terça-feira, 19 de setembro de 2017

Trapaças até no futebol.

Assistindo ao jogo Corinthians x Vasco no ultimo domingo, dia 17, e por volta dos vinte e oito minutos do segundo tempo, em uma jogada de linha de fundo, a bola foi alçada para o atacante Jô, que a empurrou com o braço para o gol do Vasco da Gama. O goleiro do Vasco, Martin Silva reclamou veementemente com o arbitro de linha e este continuou impassível. Os juízes validaram o gol. Nisso apareceu uma imagem em que o referido atacante demonstra para o jogador vascaíno Ramon, que ele havia feito o gol com o peito.  Questionado ao final do jogo o Jô dissera que não lembrava se a bola teria batido em seu braço. Na imagem do lance, repetida exaustivamente, também em câmera lenta observa-se que ele projeta o braço para escorar a bola até as redes. Tem sido dito que todos nós temos três caracteres: o que pensamos que somos o que queremos que os outros acreditem que somos e o que realmente somos. E somos a combinação dos três. Define-se a personalidade como tudo aquilo que distingue um indivíduo de outros, ou seja, o conjunto de características psicológicas que determinam a sua individualidade pessoal e social. Agora o caráter não sofre as influencias do meio. Ele é próprio de cada pessoa. É uma qualidade inerente a uma pessoa desde o seu nascimento refletindo o seu modo de ser. Como não houve gol polemico e sim irregular a situação do atacante Jô fica mais agravada, visto que seu corpo ficou incógnito, por ele não sentir o membro superior direito tocar a bola, atitude desproporcional às suas palavras há meses atrás sobre ética no futebol, porque ele estaria fora da final do campeonato paulista por ter recebido o terceiro cartão amarelo no jogo São Paulo x Corinthians e foi beneficiado pelo atacante do São Paulo, Rodrigo Caio, que pisara no pé de seu próprio defensor e que se acusou ao arbitro daquela partida em atitude de fairplay, cancelando o cartão que Jô havia recebido. O atacante à época elogiara Rodrigo Caio por aquela atitude e disse que essa deveria ser a postura de todos os jogadores. Sendo a índole um conjunto de atributos e particularidades de uma pessoa que se apresenta desde seu nascimento, fica aqui explicitado que até no futebol existe a diferença entre o bom e o mau. Para mim a atitude do atacante Jô não foi bem, já que houve a intenção. Este é um mau professor para as novas gerações do bom futebol. É difícil entender os três caracteres?


