Desde que chegamos aqui só íamos tomar
banho depois das vinte e três horas. Disse-nos ele que a norma da Suíça é tomar
banho até às vinte e duas horas. Prontamente atendemos ao pedido dele e
começamos a fazer isso ontem. Depois do banho nós lanchamos. O Markus saíra
para resolver problemas com o seu grupo de futebol dele e só chegou depois do
nosso lanche. Depois fomos dormir. Hoje, 8 de julho, acordamos cedo, tomamos
café com a Glaucia, em seguida coloquei as louças do café na máquina. Depois a
Tania separou as roupas para lavar. Hoje a Aline, Ramon e Carolina, sairão do
Rio de Janeiro para cá. A estimativa da chegada deles será amanhã por volta das
dezoito horas. Depois das dez horas da manhã, eu fui com o Markus apanhar o
carro. Antes disso, nós colocamos a primeira leva de roupa no varal. Na volta,
Tania e eu fizemos o nosso almoço e terminamos de estender o resto das roupas
no varal. Mais tarde o Markus, saiu com o carro que apanhamos de manhã e saiu
para dar umas voltas. Hoje, 9 de julho, acordamos e como de hábito, tomamos
café. Depois Glaucia e eu colocamos tela na porta, que eu armei, a fim de
colocar na porta principal, por causa dos mosquitos. Mais tarde fomos a
Laufenburg, na Alemanha. Lá enchemos os tanques dos automóveis. Após isso,
entramos em uma lanchonete e comemos kebap, menos Markus que não estava se
sentindo bem. De lá, seguimos para o aeroporto de Basel para pegar Aline, Ramón
e Carolina. Já em casa, Aline arrumou as malas com os objetos que a Glaucia
comprou para Carolina. Antes Aline e Ramón comeram o kebap que havíamos guardado
para eles. Ramón tomou banho e foi dormir, cansado da viagem longa do Brasil
até aqui. Fomos dormir mais tarde. Antes eu assisti pelo celular a vitória do
Vasco sobre o Criciúma de um a zero. Hoje, 10 de julho, acordamos tarde,
tomamos café da manhã, apanhei as roupas no varal, lavadas na sexta-feira.
Depois fomos à Zurique. Passeamos bastante. Lá fizemos um pequeno lanche, para
enganar o estomago. Por volta das dezenove e trinta, retornamos. A Glaucia
providenciou a nossa janta. Fomos dormir mais cedo, porque no dia seguinte,
teríamos que levantar às cinco horas da manhã, rumo a Paris. Mesmo assim por
volta da vinte e três horas a Glaucia pediu-me que eu pegasse o carro no
estacionamento perto da floresta distante cinco minutos para colocar bolsas e mala
no carro, na intenção de adiantar as tarefas do dia seguinte, e fomos dormir.
De madrugada a Glaucia recebeu uma mensagem do proprietário da casa de Paris
para que chegássemos depois das quinze horas, porque estavam ainda iriam limpar
os cômodos da casa. Hoje, 11 de julho, acordamos um pouco mais tarde, tomamos
café e âs dez horas da manhã seguimos em dois carros a viagem para Paris. Essa
viagem não foi fácil. Rodamos mais de seiscentos quilometro. Paramos senão me
engano em cinco pedágios, e fizemos três paradas, para abastecer, fazer lanche
e higienes pessoais. Chegamos na casa alugada por volta das dezessete e trinta.
A casa estava muito suja e o proprietário não cumprira a sua palavra. A Glaucia
ligou para o proprietário reclamando do fato. Reportando sobre as paradas
realizadas, a primeira, só paramos para reabastecer os veículos, a segunda, foi
para fazermos um lanche, no próprio carro, pois levamos bastantes petiscos para
comer. A terceira e última, foi para colocar um pouco mais de gasolina, para
chegarmos ao nosso destino. A primeira dificuldade que encontramos no bairro
que nos instalamos foi o estacionamento. Era pago e estacionamos um pouco longe
da residência. Um senhor, vendo a nossa dificuldade, nos orientou a colocar os
veículos em um lugar gratuito. Mas mesmo exaustos, colocamos as nossas bolsas e
mala na casa e seguimos para Paris por transporte público, dando início a nossa
saga. Fomos até a estação de Montfermeil. Lá ficamos aguardando o trem e em
face da demora, tentamos o ônibus, depois de ter comprado bilhetes do trem. Com
praticamente com duas horas de atraso, após duas viagens, sendo uma de trem e
outra de ônibus, chegamos enfim à Torre Eiffel. Lá tiramos fotos e passeamos no
Bateuax Parisiens, de barco, no famoso Rio Sena. Essa viagem durou cinquenta
minutos, mas valeu a pena, mesmo com atrasos. Vimos uma boa parte dos
monumentos, isso já as vinte e uma horas, praticamente escurecendo. O centro de
Paris é muito confuso, com o transito caótico. Muitos carros que vão a diversas
direções provocam engarrafamentos estratosféricos. À zero hora, retornamos para
casa, em Montfermeil. Pelo horário os trens e metrôs já não estavam mais
circulando. Pelo celular o Ramón localizou os ônibus que nos levaria para casa,
os números (22 30,42 e o N45). Já era três e meia da manhã, quando chegamos a
nossa casa. Eu ainda mandei uma mensagem para a minha afilhada Tania que
aniversariava nesse dia. Tomamos banho e fomos dormir, já que no caminho
paramos no Big Burguer. Hoje, 12 de julho. Acordamos bem tarde. Tomamos café e
partimos para a Disneylândia Paris. Dessa vez fomos de carro. Chegamos lá por
volta de meio-dia. O parque é magnífico, e sob um sol escaldante andamos por
vários locais do parque. Nós passeamos em alguns deles. A Carolina emocionou-se
com o desfile dos personagens Disney. Exauridos de tanto andar, não conseguimos
visitar o parque em sua totalidade. Isso porque, para entrar em um brinquedo,
nós tínhamos que esperar na fila cerca de meia hora. Mesmo assim com todo conforto
de transporte, chegamos na casa por volta de meia-noite. Tomamos um banho,
lanchamos e fomos dormir. Hoje, 13 de julho, acordamos por volta das 10 horas
da manhã, em seguida rumamos para a capital. No caminho fomos de VLT até a
estação de trem Bondy, lá houve uma demora de quase 1 hora para a estação Gare
Saint Lazare. Lá apanhamos o ônibus 42 que nos deixou no Louvre. A viagem foi
muito agradável onde conhecemos uma senhora que cantou várias músicas de
diversos cantores. Nós cantamos também músicas brasileiras para ela. No Louvre
andamos bastante, infelizmente não deu para visitar a Monalisa. Aline, Ramón e
Carolina foram à roda gigante e rumaram a pé para nos encontrar no Arco do Triunfo.
Glaucia, Tania e Eu fomos de metro. E o Markus também seguiu a pé para nos
encontrar. O calor era infernal. Glaucia, Tania e Eu fizemos um lanche no Mc
Donald. Aline, Ramón e Carolina, encheram todas as garrafas de água pelas
fontes de onde foram passando, até que chegaram na Champs Elysees, onde pararam
na Adidas para comprar um tênis, pois a Aline colocou a sandália da Carolina
com pés trocados e no mesmo pé. Após a loja Adidas, foram na loja da Disney,
onde finalmente a Aline achou o magnífico vestido de Branca de neve para o
aniversário da Bulonguinha. Mais tarde apareceram Aline, Ramón e Carolina e
andamos novamente para pegar um ônibus. No caminho apareceram duas piranhas que
ficaram cheias de sorrisos para o meu genro Ramón, que retribui os sorrisos das
vagabundas (slamp). Pegamos o ônibus 21 para assistir o balé das águas nos
jardins do Trocadero. Chegamos lá e estava em obras. Tiramos algumas fotos e
paramos no Café Kléber, para que Markus, Aline, Ramón e Carolina comessem
alguma coisa, pois ainda não tinham almoçado. Logicamente eu e Tania
acompanhamos. Lá Carolina comeu um prato petit com batatas fritas e nuggets.
Ramón e Aline comeram uma pizza, Glaucia e Markus uma tábua de queijos e eu e
Tania Crepe com sorvete. Meu genro estava irresistível, pois enquanto
aguardávamos a comida ele foi novamente assediado. Kkkkk. Ali ao lado já tinha
uma estação de metro onde começou nossa saga de retorno, agora escolados pelos
rastros do dia anterior. Perdemos o último trem da linha E tivemos que pegar o trem
até Magenta, o trem demorou muito, depois o metro linha cinco até Bobiny, onde
pegamos o nosso derradeiro ônibus N45. Chegamos mais cedo, por volta de meia
noite e meia, tomamos banho e fomos dormir. Hoje, 14 de julho, acordamos
cedo. Glaucia queria entregar as chaves
ao proprietário às dez horas impreterivelmente. Colocamos nossos pertences no
carro e seguimos para Suíça. Fizemos quatro paradas e fizemos um outro
itinerário. Na terceira parada, ainda na França em Alsace, paramos num posto
com loja de conveniência, onde tomamos um picolé para refrescar e para as
necessidades fisiológicas de todos. A última parada foi em Launfenburg, na
Alemanha, para completar o tanque de gasolina. Chegamos em nossa residência as
19h, extenuados, mas valeu a pena por tudo que passamos. A Glaucia e a Aline
providenciaram o jantar e guardamos nossos pertences em nossas malas. Hoje, 15
de julho, acordamos um pouco mais tarde. Tomamos café. A Glaucia colocou roupas
na máquina de lavar e em seguida Glaucia, Aline, Tania, Carolina e eu, fomos a
Brugg comprar comida. Passamos em uma loja de brinquedos, onde Carolina ficou
encantada com a quantidade de brinquedos que lá estavam expostos para que as
crianças pudessem brincar. Deixei a Glaucia perto da estação do trem. Ela foi a
Zurique pegar umas encomendas retornei à Mulligen. Em casa eu ajudei a Aline no
almoço e colocar novamente roupas sujas na máquina de lavar. Às dezoito horas
nós almoçamos e a Glaucia ligou-me para apanhá-la em Brugg com as encomendas.
Na volta colocamos alguns objetos da igreja no carro para as festividades de
amanhã. Hoje, 16 de julho, acordamos mais cedo, ajudei Aline a retirar algumas
roupas do varal, tomamos café e fomos a uma reunião da Igreja em Zurique,
Albisriederplatz. Um lugar amplo e arejado. Lá encontramos vários brasileiros.
