sábado, 23 de dezembro de 2023

O desejo.

O que faz a dopamina! As pessoas ficam ativas, e as levam às diversas ações para satisfazer as suas vontades, com surgimento de tensão, por um impulso não satisfeito, em seu devido tempo. O desejo, também, é um sentimento. Diferentemente da bíblia, a cobiça é pecado. Basicamente, o ímpeto presume-se carência. As maiorias dos seres humanos contentam-se com as obstinações naturais, para a felicidade, para a tranquilidade e para a nutrição da vida, em busca do agradável. Já os artificiais e irrealizáveis, são uns casos à parte.

 

sexta-feira, 15 de dezembro de 2023

A esperança.

Os sonhos persistem. Os desenganos também. As amofinações perfilam-se em meus pensamentos, acompanhados de angústia e solidão. Sim, atenho-me as lindas flores acompanhadas de seus espinhos. Elas jamais perderão seus encantos, onde espalham as essências do amor. Equívocos são cometidos, na corrida para o sucesso. Nada chega antes ou depois. As estrelas e a lua surgem, após a saída de cena, do astro-rei de quinta grandeza. As adversidades, alimentadas por minha teimosia, também, responsável de minha insegurança em pensamentos obscuros, acumulam-se de interrogações. Onde é que eu estou errando? Eu sou entusiasta do conhecimento. Quero emergir das profundezas da ilusão. Despir-me das dúvidas, algozes da minha realidade, e viver perto de ti. Lutar e compartilhar, na esperança de arriscar, com a certeza, mesmo que eu tenha novamente medo de errar, sem esquecer o verbo AMAR.

quarta-feira, 13 de dezembro de 2023

As brincadeiras na escola. Quarenta e um anos que valeram a pena.

Ainda, nítida em minha cabeça as bizarrices de crianças, com colegas de escola. Muitas sacanagens. Brincadeiras, tais: ‘Em janeiro, conheci. Fevereiro, eu namorei. Em março me noivei, ela abriu e eu casei’. ‘Vou arrancar fora, dá dois pulinhos para frente’. ‘Eu quase não te vejo como a tua irmã’, entre tantas, baboseiras, as quais, a turma do ‘bolinha’, diziam. Esses comentários dignos de erros de concordâncias não nos abalavam. Sabíamos que nós estávamos errados, mas a causa nobre era perturbar os colegas. Amarelinha, pega-pega, jogos de queimada, esconde-esconde, jogo da velha, pular corda, rodar pião, bola de gude, entre outras brincadeiras foram constantes da minha época. Os apelidos eram corriqueiros e não se falava em bullying. Na saída da escola o famoso pastelão, que consistia em correr atrás do colega para dar tapas na pasta, só pelo prazer de vê-la ao chão. Uma sandice total, que às vezes originavam brigas entre os participantes, mas tudo acabava ali. Hoje, tudo é diferente. Os tempos mudaram. Vieram as redes sociais. As maiorias dos alunos não sabem cantar os hinos brasileiros, raramente, perfilam-se para solenidades. Não respeitam professores, pais, avós, enfim, ninguém. Uma total, má educação, vinda de casa, corroborada pela anuência desses pais. Os comportamentos desses estudantes na contramão do aprendizado a um novo conceito de legisladores, acabando de vez com a ‘correia às mãos’. Então, essas atitudes perniciosas constituíram-se em mortes nas salas de aula, por tiros de traficantes, e outros tipos mais de violências. Os professores, incansáveis em suas profissões, estão na escola é para ensinar e não educar. A educação é somente para aprendizado, visando ao educando um futuro promissor.

Hoje, em casa e aposentado, creio que também, meus colegas daquela época, eu sinto-me um felizardo, apesar das besteiras acima relatadas em comemorar os meus conhecimentos aos eméritos mestres, que com paciência e dedicação, me possibilitaram participar de certame público, no extinto BNH Banco Nacional da Habitação, admitido em treze de dezembro de mil, novecentos e oitenta e dois, com seus funcionários absorvidos pela CEF Caixa Econômica Federal, anos depois, por sua extinção. Vida que segue.

domingo, 10 de dezembro de 2023

A lua e o sol.