quarta-feira, 13 de setembro de 2017

Premiação para Assassinos

Num país distante onde o delito impera, foi construída uma penitenciária com vários módulos. Esse sistema permitiu que fossem agrupados vários infratores por modalidade de crimes. Na ala de assassinos o número era bem maior que em outras unidades ficando a cargo da direção os destinos que seriam dados a homicida com extensa ficha criminal, condenados a muitos anos de prisão, sem privilégios e sem direito a visitas. Esse quantitativo aumentava exorbitantemente ano após ano. Estudou-se a possibilidade de diminuir nessa dependência as hospedagens pagas com dinheiro publico dos contribuintes de bem. Lá, onde os jogos de azar reinavam, eles praticamente nada faziam. Ficavam por duas horas no banho de sol e quando eles retornavam a carceragem, a jogatina era o principal assunto. O custo para a manutenção desses criminosos era muito alto. Então o diretor geral, chamado Mustafá, o escolhido, teve a ideia de fazer semanalmente um sorteio, e aquele que ganhasse os vários jogos realizados entre eles seria liberado depois de passar pela ultima ala da prisão, sem retorno às demais, e se permanecessem por dois meses sem brigas seriam futuramente libertados. A ala da “premiação” era mais espaçosa, mais clara, indevassável e o local menos barulhento, razão pela qual todos sem exceção aderiram esse projeto, visando suas libertações. O sorteio era realizado normalmente aos sábados e na segunda feira o vencedor, apresentado pela ultima vez aos encarcerados para sua despedida, depois de uma breve oração patrocinada pelo pároco local. Muitos entregavam cartas endereçadas às famílias, prometendo estar em breve com elas. O primeiro felizardo foi Kaled, o imortal. Este estreou a prisão com várias passagens e seus assassinatos sempre cometidos com objetos cortantes, conforme sua ficha criminal. A ala da libertação era simples com alguns objetos e ao fundo, coberto por um grande biombo, um forno. A sua primeira vítima foi uma menina de dez anos, chamada Aysha, dado por sua mãe em homenagem a uma princesa. Ele entrou na casa da menina que estava brincando sozinha na sala e aproveitando-se da ausência de sua mãe, Zamira, que significa “amiga,” que fora ao mercadinho próximo à residência, caminhou sorrateiramente pela porta dos fundos onde fica a cozinha, apoderou-se de uma faca, e em seguida sem piedade, o facínora desferiu-lhe vários golpes sem chance de defesa para a vítima. Sendo encaminhado para a sua premiação, Kaled ficou por algumas horas, sentado no corredor pensativo e aguardando autorização para entrar. Ele imaginava como seria a sua nova vida e como seria o seu reingresso na sociedade. A sua surpresa foi maior quando Rashid, o justo, com voz firme fez a chamada do outro lado da sala. Ao entrar Rashid ordenou-lhe que tirasse as vestes e ficasse completamente nu e que ele deitasse numa maca, para alguns procedimentos. Disse Kaled: - Porque eu tenho que deitar? Respondeu-lhe Rashid: - Para entrar no novo prédio os prisioneiros devem estar limpos. Vou aplicar-lhe uma injeção em seguida você irá tomar banho e com as novas roupas que estão ali no armário, encaminhe-se para sua nova acomodação. Atendendo a seu superior ele cumpre as ordens, deitando-se na maca enferrujada com algumas marcas de sangue. Rashid então inoculou em suas veias um líquido avermelhado deixando Kaled meio tonto. Aplicou-lhe um sedativo para acalmá-lo. Quando Kaled acordou viu-se amordaçado na bandeja do forno crematório, completamente preso por algemas nos membros superiores e inferiores e em cima de seu corpo as cartas de seus amigos, ele desesperou-se com seu sangue pulsando com mais intensidade, gesticulava com os olhos quase revirados. Empurrado para dentro do forno, o bandido esperneava e urrava. Nisso, começou a descer lentamente um objeto com vários ferros cortantes e pontiagudos, com aproximadamente três centímetros que moldavam o seu corpo, com exceção da cabeça. Kaled havia cometido vinte assassinatos com arma branca então Rashid o justo, levantou e arriou o equipamento por mais vinte vezes. O corpo de Kaled todo ensanguentado, misturado às cartas, dava a certeza que ali seria o ultimo ato de sua vida. Os olhos esbugalhados do assassino fixavam o seu opositor com lágrimas compulsivas. Por fim, a tampa fechou-se, e pela escotilha, com o forno aceso observava-se vagarosamente por alguns segundos Kaled ainda com vida ser consumido a pó, juntamente com as correspondências presas a seu corpo, sob a supervisão de Mustafá, o escolhido e seu algoz, Rashid em patrocínio a justiça. Foi concedida ao imortal a sonhada libertação, livrando sua alma impura aos que seguem esse caminho. 

terça-feira, 12 de setembro de 2017

Mendes, o goleiro do STF

Guardião da Constituição, o ministro do Supremo Tribunal Federal, não é nada popular, mas faz cumprir a lei. É também, um dos ministros mais polêmicos, tomando posições que ora agradam ora incomodam diferentes grupos ideológicos. De opiniões controversas faz muitas criticas a decisões de seus colegas. Se eu fosse enumerar aqui as desavenças e questionamentos com seus desafetos daria para escrever um livro com mais de mil paginas. Diferentemente do nosso bicampeão mundial, o defensor da nossa seleção, no final da década de cinquenta, com o privilégio de ter sido “campeão de tudo” em sua época, devido ao fato de ter ao menos um titulo em cada competição que disputou. Gilmar é considerado o maior goleiro de todos os tempos. Este conseguiu a simpatia de muitos, inclusive dos apaixonados pelo futebol e o outro Gilmar, também tem títulos, mas nunca será unanimidade. As mãos são mais firmes que as palavras.