Depois da palavra que falava sobre Jesus, fizemos um picnic com churrasco,
petiscos e refrigerantes. Foi uma tarde agradável. Dali, partimos para a casa
do Senhor Beat. Lá fomos bem recebidos muito bem, com uma mesa farta de
guloseimas e drinks. De lá retornamos para casa e nos arrumamos rumo a
Engelberg. Já em Engelberg, 1 hora de viagem, fizemos o reconhecimento do
local, que é um camping, onde Glaucia e Markus possuem um trailer, que Carolina
chamou de “casinha de boneca”, fizemos também um lanche e para finalizar a
noite tomamos banho e jogamos dominó. Fomos dormir 1 hora da manhã. Hoje, 17 de
julho, acordamos cedo, tomamos café. Eu e Ramón lavamos a louça e fomos
conhecer um pouco do camping. Ramón, Aline, Eu e Tania, fomos levar a Carolina
no parquinho que tem dentro do camping. Lá ela amou brincar e pular na cama
elástica, escavadeira, escorrega, balanço, gangorra e jangada. Logo depois,
Glaucia e Markus fizeram-nos uma surpresa de que iríamos conhecer Brunni.
Aproximadamente 1600 metros acima do nível do mar. Arrumamos tudo e pegamos um
ônibus até a estação de Brunni para comprar os bilhetes e subirmos pelo
trenzinho, estilo bondinho do pão de açúcar, de lá andamos uns 100 metros e
pegamos um teleférico de cadeiras. Em um foi Eu, Glaucia e Tania. No outro,
Aline, Ramón, Markus e Carolina. A Glaucia só falou-me que era para sentar.
Ocorre que eu estava com uma mochila nas costas e sentei assim mesmo. E o
teleférico não para. A Glaucia inclusive esqueceu de puxar a trava de proteção.
Nesse ínterim, fui escorregando por causa da mochila, que pressionava minhas
costas, senti a morte de perto. Tania começou a chorar achando que eu ia cair.
Enfim, Glaucia baixou a proteção e depois conseguimos tirar a mochila e me
acomodei na cadeira. Chegando em segurança. Lá em cima, um lugar incrivelmente
bonito e agradável, com piscina de águas naturais, cachoeiras, trilhas. Nós
tiramos várias fotos, fizemos churrasco no Lago Harzlisse. Mais tarde
retornamos para o trailer, Markus, Ramón e eu descemos a pé. Uma viagem longa.
Em dois trechos, o primeiro de 18 minutos, onde nos encontramos em Brunni.
Paramos e Aline, Ramon e Carolina brincaram no parque Globi, no Rodelbahn
(tobogã de montanha). E o segundo trecho de 4,8Km, caminhando 1horas e 48
minutos. Por volta das 18h extenuados, chegamos ao trailer. Lá mesmo, Tania,
Ramón, Carolina, Aline Glaucia e eu, seguimos para a piscina térmica, com
hidromassagem, fizemos sauna, Carolina escorregou no tobogã e brincou muito na
piscina infantil e adulto, tudo isso no hotel Eienwaldli. Ramón comprou 2 cerveja.
1 artesanal de Engelberg e a outra uma Paullaner weisse beer. Acabamos
esquecendo o cartão da Glaucia na piscina. Ramón e Aline voltaram ao hotel, e com
o inglês básico, recuperaram o cartão que estava no vestiário masculino. No
retorno Markus e Ramón experimentaram a cerveja e gostaram bastante. Depois de
dois pedaços de pizza, fui dormir. Hoje, 18 de julho, acordamos por volta das 9
horas da manhã, tomamos café, lavamos a louça, passamos aspirador no trailer,
colamos a janela que estava descolada, sem sucesso e nos aprontamos para voltar
Mulligen. Às quinze horas saímos de Engelberg e paramos em Lucerna. Tania e eu
ficamos sentados em frente a torre, enquanto eles foram conhecer um pouco da
cidade. De lá, enfim, retornamos para casa e chegamos às dezessete e trinta.
Aline e Glaucia fizeram macarronada com almondegas. Markus foi para o futebol e
não ficou para almoçar. Após lavarmos a louça, Ramón Aline e eu levamos a
Carolina ao parquinho perto do mercado Volg. Enquanto a Glaucia e Tania ouviam
a palavra. No retorno, tomamos banho e assistimos uma comédia no Netflix, O
homem versus a abelha, com Rowan Atkinsons, enquanto Ramón finalizava seu
trabalho no notebook. No final do filme, Markus chegou do treino de futebol e
eu fui dormir. Hoje, 19 de julho, fomos
acordados pela nossa belíssima neta Carolina, tomamos café e fomos para
Launfenburg, na Alemanha. Fui dirigindo com a ajuda do GPS ton ton. Lá
visitamos várias lojas, como um mini shopping e depois fomos ao mercado. Aline
e Glaucia foram comprar kebabs. Lá Glaucia colocou 2 Euros numa máquina caça
níqueis, onde foram agraciadas com a quantia estupenda de 12 euros. Retornamos
para casa, onde Ramón e Markus estavam trabalhando. E lanchamos um delicioso kebab, que é uma iguaria árabe.
Hoje, 20 de julho, acordamos, tomamos café. Coloquei as louças na máquina de lavar
louças. Glaucia colocou uma parte da roupa para lavar. Aline fez uma faxina na
casa, usou aspirador de pó. Depois de algumas horas Glaucia colocou a segunda
leva de roupa na máquina. Aline e Glaucia prepararam o almoço. Às quinze horas,
fomos almoçar menos Markus que saiu para trabalhar. Depois abri o toblerone,
que Beat havia me presenteado. Por volta das dezesseis horas, fomos ao Tivoli
Shopping, distante de Mulligen, dezesseis quilômetros. Glaucia e Aline foram de
condução. Lá levamos a Carolina para andar nos brinquedos, passeamos. Aline e
Glaucia compraram alguns objetos. Depois fomos ao Mc Donalds, para lanchar. Já as
vinte e trinta, chegamos a nossa casa, praticamente junto com o Markus. Mais
tarde, tomamos banho e fomos dormir. Hoje, 21 de julho, acordamos, tomamos
café, coloquei as louças na máquina e nos aprontamos para passear. Chegamos a
nossa casa por volta das vinte e uma horas. Conversamos um pouco, tomamos banho
e fomos dormir. Hoje, 21 de julho, acordamos, tomamos café, coloquei as xicaras
na maquina de lavar louças. Mais tarde, Glaucia e Aline decidiram que iríamos
passear em Neauhousen. A Glaucia foi de condução. Ramón e eu, a deixamos em
Brugg, para nos encontrarmos lá. Em seguida, colocamos as bolsas com comida no
carro e partimos para Rheintfall. Lá tiramos várias fotos, Ramón fez churrasco
e por volta das vinte horas retornamos para casa. Mais tarde Ramón e eu fomos
buscar a Glaucia em Brugg. Aline fez hambúrguer. Por volta das vinte três horas
Markus chegou do futebol. Tomamos nosso banho e fomos dormir. Hoje, 22 de
julho, eu fui acordado pela Carolina por volta das sete e meia. Fui a garagem
para pegar pão, enquanto Aline colocava os utensílios na mesa. E às dez e meia
tomamos o nosso café. Nós iremos a Berna, capital da Suíça. Saímos daqui depois
de meio-dia e encaramos noventa e sete quilômetros até Berna. Lá encontramos
com a mãe do Markus, dona Eufrides e o senhor Gheard. Passeamos bastante por lá
visitando monumentos. Tiramos várias fotos. À tarde paramos em uma lanchonete e
bebemos refrigerantes, pois estava muito calor. Depois das dezoito horas fomos
ao Migros, um supermercado local para jantarmos. Comemos umas deliciosas asas
de frangos com fritas. Por volta das vinte e trinta, retornamos. Errei o
caminho e tive que rodar uns vinte quilômetros aproximadamente para o trajeto
definitivo à Mulligen. Chegamos depois das vinte e duas horas. Aline deu banho
na Carolina e a fez dormir. Depois ela foi arrumar as malas de viagens, pois,
ela voltará ao Brasil no dia vinte e quatro de julho. Hoje, 23 de julho.
Acordamos normalmente, tomamos café e Aline continuou arrumar as malas para
viajar no dia seguinte. Dessa vez nós ficamos em casa. Fomos dormir cedo. Hoje,
24 de julho. Tania e eu fomos acordados pela sorridente Carolina às quatro e
meia da manhã. Aprontamo-nos e fomos leva-la juntamente com Ramón e Aline ao
aero porto de Basel. Paramos no meio do caminha e Ramón colocou 22 litros de
gasolina, pois o ponteiro estava na reserva. Lá retiramos as seis malas dos
carros e Ramón dirigiu-se ao guichê para despachar, enquanto Markus e eu
procurávamos um lugar para estacionar. Em seguida nos encontramos no saguão do
aeroporto. Ramón fez o check-in e seis malas foram despachadas. Uma das malas a
Glaucia pagou noventa e nove francos, pois tinha muita roupa e brinquedos da
Carolina. A despedida foi emocionante. Glaucia e Tania choraram. Despedimo-nos
deles e fomos a Laufenburg, na Alemanha que fica perto dali, aproximadamente
trinta e cinco quilômetros, para completar os tanques de combustíveis. Lá
depois desse fato, Markus parou em um trailer de fast food. Tomou café com pão
e em seguida viemos para casa. Em casa Glaucia, Tania e eu tomamos o nosso café
com pão e fomos descansar um pouco. Acordei por volta das quinze horas. A
Glaucia já havia feito o almoço. Almoçamos. Conversamos um pouco. Coloquei as
louças na máquina de lavar. Por volta das treze e trinta, eu recebi uma
mensagem da Aline e ela estava sobrevoando Marrakesh. As dezenove e quarenta,
horário do Brasil, Aline aterrissou no Terminal Tom Jobim. E por volts das
vinte e duas horas, finalmente em sua residência. Por aqui, fomos dormir depois
da meia-noite. Hoje, 25 de julho, acordamos por volta das nove horas da manhã.
Tomamos café, conversamos um pouco, coloquei as louças na máquina de lavar,
como sempre, ajudei a Glaucia a limpar a garagem e organizar os objetos que
estão lá, para colocar um dos carros, que fica guardado na floresta. Enfim,
consegui coloca-lo na garagem. Fizemos isso, enquanto Markus foi a casa da sua
mãe em Berna e em seguida ele iria para o futebol. Antes disso, conversamos com
Aline e Carolina pelo whatsapp. Levei um cesto de roupa ao keller para lavar.