A lua não tem luz própria. Nas fases minguante e crescente, podemos vê-la, também, na claridade diária. Seu desaparecimento na fase nova é normal. O sol, como gato e rato a persegue, e quando a encontra em sua plenitude, envia aquela luz exuberante das juras eternas aos casais enamorados. Ademais, no amor, não é diferente. As paixões exacerbadas extrapolam e às vezes, vêm às brigas num crescente de mágoas e os perdões mínguam em êxtase, numa intensificação extrema, como prazer, alegria e medo. O medo faz com que nos desapeguemos de todas as convicções sobre o amor. Se verdadeiro, nos enche de alegria cotidianamente. Se falso, a desconfiança se avizinha e nos deixam apáticas. Por isso, sigo o meu caminho, conforme a letra da linda música ‘My Way’, interpretada pelo magnífico Frank Sinatra. Tudo o que eu fiz da minha vida, foi do meu jeito. Por isso, a claridade do sol, me envolve em amizades plenas e fidedignas, sem crescentes e minguantes, sempre nova para um amanhecer de alegrias que propiciam o bem-estar de uma grande amizade. O amor faz com que tenhamos nossas próprias luzes.

 

quinta-feira, 7 de dezembro de 2023

O teu rosto.

As minhas mãos tremulam. Agora, umedecidas tocam o contorno de teu rosto. Este com feições de felicidade. Quem me dera! Ser compartilhado e proprietário desses preciosos sorrisos, que encantam os meus propósitos. De estar perto de ti, respirar o mesmo ar que oxigena teus pulmões, sufocando todas as desventuras vividas, pela ausência da minha alegria. Ao conhecer-te, os meus olhos partiram-se em dois. A minha outra metade estampada na retina, estas transmitidas ao meu cérebro, deleitam-se em verdades sinceras, sobrepujando meus humildes objetivos de permanecer eternamente ao teu lado. À noite chega e me asfixia ainda mais. Essa tua face que me olha, do fundo de um espelho, são sombras de meus devaneios, onde me faltam palavras e sobram-me imagens. Estas eu guardarei eternamente no meu vibrado coração, porque eu simplesmente, não suporto a ideia de rever o teu retrato escurecer, e os meus sonhos, perecer.


terça-feira, 5 de dezembro de 2023

As minhas rusgas com as rugas.

Nem todas as rugas do meu rosto simbolizam um desgosto. É compreensível, que o avançar da idade, as células desgastadas, em sequência, esgarçam-se, com o passar dos tempos. Nossas fisionomias sofrem transformações. Falo isso, somente pela capa. Internamente a situação piora. Surgem artrites, artroses, atrofias, várias categorias de doenças, que dificultariam as quantidades de números da ‘CID’. (Cadastro Internacional de Doenças). A situação piora com a peregrinação de idosos em hospitais, públicos e particulares, onde à Saúde persevera pelo mau atendimento à população, com desvios contumazes de verbas públicas. Também é comum, a falta de especialistas para atender essa classe humilhada da terceira idade. Contudo, o governo federal, apequenou-se com aporte de verbas para essa Pasta, programada para o ano que vem, na casa de quase seis trilhões de reais. O Brasil é praticamente um continente, portanto, uma quantia bem aquém do desejado. Temos também a inoperância de servidores desqualificados, que vivem à custa da Nação. Falo isso, porque eu sou funcionário público aposentado e vivenciei vários companheiros praticarem a ‘moleza de corpo’, atitudes que não se coadunam em quaisquer repartições públicas. Alguns, não desempenhavam suas atividades satisfatoriamente. Isso sem falar nos incompetentes catedráticos em Tik Toks, de olho nos celulares, essa modalidade nova, com a invenção tecnológica, que para as nossas angústias, aumentam às desesperanças para um melhor atendimento. Rogamos por perspectivas melhores de sobrevivência que é notória, nessas atividades que envolvem vidas humanas. Estamos na mão de Deus, mas eu penso que ele também não suportará a carga pesada emanada pelos três poderes da República. Os Poderes desagregaram a população. Nós, Tomés, não acreditamos em ressurreição política em Brasília. Por enquanto a vitória da vida sobre a morte, está fadada ao extermínio da população brasileira.

domingo, 3 de dezembro de 2023

Magno, uma luz alegre.