segunda-feira, 11 de setembro de 2017

Bodas de lã, Ramón e Aline

Há exatos sete anos, precisamente no dia onze de setembro de dois mil e dez, oficiaram perante o altar sagrado da famosa igreja da Candelária, a nova vida a dois, do jovem casal Ramón e Aline. Bodas de casamento é um momento de renovação, é a ocasião onde o casal pode fazer o balanço do ultimo ano, criar projetos para o ano seguinte, pedir por mais bênçãos e agradecer pelas já recebidas.  As bodas de lã mostram que essa união está mais resistente e confortável e que o companheirismo deixa evidentemente transparência a sua durabilidade. Ela é sólida e capaz de durar e passar por todas as crises que o tempo nos castiga. Esses sete anos frutificaram uma união de encantos com passeios, divertimentos e, sobretudo a parceria de ambos nos seus dia a dia. Desencantos também foram resolvidos em comum acordo, fruto da prosperidade e maturidade do amor de vocês. Nós seus pais desejamos ao casal muitas felicidades não só pelo dia de hoje, como também nos subsequentes até aonde Deus nos permitir. Que a lã os protejam das instabilidades do tempo e perpetuem a confiança e o amor de belo casal. E assim é o amor, sempre transmite paz para sobreviver. Felicidades Ramón e Aline!

quinta-feira, 7 de setembro de 2017

Fritando o peixe e olhando o gato.

Nunca fui de prosear com pessoas desconhecidas que ficam perto de mim. Quando sento em um banco de ônibus, de preferencia junto à janela, sempre surge uma pessoa disposta a dialogar para passar o tempo da viagem. Nisso eu me acho tímido. A investida para conversa são as mais variadas. Mais fáceis, quando falam sobre o tempo, dependendo do tempo é claro. Muitos me perguntam sobre um determinado assunto e mesmo discordando de alguns, para que não haja questionamentos, eu prefiro concordar. A preocupação maior são os assaltos em vias publicas. Graças a Deus eu ainda não passei por essa situação, mas já escutei vários relatos sobre essa modalidade das diversas formas. Os assaltos ou furtos mais frequentes são os batedores de carteira especialmente quando os ônibus estão lotados, mormente por volta das “seis” da manha. Na hora do almoço o cuidado deve ser redobrado. A pessoa “perde” para o assaltante o ticket de almoço e passa o dia sem refeição. Nessa mesma hora, se nós quisermos ir ao banco por qualquer motivo há um novo risco de ser assaltado. Por fim quando retornamos para os nossos lares, o perigo novamente rondando sobre rodas. Diz-se que muito dinheiro vem sendo gasto desordenadamente e os resultados apresentados são extremamente insatisfatórios. Em resumo, nos bate-papos nessa ida e vinda de ônibus, a prosa entre as pessoas são sempre as mesmas. Os índices de violência não nos deixam mentir. Portanto nessas viagens cotidianas, o aconselhável seria concordar com o vizinho de banco, mesmo sem falar com um pequeno sorriso e balanço de cabeça, porque nunca se sabe a intenção do interlocutor, rezando para que a viagem transcorra rapidamente sem incidentes de olho no relógio, no celular, observando toda movimentação no interior da condução escaneando os passageiros como “O predador”, para não sermos pegos de surpresa.

Independência do Brasil.

Há cento e noventa e cinco anos, as margens do Ipiranga, ouviam-se o brado da “independência ou morte”, pelo imperador Dom Pedro I. A escravidão foi mantida com produção modesta e com exportação voltada para a um modelo monárquico. Não tínhamos Exército nem Marinha de Guerra. Então Dom Pedro recrutou mercenários, oficiais estrangeiros, a fim de organizar estratégias com algumas resistências portuguesas nos estados Bahia, Maranhão, Piauí e Pará. O Brasil de hoje se assemelha ao mesmo país do passado. Escapa a liberdade de imprensa, que outrora não existia. De lá para cá, tivemos vários acontecimentos que perpetuam até hoje. A corrupção, falcatruas, traições, escravidão, tudo isso encontramos nos dias atuais. Será que somos independentes? Na realidade somos dependentes desse modelo de governo e a julgar pelos fatos apresentados até hoje, só seremos Independentes com a nossa morte. No meu entender Dom Pedro proferiu essas sábias palavras e estamos morrendo às minguas.