Enquanto Glaucia escreve a palavra eu atualizei o meu diário, em seguida
assisti a um filme de ação no Netflix, por sinal muito bom. Glaucia digitou a
palavra da semana e nós participamos da reunião online com demais integrantes.
Já eram dez horas da noite e Glaucia pediu-me para levar à Mulligen, a fim de
que ela pudesse retirar dinheiro no caixa eletrônico. Depois fomos ao
supermercado Coop comprar sorvetes. Na volta passamos no keller e retiramos
algumas roupas secas do varal. Depois tomamos sorvete. Em seguida Markus chegou
do futebol, isso quase à meia-noite. Depois Tania e eu tomamos banho e fomos
dormir, enquanto Glaucia e Markus conversavam na cozinha. Hoje, 26 de julho,
acordamos mais cedo para tomar café com a Glaucia. Ela retornou das férias
hoje. Tomamos café, guardei as louças lavadas que estavam na maquina e coloquei
para lavar os objetos usados hoje de manhã, para lavar. Markus ficou dormindo.
Mais tarde Markus acordou e foi trabalhar no seu escritório. Por volta de meio-dia
a Tania começou a cuidar da casa. Passou aspirador, limpou os vidros da janela,
tirou o pó dos moveis. Em seguida eu retirei o lixo do aspirados, lavei as
peças sujas e guardei no quarto perto do banheiro. Depois das catorze horas
Tania e eu fizemos o nosso almoço. Em seguida coloquei os pratos para lavar.
Tania foi dormir e eu fiquei assistindo filme no Netflix. Depois fui dormir um
pouco e acordei com a Glaucia conversando com o Markus. Isso já à noite. Mais
tarde, lanchamos. Já passava da meia-noite quando todos foram dormir. Eu ainda
assisti a outro filme e ainda sem sono deitei na cama até fechar os olhos. Eu
estava chateado porque um garoto da creche da minha neta havia mordido o seu
rosto pela segunda vez. E ontem foi o retorno das férias escolares. Hoje, 27 de
julho, acordamos por volta das oito horas. Tania e eu tomamos café com a
Glaucia que em seguida foi trabalhar. Coloquei as louças na máquina de lavar e
fui para o meu notebook escrever, enquanto Tania navegava em seu celular. Mais
tarde descemos até ao keller e pegamos uma boa parte das roupas que estavam
secas. Por volta das treze horas o Markus saiu para trabalhar. Toquei um pouco
de piano, enquanto Tania assistia televisão, com imagens de Portugal. Ao
entardecer esquentamos o nosso almoço que sobrara do dia anterior. Coloquei as
louças na máquina de lavar e mais tarde recolhi o restante das roupas, antes
assisti a um filme de ação no Netflix. Por volta das vinte horas, Markus chegou
do trabalho, a Glaucia em seguida. Ela preparou a carne de porco para o almoço
do dia seguinte. Depois assistimos novamente Netflix. Essa vez um filme
brasileiro muito interessante “O vendedor de sonhos”. Em seguida às duas horas
da manhã fomos dormir depois de um breve lanche na cozinha. Hoje, 28 de julho,
acordamos, tomamos café, coloquei as louças na máquina de lavar. Mais tarde
assisti a um filme no Netflix, depois esquentei o almoço. Depois do almoço,
coloquei as louças na máquina e acionei o botão para lavagem. Por volta das
dezoito horas o Markus chegou do trabalho e aprontou-se para o futebol. Em
seguida a Glaucia chegou do trabalho. Às vinte horas Glaucia e eu assistimos
novamente Netflix. A Tania ficou no quarto. Ela não quis assistir. Em seguida,
lanchamos e assisti a vitória do Vasco sobre o CRB. Foi uma goleada de quatro a
zero. Isso às duas horas da manhã. Em seguido fui dormir. Hoje, 29 de julho,
aniversário do Marcelo. Acordamos mais tarde. Nós quatro tomamos café. Coloquei
as louças na máquina de lavar, enquanto a Glaucia partira para o trabalho. Às
doze horas Aline ligou para nós. Estava indo para a escola com Carolina. Nesse
momento Markus saíra para trabalhar. Às catorze horas, Tania e eu fizemos nosso
almoço. Depois do almoço, lavei as louças n mão mesmo e a Glaucia mandou uma
mensagem pedindo-me que eu à apanhasse no trabalho, cerca de trinta quilômetros
daqui. Às dezenove horas chegamos a nossa casa, tomamos um banho e nos
aprontamos para passar o fim de semana em Engelberg. Chegamos a Engelberg, por
volta das vinte trinta. Não tinha luz, Tentamos várias vezes ligar o disjuntor
e este desarmava automaticamente. Em seguida lanchamos e fomos dormir. Hoje, 30
de julho, Há nove anos, a minha mãe partira para o mundo espiritual. Acordamos
um pouco tarde. Um frio intenso. Tania e eu sentimos muito frio na madrugada
que passou. Markus e o vizinho verificaram a fiação do trailer. O vizinho notou
algo no cabo e cedeu ao Markus outro cabo e a energia foi restabelecida.
Tomamos café e em seguida fui lavar a louças. Antes nos reunimos para conversar
sobre um novo projeto das construções de Praia Seca. Markus quer que tudo seja
resolvido até dois mil e vinte e cinco, logo Markus foi caminhar. A responsável
pelo camping foi procura-lo e não o encontrou. Ela combinou um horário, mas não
apareceu no horário acordado. Por volta das quinze horas a Cornélia apareceu. Glaucia estava preparando o nosso
almoço e em seguida Markus apareceu, avisado previamente pela Glaucia que ela
retornaria ao trailer. Não demorou muito ela apareceu e conversou com o Markus
que havia chegado da caminhada. Eles conversaram e Cornélia queria que Markus
assinasse o distrato do aluguel do trailer. Logicamente, Markus não assinou e
ela saiu esbravejando dizendo que queria a vaga até setembro. A Glaucia perdeu
o apetite e passou a tarde toda fazendo uma carta para os donos do camping, que
são conhecidos dela. Glaucia chorou bastante até na hora de dormir chegando a discutir
com a sua mãe em face do acontecido. Depois da meia-noite, Tania e eu tomamos
banho e fomos dormir. Hoje 31 de julho, acordamos chateados. Tomamos café. Fui
lavar as louças. Às doze e trinta, saímos de Engelberger e chegamos a Mulligen
por volta das catorze horas. A Glaucia preparou uma comida rápida somente para
mim e as catorze e trinta Markus e eu, rumamos para o Stadion Wankdorf, em
Berna. Fomos assistir à partida entre os times BC Young Boys versus Grasshopper
Club Zurich. A partida foi regular. O time da casa abriu o placar com o
atacante Jean Pierre. Já no final do primeiro tempo, mais uma oportunidade,
houve pênalti a favor de seu time e o mesmo desperdiçou, isolando a bola. O
segundo tempo modificou o placar da partida. O time adversário conseguiu
empatar o jogo. Após a partida, ficamos presos no estacionamento em frente ao
estádio por quase uma hora. Muito engarrafamento. No meio da partida, Markus
recebeu ligação do senhor Heard, para que ele fosse a uma solenidade no seu
Cantão. Então partimos para Iffwil. Lá, ficamos conversando com o filho dele
que já havia ido à Argentina e nos entendemos bem no portunhol. Chegamos a
nossa casa por volta das vinte e duas horas. Ainda deu tempo para assistir o
empate do Vasco com a Chapecoense sem gols. Depois do banho fui dormir, porque
eu teria que acordar cedo no dia seguinte para viajar.
sexta-feira, 29 de julho de 2022
Meio século de vida.
Há cinquenta anos, precisamente nesse dia, nascia Marcelo, o
primogênito da nossa família. Meus pais e sogros foram também os primeiros
avós. Na mocidade o jovem é ousado, sempre olhando para frente, sem
comprometimento de olhar para os lados. Hoje você é um homem de família com
maior responsabilidade. O tempo faz com que pensemos mais. As dificuldades
foram suas adversárias constantes, que se transformaram em vitórias saborosas.
É normal. A nossa vida é feita de roteiros. Só descobrimos novos caminhos,
quando mudamos de direção. Momentos bons e maus são lembranças e lições, que
carregamos em nossas vidas. Nada volta, mas Deus sempre nos faz recomeçar. E
nesse dia sua mãe e eu desejamos a você muitas felicidades, com saúde, alegria
e fé. Deus é orientador dos destinos. Que seus propósitos sejam de mais
vitórias, na longa peregrinação que fazemos nesse planeta. Esteja com o Senhor,
sempre, afinal não é todo dia que fazemos cinquenta anos. Boa festa para todos
nesse evento, que infelizmente não poderemos comparecer, mas com certeza essa
reunião será de alegria e paz. Abraços, filho.
quinta-feira, 30 de junho de 2022
A nossa segunda vez na Suíça - Parte 1
Dia 13 de junho de dois mil e vinte e dois. Esse foi mais um
dia marcante para as nossas vidas. Tania e eu, pegamos um Uber, às onze horas
da manhã, com um motorista solícito, na Praça Seca, em Jacarepaguá. Acanhadamente
ele pediu-me para fazer uma breve parada no posto de gasolina, a fim de
reabastecer o seu automóvel com o famoso GNV, pelos constantes aumentos de
combustíveis. Em seguida fomos ao aeroporto ‘Santos Dumont’, no centro da
cidade, a fim de embarcarmos à Guarulhos, dando início a nossa saga, rumo à Suíça.