Lembro-me de pouca coisa, lá na Agrário de Menezes, em Vaz Lobo. Uma rua movimentada, onde nós crianças, brincávamos, sem perigo como atualmente. O meu primo Carlos Magno, era o de menor idade entre nós, mas nos acompanhava nas travessuras. Como as crianças não se metiam em assuntos de adultos, algumas vezes eu não o encontrava na residência do meu avô Armando. Hoje, creio eu, que ele passava uns tempos com a sua mãe Hilda, uma mulher bonita e elegante com seus lindos olhos claros, azuis ou verdes, que já não vivia mais com o meu tio, que se enveredou para a música e radicalizou-se em São Paulo. Perdoe-me minha memória. Às vezes falha. Veio à adolescência e cada um seguiu seu objetivo. Quis o destino que nos reencontrássemos um pouco mais velhos e retornamos a nos encontrar, novamente, nos idos anos noventa, com mais tempo de conversas e diversões. Recordo-me que uma vez em seu aniversário, lá no quilometro dezessete das Américas, ele fez um mocotó de excelência. Aquele dia espetacular, ainda na memória, com muitas músicas e entretenimentos familiares. Novamente, nos distanciamos, porque por força do trabalho, fui gerenciar uma agência da Caixa, lá em Itaguaí, sendo obrigado a residir próximo àquela cidade, em Muriqui. Ocasionalmente, nos víamos na Taquara e conversávamos sobre a vida. Ele com aquele faceiro e bonito rosto alegre me oferecia um cafezinho quente, depois, seguia para vender suas mercadorias a  cativos clientes, com mais um dia incansável de labuta. Na última vez em que nos encontramos, foi nas minhas Bodas de Ouro. Até então eu não conhecia a Denise pessoalmente, uma pessoa muito cativa e de alma generosa que proporcionou muitas alegrias com dedicação e amor, de forma exclusiva,  sua passagem por aqui. Digo isso, porque nos tornamos amigos a partir daquela data. Uma pessoa de um caráter incontestável. Infelizmente, poucos meses depois, veio à nefasta notícia da doença do meu primo. Ele ficou internado e seu quadro agravado pela enfermidade. Não tive coragem de visitá-lo, sendo o desfecho inevitável. As lembranças não se apagam. O tempo e a saudade encarregam-se de reservar um lugar nos nossos exauridos corações. Essa é a vida. Passamos por ela, sem nos apercebermos que somos uma partícula desse maravilhoso universo, e ao pó regressaremos irremediavelmente.

 

O envelhecer.

Eu hibernei por muitos anos, e acordei aos setenta e três anos. Antes tarde, do que nunca. Fiz uma catarse sobre a minha vida. Hoje, já não me importo com opiniões alheias. As mudanças vieram para ficar, com equilíbrio entre perdas e danos no amadurecimento de ideias, outrora levadas literalmente, como, as minhas ‘convicções’. Contudo, as atitudes e opiniões são voláteis aos seres humanos, e felizmente aconteceu comigo. Atualmente, eu não tenho certeza de nada. Tudo me apraz. Brincar com a minha mais nova neta, ter amigos, diversões, sem importar com os disse me disse, de quaisquer pessoas. Esse processo demorou a chegar e essa nova experiência me deixa mais leve, uma purificação espiritual. As alterações fisiológicas me ocorreram nesse período, e aceito normalmente a passagem do tempo, no entanto, eu encaro a velhice, ativo, sem descuido à minha saúde, com uma boa percepção funcional, dando sequência, isso, sim, a minha principal energia e novo pensamento, para o inevitável futuro, finalizando a minha senilidade social, a qual eu não abro mão. Resignado e contente, acordo todos os dias, independente do tempo, e agradecido a tudo que conquistei na minha trajetória de vida.

 

 

sexta-feira, 1 de dezembro de 2023

Prova de fogo.

 

Fui resgatado. Nunca estive tão bem agora. A resposta de Deus veio ao meu coração. O fogo que surgiu em mim veio para provar que tudo na vida tem explicação, mesmo quando olho o seu rosto, que como o sol, sempre brilhante e brasante, esquentam as minhas veias dilatadas com fervor. Lentamente abaixo a cabeça, na esperança de passar minhas turbulências, insofismáveis de amor, no meu enlouquecedor silêncio, guardado em segredo, que sem as chaves no peito, carrego nesse mundo imperfeito, as agruras da dor.