Conserto do meu Civic, uma tortura.



Desde segunda feira que eu estou fazendo uma peregrinação com relação ao meu carro que enguiçou. Na segunda feira à noite nós fomos ajudados pelo casal Fred e Luíza, na terça feira, logo de manhã o Fred e eu fomos de Santa Cruz a Itaguaí a fim de comprar peças que estavam danificadas e ele mesmo com muita boa vontade limpou os locais aonde a principio entendíamos que era o defeito. Ele lavou com gasolina a tampa do motor, limpou e colocou novas juntas do motor, limpou os recipientes de velas. Praticamente no fim da tarde tentamos ligar o carro e este não dava a partida. Depois de alguns minutos o Fred notou que a correia dentada estava frouxa. Ela fica um pouco escondida na lateral do motor, protegida por uma capa de plástico especial. Não obtendo êxito, ele pediu a colaboração do mecânico chamado Augusto, amigo dele, para escanear o veículo. Logo que ele passou a máquina, esta acusou a falha e realmente a correia estava partida. Como a noite se aproximava eu voltei para Muriqui já com a nova encomenda de compra. Na manhã seguinte segui para Rocha Miranda, subúrbio do Rio de Janeiro e somente lá eu consegui o material para o carro. Voltei a oficina mecânica em Santa Cruz, com a correia dentada e o esticador, ambos originais, e para a minha surpresa, quando o auxiliar do mecânico no desmonte de peças localizou um parafuso preso com uma mola espiral, ou seja, o carro estava engatilhado, e como na quinta feira, dia sete de setembro é feriado aqui no Rio e nos demais estados da federação, eu fiquei mais uma vez sem carro e somente na sexta feira dia oito, o rapaz  estará disponível, e fará o conserto abrindo rosca na parte afetada. Segundo o mecânico depois de tudo pronto teremos que rezar para que as válvulas não estejam empenadas, senão, o prejuízo será pior. Aguardemos o desenrolar desse conserto. 

terça-feira, 5 de setembro de 2017

Fred e Luíza, novos amigos.

Ontem quando vínhamos do Rio para Muriqui, precisamente às oito horas da noite, o meu carro começou a falhar e na altura de Santa Cruz em plena Avenida Brasil ele “morreu”. O lugar era tenebroso com falta de luminosidade e minha esposa e eu começamos a empurrar o carro pelo acostamento até ao posto de gasolina, um local mais iluminado e com frentistas para nos auxiliar. Quando estávamos quase chegando ao posto surgiu um casal prontificando-se a nos ajudar. O Fred e a Luíza logo se tornaram íntimos. Tentamos levantar o banco do Civic para saber se a bomba de gasolina estava funcionando e nada. Em seguida levantei a tampa do motor e com a ajuda de uma lanterna o Fred começou a verificar o ocorrido. Quando ele chegou ao compartimento das velas, que tristeza! O recipiente onde só devem permanecer as velas secas estava cheio de óleo sendo que em uma das velas, das quatro, havia uma bobina rachada. O tempo foi passando e não deu para resolver o problema naquele momento. O Fred então se ofereceu para deixar o meu carro na sua casa e no dia seguinte ele chamaria um mecânico conhecido dele, morador nas adjacências. Ele colocou uma corda no meu carro e foi rebocando o meu carro até a garagem da sua casa. O casal muito simpático nos prestou outro serviço. Trouxe-nos até Muriqui, uma distancia aproximada de trinta e cinco quilômetros do evento. Trocamos os números de celulares a fim de consertarmos o carro no dia seguinte. Chegamos a nossa residência por volta da meia noite, tristes com o acontecido, mas felizes por haver pessoas que se dignam a ajudar outro semelhante em dificuldades. Nós agradecemos ao casal a presteza pelo empenho e altivez pelo socorro nos tirando de uma situação complicada e arriscada naquele momento. Valeu Fred e Luíza!

segunda-feira, 4 de setembro de 2017

Bodas de Alabastro.