Lá no ‘Santos Dumont’, nós despachamos as nossas malas, que de acordo com a
atendente, seguiriam diretamente ao meu destino final, que seria Zurique. Ainda
no aeroporto eu fui obrigado a baixar no meu celular as certidões das vacinas
da Covid em idioma inglês. Causou-me estranheza esse fato, pois no dia anterior
eu havia ligado para o Consulado Suíço e falado diretamente com o cônsul, o
qual o nome não me recordo, aqui do Brasil, das necessidades prementes para
àquele país e nós fomos informados que não era preciso quaisquer documentações
nesse sentido, apesar de estarmos imunizados com a quarta dose da vacina. Com a
viagem transcorrida em sua normalidade, aterrissamos em Guarulhos. Lá encontrei
o primeiro obstáculo. Os bilhetes de viagem para Milão não estavam disponíveis
para nós. Então tivemos que fazer uma verdadeira peregrinação no aeroporto de
Guarulhos que é enorme, e a Tania com dificuldades de locomoção em virtude de
problemas no joelho sofreu bastante, rumo ao boxe internacional. Às dezessete
horas, já estávamos sentados em nossas poltronas, quando foi detectado um novo problema
na aeronave. As luzes do salão, ao nosso lado esquerdo piscavam intermitentes e
a aeromoça informou-nos que por isso, haveria atraso em nossa decolagem. Por
volta das dezoito horas e trinta minutos, o avião alçou voo, com retardamento
aproximado em uma hora. Aí a nossa preocupação ficou maior, porque lá em Milão
nós teríamos somente cinquenta e cinco minutos para fazer a transferência de
avião rumo á Milão, com o embarque previsto para às dez horas e quarenta
minutos. Não deu outra. Já em 14 de junho, nós chegamos a Milão por volta das
dez e vinte, em um dia acalorado, e com muito sol. Nós tivemos que passar pela
polícia federal daquele local, para o visto em nossos passaportes, que
perduraram em torno de quinze minutos, aproximadamente, em virtude da extensa
fila de pessoas de várias nacionalidades, e consequentemente perdemos nosso
voo. Aí a situação complicou-se de vez. Eu andei por vários locais para saber como
remarcar a viagem, até nosso destino final, e não entendíamos nada do idioma
italiano. Por diversas vezes interpelei várias pessoas, que me desnorteavam com
informações cantaroladas em italiano e algumas pessoas de outras nacionalidades
também, entreolhavam-se incrédulas. Tanto, que encontramos uma brasileira de
Goiânia que não sabia onde estavam as suas malas. Nesse momento eu já me via
como protagonista da continuação do filme ‘O Terminal’ não por não pela
inexistência da ‘Krakozhia’, mas pelas dificuldades em resolver os nossos
dilemas de transferências de viagem. Após duas horas de angústia eu consegui
com o meu inglês básico do científico conversar com uma atendente diligente que
com presteza remarcou a finalização de nossa viagem, com destino a Zurique. Às
quinze horas, finalmente, embarcamos de Milão, rumo ao nosso destino, menos
tenso e pedimos a aeromoça água para acalmar nossos nervos. Já no terminal de
Zurique, por volta das dezesseis horas, nós encontramos a Raquel, nosso braço
direito. Ela é portuguesa e muito engraçada. Com prestimosidade, ela
prontamente, agilizou uma cadeira de rodas para a Tania e seguimos ao setor de
bagagens para apanharmos nossos pertences. Lá, outra decepção. As nossas malas
haviam sumido. Registramos a ocorrência no setor de despachos. Na saída o meu
genro Markus, juntamente com o nosso amigo de longas datas, o Beat, nos
aguardavam no saguão daquele majestoso aeroporto. Por volta das dezoito horas,
já em casa nós lanchamos e esperamos a nossa filha Glaucia chegar do extenuante
trabalho. Conversamos sobre vários temas, inclusive das frustrações sofridas
durante a nossa jornada de vinda. Por volta das duas horas da manhã, adormecemos
extenuados. No dia 15 de junho, acordamos mais dispostos. Tomamos o café da
manhã e nos despedimos da Glaucia, que seguiria mais uma vez para o seu
trabalho. O Markus operou o pé esquerdo e consequentemente está tirando umas
férias forçadas. Na parte da manhã nós fomos ao castelo medieval do ano de mil
e quatrocentos, chamado: ‘Schloss Lensburg’. É um monumento localizado no
cantão Wildegg, onde se lê Museum Aargau. Esse castelo abriga um acervo
incomensurável. Vimos inúmeros objetos, inclusive vestimenta e armas usadas à
época. Por volta das catorze horas, já em casa, recebemos a informação que uma
de nossas malas estava no aeroporto. Nós ficamos contentes, mas apreensivos com
relação à outra mala. O Markus preparou uma comida rápida, muito boa. Em
seguida, repousamos em nosso quarto. Quando nós acordamos por volta das
dezessete horas, outra informação do aeroporto: A outra mala foi localizada e
que nós receberíamos às duas malas até a zero hora. Nós fomos informados que
elas teriam sido extraviadas e enviadas para Portugal. Exatamente no horário
combinado recebemos com muita alegria os nossos objetos, sem violações. Por
volta das vinte horas a nossa filha chegou. Fizemos um lanche e fomos dormir.
Hoje 16 de junho, mantivemos a rotina acordamos, tomamos café com a Glaucia e
Markus. A Glaucia foi trabalhar e às dez horas, o Markus foi à cidade resolver
problemas pessoais. As treze e trinta, Markus, Tania e eu almoçamos. Em
seguida, Markus partiu para a rua, a fim de resolver pendencias particulares. Às
dezenove horas, o Markus já havia retornado para casa e nos convidou para
apanhar a Glaucia em Brugg, distante daqui, quatro quilômetros,
aproximadamente. Na volta eu pilotei um carro automático da marca Skoda. Eu
fiquei um pouco apreensivo e enfim, chegamos, em casa. Em seguida lanchamos,
conversamos um pouco, falando com familiares do Brasil, pelo Zap e às duas
horas da manhã, tomamos banho e fomos dormir. Hoje, dia 17 de junho, a Glaucia nos
acordou, para tomarmos café, juntos e em seguida ela foi trabalhar. Às dez
horas, Markus nos convidou para conhecermos a cidade velha de Brugg. Nós
tiramos várias fotos, conhecemos parques, museus e jardins, da época que os
romanos governavam a cidade. Tomamos café em um recanto intitulado hospital
psiquiátrico, onde os atendentes são pacientes recuperados. Fomos bem
recepcionados e em seguida seguimos nossos caminhos. Eu fiquei impressionado
com a arena construída por Tibérius, imperador romano, há dois mil anos. Por
volta das catorze horas retornamos ao nosso lar, a Tania preparou o nosso
almoço que já estava alinhavado. Almoçamos e fomos descansar. À noite a Glaucia
chegou do trabalho, lanchamos e conversamos sobre a preparação de uma festa que
seria realizada no seu local de trabalho.
Hoje. Dia 18 de junho, acordamos cedo, tomamos o café da manhã com o
Markus e Glaucia. Em seguida a Glaucia encaminhou-se para o ponto de ônibus,
aqui ao lado, a fim de seguir para o trabalho. Por volta dos treze e trinta o
Markus nos levou aonde seria a festa. Essa festa foi realizada em um local como
se fosse um sítio, com algumas unidades em alvenaria, onde residem cerca de
quarenta e oito pessoas com deficiências intelectuais. Participamos da festa,
almoçamos por lá e às vinte horas o senhor Beat, nos trouxe para casa. Já aqui
em casa a Glaucia ligou a televisão e eu assisti à vitória do Vasco sobre o time
Londrina por um a zero, e em seguida tomamos um banho fomos dormir. Hoje,
domingo, dia 19 de junho, nós acordamos um pouco mais tarde. A Glaucia e eu
tentamos armar uma porta. Como aqui não se pode fazer barulho aos domingos, o
Markus solicitou que nós parássemos de montar. Nós guardamos o material e eu
pretendo amanhã dar sequência ao serviço de montagem. Como hoje é dia de
descanso, nós resolvemos ficar em casa. Eu assisti à vitória do Atlético
Mineiro sobre o Mengão e às duas horas da manhã, nós fomos dormir. Hoje, dia 20
de junho, a Glaucia saiu mais tarde para o trabalho. Ela me ensinou a colocar
roupas na máquina e ativar as lavagens. São quatro cestos para executar essas
tarefas. A Tania varreu a casa, enquanto o Markus, trabalhava em home office. Eu
tentei armar a porta, mas a Glaucia não tem a ferramenta necessária para dar
continuidade ao serviço. À noite a
Glaucia chegou com a ferramenta que eu havia pedido, montamos uma mesinha na
varanda que acessa a cozinha, que havia chegado pela manha, lanchamos, conversamos
a cerca de seu trabalho e às duas horas da manhã, nós fomos dormir. Hoje, dia
21 de junho, acordamos no horário normal, tomamos café e comecei a montar a
porta. Eu tive um contratempo na montagem e estou aguardando a Glaucia chegar
para decidirmos o que iremos fazer. À noite, a Glaucia cumpriu mais uma vez a
sua jornada de trabalho, inclusive voltando cedo, porque algumas pessoas do
trabalho foram acometidas pela Covid, lanchamos, conversamos um pouco e fomos
dormir depois da meia-noite. Hoje, 22 de junho, a Glaucia não foi trabalhar.
Levantamos um pouco mais tarde, depois do café da manhã, nós fomos arrumar a
garagem do Markus. Empilhamos várias cadeiras e mesas, que serão utilizadas em
uma igreja que a Glaucia pretende fundar aqui em Mulligen. À tarde almoçamos,
depois, recolhi as roupas do varal. A Tania arrumou a mala com objetos da
Carolina e Aline, dobrou as roupas lavadas e entregou a Glaucia as roupas dela
e do Markus. Por volta de meia-noite, fomos dormir. Hoje, 23 de junho.
Acordamos cedo. Tomamos café da manha com Glaucia. O Markus ficou dormindo.
Arrumei as louças do café na máquina de lavar e em seguida, a Tania e eu
ficamos na internet. Depois fui ao mercado Volg e comprei seis garrafas de agua
mineral. Como é cara a agua aqui. Custaram-me cinco francos e quarenta cents. À
noite a Glaucia chegou cansada, lanchamos, conversamos sobre vários assuntos e
fomos dormir. Hoje, 24 de junho. Dia de São João aqui não é comemorado. A
Glaucia levantou indisposta e não foi trabalhar. Tomamos café e logo depois
fizemos o roteiro da viagem que faremos à França, e em seguida fomos ao
hospital em Baden. Pegamos um ônibus para Brugg, depois o trem para Baden. Lá,
fizemos um lanche. Essa foi a primeira vez que viajamos de trem na Suíça. A Gláucia encontrou um celular no balcão da
cafeteria e entregou a vendedora. De lá pegamos outro ônibus, que estava lotado
de crianças vindo da escola, e saltamos no hospital, onde a Glaucia foi fazer o
teste de Covid. Feito isso, refizemos o itinerário de volta. Estava chovendo e
muito frio. Encaramos a chuva na ida e na volta. Quando chegamos ao nosso lar o
Markus já aguardara a Glaucia para um jantar com o pessoal do time de futebol,
o qual ele é técnico. Tania e eu ficamos em casa. Mais tarde, lanchamos e fomos
assistir um pouco de televisão. Por volta da meia-noite, eu assisti ao jogo
Vasco contra o Operário. A Tania prostrada no sofá dormia. O vasco venceu a
partida de três a zero. Mais tarde Markus e Glaucia chegaram do evento e fomos
dormir. Hoje, 25 de junho, como sempre, acordamos, hoje um pouco mais tarde.
