quinta-feira, 7 de setembro de 2017

Fritando o peixe e olhando o gato.

Nunca fui de prosear com pessoas desconhecidas que ficam perto de mim. Quando sento em um banco de ônibus, de preferencia junto à janela, sempre surge uma pessoa disposta a dialogar para passar o tempo da viagem. Nisso eu me acho tímido. A investida para conversa são as mais variadas. Mais fáceis, quando falam sobre o tempo, dependendo do tempo é claro. Muitos me perguntam sobre um determinado assunto e mesmo discordando de alguns, para que não haja questionamentos, eu prefiro concordar. A preocupação maior são os assaltos em vias publicas. Graças a Deus eu ainda não passei por essa situação, mas já escutei vários relatos sobre essa modalidade das diversas formas. Os assaltos ou furtos mais frequentes são os batedores de carteira especialmente quando os ônibus estão lotados, mormente por volta das “seis” da manha. Na hora do almoço o cuidado deve ser redobrado. A pessoa “perde” para o assaltante o ticket de almoço e passa o dia sem refeição. Nessa mesma hora, se nós quisermos ir ao banco por qualquer motivo há um novo risco de ser assaltado. Por fim quando retornamos para os nossos lares, o perigo novamente rondando sobre rodas. Diz-se que muito dinheiro vem sendo gasto desordenadamente e os resultados apresentados são extremamente insatisfatórios. Em resumo, nos bate-papos nessa ida e vinda de ônibus, a prosa entre as pessoas são sempre as mesmas. Os índices de violência não nos deixam mentir. Portanto nessas viagens cotidianas, o aconselhável seria concordar com o vizinho de banco, mesmo sem falar com um pequeno sorriso e balanço de cabeça, porque nunca se sabe a intenção do interlocutor, rezando para que a viagem transcorra rapidamente sem incidentes de olho no relógio, no celular, observando toda movimentação no interior da condução escaneando os passageiros como “O predador”, para não sermos pegos de surpresa.

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