segunda-feira, 4 de setembro de 2017

Bodas de Alabastro.


Há quarenta e seis anos atrás, um rapaz e uma moça, de vinte e um e dezoito anos de idade respectivamente, uniram-se voluntariamente, através do matrimonio, para constituir uma família. Desse vinculo conjugal nasceram quatro filhos, depois, com a ampliação da família, mais quatro netos. No início, como todo casal, existe o período de adaptação. Dificuldades e alegria nos permitiram que chegássemos nesse quatro de setembro de dois mil e dezessete mais uma vez unidos por esse sentimento. Éramos duas crianças e nos achávamos gente grande. Enveredamo-nos com pouca idade ao sagrado altar. Aquele dia, lembramo-nos de que foi nossa pura emoção. Tudo começou na Nossa Senhora do Sagrado Coração. O dia quatro de setembro de mil novecentos e setenta e um, ficou gravado na nossa folhinha como feriado nacional.  Uniram-se as famílias Gouveia e Santos. Nesse caminho nós, jovens casal encontramo-nos com a atribulação, contornando essas adversidades com garra e obstinação. Com nossos votos matrimoniais renovados desde então essa promessa não foi quebrada, simplesmente arraigada até os dias de hoje, com o sentimento de que cumprimos a nossa missão em criarmos os nossos filhos: Marcelo, Glaucia, Aline e Augustus e bem posteriormente a nossa primeira neta Natália, hoje vivendo conosco. Isso só foi possível porque estávamos em sintonia no seio familiar.  A Tania, uma abnegada, dedicando-se a cuidar do lar e dos filhos, e a minha função era o sustento da família. Hoje essa modalidade de pensamento é totalmente descabida. Agora nossa concentração é voltada para os filhos e netos dando-lhes força necessária para enfrentarem os ciclos de suas vidas com muita bravura e sagacidade desejando-lhes persistência para alcançarem seus objetivos com solidez e tranquilidade, como o alabastro; maciço e translúcido.

Poema à Tania, mãe, avó e esposa.

O amor tem dessas coisas ele aparece do nada.
E um simples toque de um bordão.
Escolhe-se a mulher amada.
Nossos olhares se cruzaram, numa rua barulhenta.
Na Cândido Benício, 2080. Você estava linda como a noite enluarada.
E as noites no portão eu ouvia, a disparada no meu peito.
Prepare seu coração pras coisas que eu vou contar.
E sem muita conversa.
Mandei outro pretendente rodar.
Palavra de amor dita então. Você quer ser minha namorada?
O “sim”, em uma brincadeira de São João.
Fez alegrar a minha pupila.
Com uma festa no fim da vila.
Esse amor irradiou e não foi por engano.
Foram nos seus quinze anos. Ele enraizou.
Você a menina moça, conquistou meu coração.
E há quarenta e seis anos estamos juntos.
De forma antagônica as letras de ultimo desejo.
Seguimos juntos pela estrada da vida, com alguns percalços.
Mas não desistimos, e vencemos como nossos filhos e netos vencerão.
As juras do altar seguirão até as nossas ultimas horas.
Sozinho sou desamor, sem mar e sem flor.
A tristeza pode até vir, mas fundamental é o amor.
E o amor é perene entre nós.

“Muito obrigado por ter me dado uma família maravilhosa”.

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