Logo depois fomos à Alemanha, na cidade de Laufenburg. Nessa cidade os mercados
são mais baratos. Nós visitamos várias lojas, fizemos as compras. À tarde
voltamos para casa. O Markus parou o carro logo depois a divisa entre a Suíça e
Alemanha e eu fotografei o local onde estavam as barreiras de concreto
intercaladas nas vegetações, para que os tanques alemães não chegassem à
capital Berna. Interessante esse local histórico. Chegamos a casa, a Glaucia
fez uma comida rápida e em seguida fomos para Harkingen, assistir ao derby
local, com o time do Markus. Após sucessivos confrontos, o time do Markus ficou
em terceiro lugar. Por volta da meia-noite, saímos de lá com muita ventania e
chuva. Chegamos mito tarde e fomos dormir depois das duas da manhã. Hoje, 26 de
junho, domingo, acordamos tarde, tomamos café. Ajudei a Glaucia arrumar as
compras de ontem. Mais tarde a Glaucia fez o almoço e depois fomos descansar.
Não saímos hoje. Antes do almoço eu desci com a Glaucia e fomos ao porão,
(keller) e fomos arrumar para dar mais espaço naquele local próximo à garagem.
À noite, lanchamos e por volta da meia- noite, fomos dormir. Hoje, 27 de junho,
acordamos mais dispostos, tomamos café, em seguida colocamos as roupas para
lavar. Tinha muita roupa e eu ajudei a Glaucia estendê-las. Mais tarde, nós
almoçamos, conversamos sobre a viagem a Paris e por volta das oito horas a
Glaucia fez o culto semanal, o qual Tania, eu e mais três pessoas participaram,
em seguida fizemos um lanche e depois fomos dormir. Hoje, 28 de junho, a
Glaucia acordou mais cedo, pois, ela tinha que ir trabalhar. Tomamos café, o
Markus estava indisposto e ficou na cama. Mais tarde o Markus acordou e foi
para o trabalho. A Tania passou aspirador na casa e eu fiquei tocando piano.
Mas para frente, quase seis horas da noite, a Glaucia ligou para mim, pedindo
para apanhá-la no ponto. Ela estava com três bolsas pesadas com compras. Mais
tarde, ela fez a janta e após a janta, conversamos. A Tania e a Glaucia foram
para o ateliê e ela começou a organizar as suas caixas que estão em um armário.
Depois da meia-noite, fomos dormir. Hoje, 29 de junho. Há cinquenta e quatro
anos, Tania e eu, começamos a namorar. O Markus saiu para trabalhar cedo. Às
sete e meia a Glaucia nos acordou para tomar café. Em seguida ela foi
trabalhar. Eu tentei consertar o coletor de pó do aspirador, sem sucesso.
Fiquei com medo de quebrar. Mais tarde ajudei a Tania fazer o almoço. Markus
não veio almoçar. Em seguida a Tania foi bordar e eu tocar piano. Por volta das
sete e meia da noite, fui apanhar as roupas que foram lavadas na corda do
Keller, para a Tania dobrar e guardar. Logo, Glaucia e Markus chegaram do
trabalho. Mais tarde, eles jantaram e Tania e eu fizemos um lanche. Por volta
de uma hora da manhã, fomos dormir. Hoje, 30 de junho. Se a minha avó Lucia
fosse viva, estaria fazendo aniversário, nesse dia. Acordamos para tomar café
com a Glaucia. O Markus já havia saído para trabalhar. Coloquei as louças do
café na máquina, como de costume e entrei na internet. Mais tarde fizemos o
almoço. Por volta das dezenove horas o Markus chegou e em seguida foi a uma
reunião com o pessoal do time de futebol. Mais tarde a Glaucia chegou,
finalizou a arrumação no quarto em que estamos dormindo e por volta da meia
note, lanchamos e fomos dormir.
sábado, 4 de junho de 2022
Pesadelo
O meu sonho era conhecer o velho mundo. Eu fui a uma daquelas
ilhas da Europa e arranjei um tipo de hostel, um pouco precário, mas era o
único local de hospedagem. O local era imundo, com muitos insetos que voavam
freneticamente sobre mim. Assinei a lista de hóspedes e por coincidência só
havia assinatura de um cliente, que por acaso, também era brasileiro. No caso,
dois malucos e desbravadores em um lugar inóspito, sem telefone e internet,
somente uma fraca energia elétrica, quase a luz de velas. Lá só havia um sinal
de rádio que se comunicava com outra cidade bem distante, e aquele barulho
agudo do transmissor irritava a qualquer um quando findava o dia. Na parte da
manhã, Geraldo e eu seguíamos as trilhas litorâneas do esplendoroso lugar, sob
o impiedoso sol, cercado de vegetações e frutas de todas as espécies, algumas
nossas já conhecidas. Logicamente nós nos reabastecíamos dessas iguarias e à
noite, nós chegávamos à nossa insatisfatória pocilga, aguardando o almoço-
ajantarado fornecido pelo proprietário do albergue. Decorridos alguns dias, eu
estava dormindo coberto com um edredom, depois de uma forte chuva mudando a
temperatura local, quando fui acordado com um réptil sobre o meu lado esquerdo
do peito. Enquanto a serpente rodilhava no seu local aquecido eu suava e
permanecia imóvel. De vez em quando eu ouvia e sentia o barulho muito sutil
dela mexendo a coberta. Eu chorava por dentro, amaldiçoando a minha viagem.
Quando amanheceu, o meu colega de viagem sentiu a minha falta no café da manhã
e foi ao meu quarto. Quando ele entrou, notou que eu estava totalmente
desesperado, com os olhos arregalados e olhando para o meu peito. Eu abria a
boca e balbuciava a palavra cobra para ele. Em principio, ele ficou perplexo
com a minha situação e foi procurar o estalajadeiro, que prontamente foi ao
quarto para saber detalhadamente o que houvera comigo. Nisso, eles presenciaram
o animal se locomovendo por dentro da coberta e foram correndo ao local onde
ficava o aparelho de rádio, a fim de solicitar um médico, explicando a situação
em que eu me encontrava. Em seguida eles foram informados pelo responsável do
hospital quais seriam a cor e formato do ofídio, a fim de que eles levassem o
soro correto, caso eu fosse mordido. Naquele momento eles não poderiam levantar
a coberta, devido à delicada situação. Isso perdurou por mais longas quatro
horas. Aos poucos eu senti que a víbora começou a locomover-se vagarosamente
sobre o meu corpo, deslizando pela barriga e passando por cima de meus braços
do lado esquerdo, que estavam congelados, pelo pavor. De maneira abrupta, eu
dei um salto para o lado direito da minha cama, como um raio, e consegui
levantar-me sem ser mordido. Incrédulos com a minha iniciativa, e para a nossa
surpresa ao fundo, lá no pé da cama nós ouvimos a palavra saindo da rastejante:
“Geraldo”. Que susto que eu levei. Acho que ela era uma parenta dele.
Esse texto é uma homenagem ao grande humorista Castrinho.
quarta-feira, 1 de junho de 2022
Poesia
Eu sou uma embriagada. Bebo todo abecedário. Vogais e
consoantes entrelaçam-se sobre mim. Eu sou fácil de ser localizada. Estou em
quaisquer botecos do saber. A minha personalidade é forte, pois, penetro nas
almas de pessoas que fervilham seus neurônios. Também guardo segredos. Estes
ocultos no subconsciente individual. Eu gosto de exprimir alegria, saudade,
virtude, e outros adjetivos mais. Às vezes eu pratico o ‘roque’, como no xadrez. Mexo em duas peças importantes do meu tabuleiro de palavras, dando novos sentidos. Se alguns de vocês não me
conhecem, eu me apresento. São seis letras que você poderá levar na bagagem de
sua vida. Sou 'poesia'.
domingo, 24 de abril de 2022
Cem anos, sem José.
Há 100 anos, precisamente neste dia 24 de abril, nascia José, o nosso
patriarca da família Santos, digno de constar da Wikipédia, pelos seus feitos
em vida terrena, e eterno em nossos corações. Papai e mamãe, somos gratos por
tudo que nos ensinaram ambos incansáveis nos ensinamentos e encaminhamento dos
filhos a desbravarem as árduas realidades da vida. Os seus legados foram
incomensuráveis. Naquela casa, da Carlos Gross, estão faltando eles, e a saudade
deles está doendo em nós. Reporto-me àquela rua, porque uma boa parte da nossa
infância, principalmente dos irmãos mais velhos, foram referencias em nossos
cotidianos. Nós víamos, às vezes, o ‘Conceição’, motorista do Dispensário
Carmela Dutra, transportando o papai, administrador daquele hospital, no velho
jipe, com destino ao seu local de trabalho. Nosso pai, sempre impecável em seu tradicional
jaleco branco, buscava dias melhores para os seus, e cumpriu honrosamente a sua
missão, juntamente com a nossa mãe, parceira de horas boas e ruins. Lembro-me
dele sentado no murinho da varanda, por muitas horas, tragando o seu costumeiro,
mata-ratos, a principal razão da sua breve passagem em convívio familiar. São
muitas recordações, uma delas, sua participação em programa de televisão na
extinta TV Tupi, salvo engano sobre produtos, Royal, e enumerá-las aqui nesse
pequeno texto de cem anos me forçaria a puxar um pouco mais pela memória. Mas,
infelizmente, eu também sou septuagenário e o tempo é voraz, não perdoa. O que
importa é que são permanentes em nossos corações as memórias saudosas de José e
Moema, hoje em uma colônia espiritual, uma nova casa. Aqui somos visitantes. É
uma passagem. E refletindo a última estrofe do excepcional Lulu, também comum
no sobrenome, que um dia, o que é normal, sob a luz acesa, vocês, nossos pais,
com sorrisos em seus rostos, verão no portão, porque nós, mortais,
certamente nos desligaremos da matéria, e, logicamente estaremos voltando para
casa de vez! De vez! De vez!
Uma homenagem de Alice, Candido, Angelo, Marco, Almir, Angela, Ana,
André, Telma, genros, noras, netos e bisnetos, a José e Moema, constituintes da
família Santos, em especial ao nosso progenitor, pela lembrança do seu
centésimo ano, sempre presentes em nossos pensamentos.
sábado, 11 de setembro de 2021
Bodas de Ouro e Aço
Boa noite a todos! Agradecemos primeiramente
a Deus por nós estamos reunidos nesta formidável noite, aqui neste restaurante
para mais uma confraternização e congraçamento entre nossas famílias. Agradecemos
também aos nossos ente queridos que se foram, esses guardados em nossos
corações, porque sem eles não estaríamos aqui para expressar nossos
sentimentos. Sentimo-nos honrados Tania
e eu, por esse momento, auspicioso com a palavra em voga hoje em dia, que é a
harmonia. Harmonia entre nós seres vivos desprendidos leves e soltos, alegres
pela presença de vocês, parentes e amigos aqui nesse jantar. Claro que não
somos perfeitos. Parece que foi ontem. Cinquenta anos de união matrimonial! Estarmos
juntos há meio século é algo excepcional nos dias atuais. Não quero me estender
o quanto foi difícil para chegarmos aqui. Nós tivemos quatro filhos
maravilhosos. A nossa família aumentou com genros, nora e netos. E hoje estamos
aqui para partilhar com vocês nossas alegrias nesse longo caminho percorrido até aqui,
orgulhosos de termos vocês como parentes e amigos, e a Deus, na sua infinita
grandeza, a dádiva de permanecermos juntos até os fins de nossos dias. Mais uma
vez com gratidão nós reiteramos aos nossos quatro filhos Marcelo, Glaucia,
ausente presencialmente, por residir na Suíça, mas conosco em nossos pensamentos,
Aline e Augustus o nosso muito obrigado por tudo, agradeço a Tania pelo
companheirismo e cumplicidade e por fim a Aline e Ramon pelos onze anos de
casamento. Então hoje comemoramos sessenta e um anos. Feliz Boda de Ouro e Aço,
todos nós. Estejam com Deus! Sempre!
sábado, 4 de setembro de 2021
Bodas de Ouro
Há cinquenta anos, precisamente neste dia quatro de setembro,
dois jovens embarcavam numa canoa e iniciava-se uma nova trajetória pelo rio,
rumo ao mar, com pensamentos de ondas leves e navegáveis. Nós atravessamos
muitas corredeiras. Encontramos várias pedras pelo caminho, afinal éramos
principiantes nessa nova empreitada. Os primeiros dez anos foram
complicadíssimos. Recém-saídos da adolescência, a Tania com 18 e eu com 21 anos,
fomos com a cara e a coragem, como diz a expressão, sem bens materiais, e, com
o humilde salário da empresa onde eu era funcionário, procurar com muita
firmeza e convicção mais um desafio de constituirmos uma nova família. Atravessamos
as correntezas tenebrosas e perigosas com várias instabilidades. A canoa foi
abalroada pelas pedras, nesses trajetos, várias vezes, mas não furou e nem
quebrou. Por conseguinte, um período em que tivemos várias dificuldades na
construção desse projeto de vida. Inicialmente, e com as graças de Deus vieram
ao mundo dois filhos: Marcelo, nascido em mil, novecentos e setenta e dois e
Gláucia, nascida em mil, novecentos e setenta e três. Nós pagávamos aluguel.
Não éramos estruturados, e querendo, sobretudo, enfrentar os novos obstáculos
em nossos caminhos. Eu, como sempre,
corria atrás do nosso prejuízo, advindo dessa ideia, à procura de melhores dias
com finalidade de proporcionar um conforto condigno para todos, vendendo nos
fins de semanas, laticínios oriundos de Juiz de Fora. Sem expectativas com
relação ao futuro e devido à urgência da nossa situação eu pedi demissão do
emprego em uma indústria farmacêutica, e, com o dinheiro da indenização tentei
um novo projeto de vida. Movido por uma nova aposta em minhas pretensões, eu
procurei ser empreendedor juntamente com José, meu pai, que já estava aposentado.
Tornamo-nos sócios de um estabelecimento comercial, mas sem conhecimento do
ramo, essa investida também foi ineficaz para nossos planos. Meus e os dele
também. Essa tentativa infrutífera
piorou ainda mais a minha situação, porque para eu retornar ao mercado de
trabalho dependia de uma nova assinatura da carteira, e eu já estava há algum
tempo na atividade de empregador, pagando a cota do INPS sobre o salário mínimo
da época, o que dificultava ainda mais o meu ingresso em outras áreas, celetista.
Naquela época a informalidade era bem menor. Com acertos, erros e decepções,
enfim, eu consegui em mil novecentos e setenta e nove depois de enviar vários
currículos, um emprego como auxiliar administrativo em uma metalúrgica, na
localidade de São Cristóvão. Posteriormente, através de indicação do meu amigo
e compadre Ulisses, eu fui admitido em uma empresa de prospecção de petróleo.
No segundo decênio, deu-se o início a dissipação de anos sombrios e nós vimos
surgir muito longe no horizonte uma imensa quantidade de água, agora azulada,
mas ainda em turbulência. Especialmente, e com as graças de Deus, já na segunda
década de matrimonio, novamente, a vinda de mais dois filhos. Aline, nascida em
mil, novecentos e oitenta e quatro e Augustus, nascido em mil, novecentos e
noventa e um. A canoa suportou com seis pessoas em seu interior, e com as
crianças sob a nossa tutela as funções, minhas e da Tania aumentaram ainda
mais, com a responsabilidade de salvaguardá-las. Com o apoio do meu irmão Candido,
eu fiz inscrição para o Banco Nacional da Habitação, isso ainda em mil
novecentos e oitenta, onde fui aprovado naquele certame público e agraciado com
a admissão em mil novecentos e oitenta e dois. Tudo ia bem, mas eu fui
surpreendido com a extinção do BNH, pelo decreto do presidente José Sarney e
que a demissão ou absorção de seus empregados estaria a critério da CEF. Depois
de muitos transtornos e aborrecimentos, finalmente, eu fui recompensado e reconduzido como os demais colegas, pela Caixa Econômica Federal, já que a CEF havia
admitido anteriormente, o pessoal da extinta Delfin, que era uma empresa
privada. Lá na agencia Almirante Barroso, eu consegui com muito empenho várias
funções e encerrar a minha carreira de bancário na agencia Itaguaí, aonde
cheguei a substituir por algumas vezes a função de gerente geral. Eu requeri a
minha aposentadoria, porque houve um assalto na agência e naquele dia eu não
estava lá, mas os meliantes sabiam tudo sobre a minha vida e locomoção e
avisaram que iriam voltar. Isso já em mil novecentos e noventa e sete,
aproveitando a chance de incentivo a aposentadoria voluntaria, onde me
desliguei da fundação dos economiários, recebendo somente o benefício do INSS.
Preocupados com a exposição de nossos filhos à violência, em nossa localidade,
nós procurávamos viajar aos fins de semana, isso nos anos noventa, temerosos com
as primeiras ondas de tiros por disputa de territórios entre bandidos. Eu já
adquirira o meu imóvel na Praça Seca, um local pacato à época, mas a nossa
inquietação, o que é natural, aumentava em virtude da hostilidade imposta no
meu bairro, e que infelizmente continua nos dias atuais. Por razão da nossa estabilização
financeira, nós alugamos uma casa em Muriqui, a fim de proporcionarmos aos
nossos quatro filhos um maravilhoso feriadão, naquela localidade. Daí as nossas
idas tornaram-se frequentes à Costa Verde e em mil novecentos e noventa e quatro
fomos morar em Muriqui, aonde fizemos novos amigos, sempre com muita seresta,
onde o nosso tio Orlando, o “Cocoroca”, nos brindava com a sua alegria e
irreverencia. Em mil, novecentos e noventa e dois, e com as graças de Deus,
novamente, nasceu Natália, nossa primeira neta, fruto do relacionamento de
Marcelo e Patrícia. Ainda imaturos, os dois iniciaram um novo começo como eu.
Infelizmente essa união foi marcada por tragédia. Desafortunadamente a nossa
nora partiu antes do combinado e a Natália ficou órfã de mãe. Esse foi o fato
marcante que mudou nossas vidas, principalmente do Marcelo. Sofremos também com
perda de demais parentes, além da Patrícia, o nosso Orlando “cocoroca”, além de
amigos desses infaustos anos. Já na foz do rio, nós ficamos deslumbrados e
contentes de termos sobrevividos a todas as adversidades. Na nossa boda de prata, em mil novecentos e
noventa e seis, praticamente, participaram da nossa festa uma boa parte família
e amigos, com muita alegria e diversão, lá em Muriqui. Esse evento, como
outros, também foi muito marcante em nossas vidas. A Glaucia casou-se, foi
morar em Brasília, mas infelizmente esse enlace foi desfeito e ela retornou
para a nossa casa. Marcelo casou-se novamente com a minha nora Lili e dessa
união nasceram também com as graças de Deus os nossos netos Mateus, Sarah e
Gabriel. Nos anos dois mil, eu, já como fiscal da natureza, aventurei-me mais
uma vez. Trabalhei em diversos lugares. O primeiro deles foi com o meu compadre
Ulisses em seu escritório contábil na Cinelândia, depois em um escritório de
contabilidade no Catete e por fim lancei-me na construção civil, como
construtor. Atualmente eu presto serviço de assessoria financeira para uma
construtora. Nesse último decênio, Aline
e o Augustus, já encaminhados na vida, formaram-se e estão trabalhando em suas
áreas. Aline casou-se com o Ramón, meu
genro, que também se graduou. Depois de nove anos, com as graças de Deus,
nasceu Carolina, a neta mais nova família. A Glaucia foi morar na Suíça e lá,
casou-se com Markus, meu genro. Inclusive a Tania e eu viajamos à Europa, para
assistirmos a solenidade e ficamos um mês por lá. O Augustus seguiu a vida dele e mora com o
Gustavo, meu genro. Muitos acontecimentos desagradáveis marcaram as nossas
famílias a partir da terceira década do nosso casamento. O senhor Gerdal, meu
sogro, partiu para uma nova vida espiritual. Perdi também os meus pais, José e
Moema. A vó Naty, avó do Ramón. A minha sogra Iolanda continua viva. Ela sofreu
um acidente vascular cerebral e acamada há bastante tempo, sem previsão de
viver plenamente. São seis anos sem locomoção em cima de uma cama. Recentemente
mais uma perda. Prematura e fatidicamente a minha ex-cunhada, Ana, partiu
também para a vida espiritual sem combinação prévia. Hoje em dia resido no meu
apartamento na Praça Seca. Agora mais próximos de nossos filhos, netos e
parentes. Nesse pequeno texto sintetizo que nós aprendemos com os erros e
acertos. Se não tentarmos, como saberemos o que acontecerá. Nós conseguimos
estabilizar os nossos momentos de crises, que, aliás, foram muitos. Alguns com
fraturas emocionais, superadas desse convívio. Nossos filhos desembarcaram e
hoje nos encontramos no mar, não mais naquela canoa, e sim em uma embarcação
que não se encontra à deriva, ancorada sobre aguas calmas, com consciência, e
dever cumprido. Os tempos mudaram. Tivemos pandemia, tsunamis, derretimento de
geleiras, queimadas, aumento gradativo de temperatura, redes sociais entre
outros, mas nós não perdemos a fé, fator preponderante para quem deseja vencer
na vida. Sei que a minha caminhada nesse
contexto foi paradoxal. A intrepidez também mora e instiga o interior do ser
humano. Segundo o início do verso do grande Noel Rosa em “Feitio de Oração”-
Quem acha, vive se perdendo. Perdi-me várias vezes, mas encontrei no seio da
minha família um porto seguro para as minhas conquistas, sendo primordial, a
criação dos nossos quatros filhos. Tania e eu, exploramos os limites das nossas
emoções e juntos, conseguimos superar as atribulações nesses cinquenta anos de
convivência. Agradeço a Tania, minha companheira dessa árdua luta, nessa missão,
embora eu reconheça não ter proporcionado a você nesses longos cinquenta anos o
que de direito, você merecia. Nós vivemos atualmente com um estilo de vida
minimalista. O tempo nos faz aprender que podemos viver com aquilo que é apenas
essencial, sem excessos. Mas a batalha
não foi em vão. Agradeço com orgulho, aos meus quatro filhos: Marcelo, que
conseguiu com êxito, o seu objetivo na área militar, Gláucia, que cuida de
pessoas excepcionais, além de trabalhos manuais, lá na Suíça, Aline, professora
do nosso município e Augustus, o nosso biólogo, por nos ajudarem nessa
travessia, a qual nos proporcionou arrojo e obstinação em nossos anseios. Agradeço
também aos meus netos Natália, formada em engenharia civil, trabalhando
atualmente; Mateus e Pamela, também, encaminhado para a vida nas forças armadas,
residindo atualmente em Goiás. Sarah, que brevemente será a psicóloga da
família, Gabriel, terminando os seus estudos secundário e, praticamente,
pensando na escolha de sua carreira e Carolina, que renova os nossos dias de
alegria, genros Ramon e Gustavo, nora Lili pela ampliação da nossa família,
enfim a todos os parentes e amigos que presenciaram a nossa união na Igreja do
Sagrado Coração de Jesus, na Praça Seca, naquele maravilhoso sábado de quatro
de setembro de mil, novecentos e setenta e um. E, nesse pequeno resumo dos
cinquenta anos dessa união, elencados acima, eu considero que foi uma olimpíada
matrimonial, onde enfrentamos várias modalidades em equipe, como uma competição
esportiva. E hoje, vencedores, nós subimos ao pódio, em que nossos adversários,
tempo e contratempos, foram superados por nossa vontade em vencer, sem hino, mas
com a medalha almejada no peito, nessa Boda de Ouro, por termos conseguido
encaminhar nossos filhos para prosseguirem seus destinos independentes. Por
fim, agradeço a Deus por tudo que nos trouxe até aqui, com resiliência, sem temer
as objeções em que vários momentos e situações nos impuseram. Que venham os
próximos cinquenta anos! Se Deus quiser!
quinta-feira, 8 de julho de 2021
O que é que eu faço
Queria sim.
Que você me abraçasse.
E dissesse o
porquê.
Já não gosta
de mim.
Queria sim.
Se eu me
arrasto aos seus pés.
Feito
criança.
E quando eu
chego à nossa cama.
Noto logo, que
você mudou.
Queria sim.
Sentir novamente.
O seu corpo
ardente.
Sorrir de
prazer.
Os seus
olhos
Desviaram
dos meus.
E nesse momento
Você disse
adeus.
Para nunca mais,
voltar.
O que é que
eu faço.
Se um dia.
Você, me procurar
O que é que
eu faço.
Se a sua
alegria.
É me magoar.
O que é que
eu faço
Se nem amor
bandido.
Você quer me
dar
O que é que
eu faço.
Se esse amor
de comédia
Só me faz
penar.
Se meu
coração.
Já está
farto de perder.
Eu desisto.
E será bem
melhor.
Viver sem
você.
sábado, 12 de junho de 2021
Canção para Moema
Quis o destino.
Que eu sonhasse com você.
E essa alegria me fez renascer.
Fiz da vida um poema.
E é você Moema.
A razão dessa canção.
O sonho é a realidade.
Da minha ilusão.
Meu Deus do céu.
Como sonhar é bom.
Feliz, daquele que sonhar.
Para você quero cantar.
Moema, por onde andar.
domingo, 9 de maio de 2021
Moema, a eterna Diva
Hoje é mais um dia especial nas nossas vidas! Parabenizo
também a todas as mamães do Brasil. Reporto-me à despedida, que é dolorosa,
saudosa, silenciosa. E o pior, que é a dor da distância. O luto que cobria o
meu coração, já não existe mais. Só recordações. Lembro-me sem mágoas dos
castigos e repreensões a nós, seus filhos. Mas entre mães e filhos as
reprimendas são necessárias e esses sentimentos relevados. Também é verdade que
nós sentimos a falta da sua presença, mas um dia todos nós viveremos juntos por
toda a glória de Deus, conforme a lei da vida. O tempo! Muitas saudades! Lembro-me
que a senhora exercia as suas obrigações com todos nós, ainda crianças, desprotegidas,
que preocupada em preservar nossas vidas, cumpria as suas atribuições à risca
em todos os sentidos, para as nossas futuras caminhadas da vida. Hoje, como
sempre, faço uma prece, em sua homenagem nesse lindo ‘Dia da Saudade’. Somos
gratos por tudo que fizera por nós, mostrando-nos como superarmos as dificuldades
e orientando-nos para as direções corretas, sem percalços, iluminando os nossos
caminhos em continuação aos nossos propósitos e destinos. E hoje eu amanheci
assim, semblante triste, conformado com a sua ausência, nessa lei da vida, por
não tê-la em nosso convívio. As recordações exteriorizam a minha mente. Essas
duas vogais e uma consoante foram importantíssimas em nossas vidas. Como diz a emblemática
letra de música, com ou sem chinelo na mão se pudéssemos, nós começaríamos tudo
de novo. Sempre quando acordo, vejo constelações no céu, mas uma estrela me chama
atenção por sua magnitude extrema. Eu sorrio e a chamo de Moema. Obrigado Moema!
Por estarmos com saudades de você. Nós, seus filhos, Alice, Candido, Angelo,
Marco, Almir, Angela, Ana Cristina, André e Telma sempre olharemos essa estrela
de primeira grandeza com muito carinho e eternas memórias.
domingo, 7 de março de 2021
A morte é implacável
Eu fico aqui meditando sobre a morte. Nós não temos poderes sobre ela. Podemos ser intransigentes, teimosos, discordantes em nossas opiniões e tudo mais. Nós escolhemos o nosso modo de vida. Para uns essa escolha é ótima, para outros que observam a vida desses “uns”, a visão é completamente oposta. E a morte é inevitável, com discórdia ou não. Acho que no plano espiritual devem perpetuar-se as coisas boas que fizemos em nossas vidas, porque se os nossos pensamentos são verdadeiros ou falsos nós nunca saberemos. E Deus sempre guiará nossos caminhos. Estejamos certos ou errados em nossos íntimos. Que estejamos todos nós com ele, independente de nossas escolhas.
domingo, 24 de janeiro de 2021
Aposentados! Os eternos esquecidos.
Boa tarde! Hoje, um dia muito especial. Dia Nacional dos Aposentados,
uma classe sofrida e desamparada. Não vou falar nada nesse dia. A minha
mensagem é de esperança e muita saúde a todos. Que sejamos todos vacinados para
encararmos essa luta desigual contra os nossos opressores. Governo e pandemia.
Sem mais nada a comentar, Um feliz dia para todos que deram o seu sangue pelo
Brasil.
domingo, 27 de dezembro de 2020
Seja bem-vindo 2021!
Bom dia! Chegamos a mais um final de ano! Esse atípico 2020, um ano difícil para todos brasileiros, atingindo ricos, pobres e remediados sem exceção, que nos deixou um ensinamento. Somos todos iguais. Embora muitos relutem e refutem que dentro de si são melhores que outros essa pandemia não poupou esforços para determinar esses pensamentos. Com mais de cento e noventa mil mortos, esse vírus não teve parcimônia de entrar em nossos lares ceifando o nosso bem maior. A “VIDA.” O coronavírus provocou no mundo uma catástrofe sem igual. Nós tivemos que nos reinventar. Um dos principais impactos, a diminuição de renda das pessoas, como também de empresas. Originário da China, esse vírus disseminou catástrofe em todos os lugares do mundo. A Europa, totalmente contagiada, não mediu esforços para tentar sua disseminação. Aqui no Brasil fomos atropelados pela corrupção, falta de compromisso de políticos na sua maioria em formalizar unissonamente uma politica pública para o contra ataque eficiente da pandemia e consequentemente o desperdício de vidas humanas. Os meios virtuais de comunicação vieram para ficar. O home office já é realidade. Aumentamos o nosso cuidado com a higiene, as máscaras passaram a fazer parte do nosso dia a dia. A solidariedade, objeto de controvérsias também estiveram em voga naquele momento de massiva contaminação nos meses de abril a junho. Vizinhos em sua maioria também se colocaram à disposição para auxiliar quem morava perto, principalmente aqueles que não podiam se locomover. Vieram os auxílios emergenciais do governo, mas estes não fora eficazes. Serviram como paliativos, visto que o aumento da inflação consumiu toda a doação governamental. Nesse momento, com acúmulo de leitos esgotados e carentes de atendimentos médicos, sem uma vacina apropriada com cem por cento de eficiência, todos nós nos perguntamos: Como será o ano de 2021? Fazendo o uso da velha matemática, fica a INCÓGNITA. Será que o novo ano trará bons frutos para todos! Na verdade colhemos tudo que plantamos. E o nosso plantio não foram regados com humildade. Vimos e sentimos: imparcialidade, insensatez, covardia, desonestidade, irracionalidade e outros adjetivos que não convém enunciar. Desejando a todos um bom final de ano com muita saúde, paz e harmonia os meus sinceros votos e que sairemos dessa guerra, fortalecidos para que nós possamos caminhar nesse “novo normal” que abalou a nossa nação. Abraços a todos!
quarta-feira, 11 de novembro de 2020
Hoje eu quero ouvir
Hoje eu não vou escrever. Definitivamente eu não comentarei.
Mas isso não significa resignação. Hoje eu quero ouvir. Ouvir os cantos dos
pássaros, escutar uma voz suave, sentir o aconchego de uma palavra amiga ao som
de uma linda musica, atentar para o balanço dos galhos nas arvores com sons
maravilhosos e não ao contrário. Não perceber o barulho das aguas que correm
sem rumo nas vielas das comunidades, o escarcéu das crianças que lutam para
conseguir agua potável, o estardalhaço pela doação de um prato de quentinha, do
tumulto com o vai e vem da energia elétrica, não entender as promessas de
campanha descumpridas, o alvoroço quando alguém é baleado por bala encontrada,
das reclamações de toda sorte de órgãos públicos e privados. A infraestrutura e
suas fragilidades, degradadas. Além de só exercemos as nossas mudanças por
votos, ainda assim sofremos, já que saberemos como será o nosso destino, visto que
a maior parcela de parlamentares não é confiável. Corrompidas em sua maioria. E
novamente, o círculo vicioso para o mal retorna e com força maior. Essas
desigualdades absurdas não saem dos meus tímpanos. Nós devemos dizer não ao
racismo, escravizações, corrupções e as demais mazelas nesse país, chamado
Brasil, já que a meritocracia é a ideologia que institui as disparidades
sociais. Parei de ouvir tudo que incomoda a um cidadão de bem. Deixo isso com
Deus. Deus! Seus filhos estão oprimidos, frágeis e sem apoio. Ouça aos nossos
anseios. Que suas graças nos sejam atendidas e que nós não precisemos viajar
até as margens do Ipiranga. Nós somos heroicos e aí sim eu sempre ouvirei esse
brado retumbante. A nossa Nação precisa disso. Saber ouvir, cobrar e não
ignorar os fatos e maus tratos ao povo brasileiro. Portanto nesse próximo domingo,
dia quinze de novembro de dois mil e vinte, nós poderemos tentar mais uma vez
mudar o rumo da história. Não percamos as esperanças e com fé em Deus nós
mudaremos os nossos destinos. No dia da eleição na realidade, eu quero ouvir o
barulho nas urnas. Agora o futuro irá nos dizer com ou sem pandemia se nós
seremos recompensados, já que o nosso passado não teve futuro. Mesmo com
desconfianças eu ainda acredito. Vote certo. Avante futuro!
quinta-feira, 5 de novembro de 2020
Verdade e Mentira
A verdade sempre desconfiou da mentira. A mentira é matreira. Ela percorre os nossos neurônios e nos faz acreditar que as nossas verdades são verdadeiras. Acontece que o processamento do cérebro através do encéfalo, independente dos lados, por onde percorrem a lógica e a razão é que predomina a nossa inteligência. Eu tenho setenta anos e até hoje eu não sei se a verdade é uma mentira ou se a mentira é uma verdade. Na verdade eu sempre tentei dentro do pouco que eu aprendi a respeitar as minhas atitudes e com bom senso discernir o que eu achava certo. Com bastante desprendimento dessas ideias, eu me permiti fazer as minhas escolhas. Essas opções, em verdade foram absorvidas no interior do meu seio familiar advindas da educação recebidas de meus pais. Eu sempre tentei trilhar os meus caminhos na estrada da vida os quais eu conseguisse enxergar. Mas nem sempre é assim. Tive também caminhos tortuosos e Deus em sua sabedoria me fez ver as dificuldades que eu poderia sentir caso não recuasse em minhas decisões. Às vezes a mágoa é amiga da mentira. Aliás, a mágoa é amiga das duas, mas ela subjuga. Ela sempre estará às ordens do comando em nossos cérebros. Se nós quisermos que a nossa mentira seja mentira então trituramos esse pensamento até os finais de nossos dias. Já dizia o nosso saudoso poeta com as ilusões mentirosas reduzidas a pó. Eu ao pó retornarei com a consciência de ter tentado acertar sem fugir dos meus pensamentos a respeito das minhas certezas, sendo elas verdadeiras ou mentirosas. Deus sempre será justo e com ele a razão sempre irá sobrepujar e se eu estiver errado sofrerei as consequências de minhas atitudes sob o olhar do pai eterno.
domingo, 18 de outubro de 2020
Como será o amanhã
Um novo mundo aproximou-se de nós. Essa pandemia fez o brasileiro refletir mais. Fomos massacrados pelo vírus. Medindo aproximadamente cem nanômetros ele foi capaz de matar milhares de pessoas em nosso planeta, visto que tamanho não é documento. Vários países saíram à frente em busca de antídotos. As vacinas ainda não estão disponíveis e muitos laboratórios realizam testes para comprovação de neutralização desse vírus. No passado recente, não nos preocupávamos com a saúde brasileira. Muitos de nós, conformados com a falta de respeito e muita corrupção na gestão da saúde, em sua maioria, preferiu a auto medicação, uma situação perigosa para o ser humano. É comum um indivíduo entrar em uma farmácia e solicitar um produto sem receita médica. Então veio a quarta guerra mundial. Dessa vez todos unidos com o mesmo objetivo. O inimigo invisível a olho nu, instalou-se no continente asiático e enviou as suas tropas hospedadas em seres humanos para todas as partes do mundo. Atordoados com o poder destrutivo desses organismos sobre nossas células, os médicos substituem o poder bélico usando formas paliativas, com muita cautela a esse hostil conhecido nos meios acadêmicos, enquanto aguardam o antídoto que serão determinantes para a erradicação dessa doença. Voltemos ao ontem: Ontem nós falávamos de dengue, malária, chikungunya, coqueluche, etc, de repente tudo isso deixou de ser prioridade e todos os esforços, concentrados nessa epidemia. Hoje mais conscientizados os brasileiros procuram proteger-se em sua maioria, usando máscaras, com mais atenção em suas higienes pessoais e atenção no manuseio de produtos em supermercados, shoppings, banheiros etc. Enquanto a cigana ler os nossos destinos, búzios, cartomantes, bola de cristal ou mesmo desfolhar o malmequer, nós estaremos perdendo essa batalha e esperamos uma mensagem, mas não a zodiacal. A notícia que todos nós desejamos é a cura dessa calamidade, do mal que assolou o universo. Que nós aguardemos um novo amanhã.
quarta-feira, 12 de agosto de 2020
O covid mata
Você deve se proteger
Aceite um conselho de amigo
O protocolo é se precaver
Senão não verá o sol nascer
Se puder
Limpe o chão
Com muita água e sabão
E não se esqueça de lavar as mãos
Usando máscara
E alcool em gel
Senão você vai para o beleléu.
domingo, 9 de agosto de 2020
Hoje é dia dos pais, mamãe?
sexta-feira, 31 de julho de 2020
Estrela solitária
Procurar a minha amada
Que partiu e não me viu
Faça como a luz cadente
Em brilhos reluzentes
Nesse céu cor de anil
Vá, diga a ela como é triste
E que o meu amor persiste
Encontrá-la mais uma vez
Choro esse pranto doloroso
E meu coração teimoso
A rogar os braços seus
Vá
Ilumine os seus caminhos
Que estradas sem espinhos
Protejam os sonhos seus
E que a saudade é verdadeira
Essa me acompanha a vida inteira
E na parede do meu quarto
Mais um rosto emoldurado
Com lembranças
Do passado
quarta-feira, 29 de julho de 2020
Ausência
Percorri um longo caminho, sozinho. Não havia sentido de eu ficar esperando o tempo com reflexões sobre o ontem, se o amanhã sempre era a monotonia. O distanciamento hoje entendido por mim fez-me sentir que os "sozinhos" também carecem de pena. E que os apenados que cumprem com seus deslizes, também merecem o perdão. Somos todos iguais perante as leis, mas nossos pensamentos são distintos. Por isso, que vivemos nossas vidas da forma que melhor se encaixe aos nossos desejos. Os meses de distância, as horas perdidas, tudo isso constituem-se em desperdícios. A razão fundamenta que os pensamentos se perdem em nossos inconscientes, pois somos seres humanos e falhamos mais que acertamos. Sua mãe e eu casamos muito jovens, sem experiências e aprendemos dessa união a vivermos com serenidade os percalços em prol dos filhos. Sendo você o primogênito de nossas vidas, nos esforçamos também em dar a você o melhor de acordo com as nossas posse. E hoje pela a passagem de seus quarenta e oito anos de idade, sentimo-nos honrados por ter conseguido repassar esse sentimento como também aos demais filhos o significado de "família", desejando a você toda felicidade do mundo com muita paz e saúde. O distanciamento pune, mas não apaga as emoções existentes em vínculos familiares. Abraços e estejam todos com as graças Deus!
segunda-feira, 6 de julho de 2020
Ninando a Carolina
O gato faz miau
E a cabra berra
No fundo do meu quintal
O cavalo relincha
O gato faz miau
E a cabra berra
No fundo do meu quintal
O galo já cantou
A galinha cacarejou
O porco também roncou
E a Carolina papou
Então vamos todos brincar
Depois que a mamãe me limpar
Eu já nao vou mais chorar
E a festa vai recomeçar
Exaltação ao Samba
É aquele que está na gaveta
Guardando poeira
Adormecido de seus ideais
Lá na escola
Só é bamba quem dança com os pés
Como linhas em carretéis
Anunciando um novo alvorecer
Que essa mentira
Diz que diz que o samba morreu
Ao contrário
Ele nao renasceu
Sempre regado
Como chuva em flor
E a porta bandeira
Desfilando na Avenida
Retrata o dia a dia
Que a gira do samba não esmoreceu
Quem abraça o samba
Entende o que ele tem
Argumenta forte
E sabe que a morte
Nao pertence a ninguem
Deus sempre é maior
E prá viver melhor
Nos protege do mal pior
Se as aguas
Do rio
Se encontram lá no mar
Quero ver o samba
Navegar
Se as aguas
Do rio
Desaguam lá no mar
Quero ver o samba
Navegar
Minha Juriti
Trazendo noticias
Novamente de ti
Minha juriti está aqui
Trazendo noticias
Novamente de ti
Disse que a saudade é demais
E que o seu canto
é que te dá paz
Minha juriti está aqui
trazendo noticias
novamente para mim
Enveredou-se pela mata
Ao raiar a madrugada
Procurando um trovador
E eu fiquei aqui chorando
Isolado no meu ninho
Esperando o meu amor
Enveredou-se pela mata
Ao raiar a madrugada
Procurando um trovador
E eu fiquei aqui chorando
Isolado no meu ninho
Esperando o meu amor
Minha juriti saiu daqui
só lembranças guardo de ti
Minha juriti partiu daqui
Só lembranças guardo de ti