Há quarenta e seis anos atrás, um rapaz e uma moça, de vinte e um e dezoito anos de idade respectivamente, uniram-se voluntariamente, através do matrimonio, para constituir uma família. Desse vinculo conjugal nasceram quatro filhos, depois, com a ampliação da família, mais quatro netos. No início, como todo casal, existe o período de adaptação. Dificuldades e alegria nos permitiram que chegássemos nesse quatro de setembro de dois mil e dezessete mais uma vez unidos por esse sentimento. Éramos duas crianças e nos achávamos gente grande. Enveredamo-nos com pouca idade ao sagrado altar. Aquele dia, lembramo-nos de que foi nossa pura emoção. Tudo começou na Nossa Senhora do Sagrado Coração. O dia quatro de setembro de mil novecentos e setenta e um, ficou gravado na nossa folhinha como feriado nacional.  Uniram-se as famílias Gouveia e Santos. Nesse caminho nós, jovens casal encontramo-nos com a atribulação, contornando essas adversidades com garra e obstinação. Com nossos votos matrimoniais renovados desde então essa promessa não foi quebrada, simplesmente arraigada até os dias de hoje, com o sentimento de que cumprimos a nossa missão em criarmos os nossos filhos: Marcelo, Glaucia, Aline e Augustus e bem posteriormente a nossa primeira neta Natália, hoje vivendo conosco. Isso só foi possível porque estávamos em sintonia no seio familiar.  A Tania, uma abnegada, dedicando-se a cuidar do lar e dos filhos, e a minha função era o sustento da família. Hoje essa modalidade de pensamento é totalmente descabida. Agora nossa concentração é voltada para os filhos e netos dando-lhes força necessária para enfrentarem os ciclos de suas vidas com muita bravura e sagacidade desejando-lhes persistência para alcançarem seus objetivos com solidez e tranquilidade, como o alabastro; maciço e translúcido.

Poema à Tania, mãe, avó e esposa.

O amor tem dessas coisas ele aparece do nada.
E um simples toque de um bordão.
Escolhe-se a mulher amada.
Nossos olhares se cruzaram, numa rua barulhenta.
Na Cândido Benício, 2080. Você estava linda como a noite enluarada.
E as noites no portão eu ouvia, a disparada no meu peito.
Prepare seu coração pras coisas que eu vou contar.
E sem muita conversa.
Mandei outro pretendente rodar.
Palavra de amor dita então. Você quer ser minha namorada?
O “sim”, em uma brincadeira de São João.
Fez alegrar a minha pupila.
Com uma festa no fim da vila.
Esse amor irradiou e não foi por engano.
Foram nos seus quinze anos. Ele enraizou.
Você a menina moça, conquistou meu coração.
E há quarenta e seis anos estamos juntos.
De forma antagônica as letras de ultimo desejo.
Seguimos juntos pela estrada da vida, com alguns percalços.
Mas não desistimos, e vencemos como nossos filhos e netos vencerão.
As juras do altar seguirão até as nossas ultimas horas.
Sozinho sou desamor, sem mar e sem flor.
A tristeza pode até vir, mas fundamental é o amor.
E o amor é perene entre nós.

“Muito obrigado por ter me dado uma família maravilhosa”.

domingo, 3 de setembro de 2017

Domingo na feira.

Hoje, um lindo dia e domingo de sol, minha neta Natália, minha esposa Tania e eu, abdicamos do carro, seguimos a pé coisa que raramente fazemos com dois objetivos: visitar a minha sogra Iolanda e posteriormente dirigirmos a tradicional feira domingueira da Rua Barão, na Praça Seca. Na casa da minha sogra ficamos por algum tempo. Ela, entrevada há alguns anos em virtude de um AVC hemorrágico é assessorada pela outra filha, a minha cunhada Sandra, e luta incessantemente para a volta de sua reabilitação. Dali nós seguimos em caminhada para a feira. Percorrermos todas as barracas e os preços das mercadorias, razoáveis. Compramos legumes e verduras embaixo de um sol gostoso, suportável e não muito quente. Depois das compras fomos tratar bem de quem nos faz mal. Encostamo-nos a barraca que vendia doces e a Natalia e Tania pediram e comeram cuscuz, aliás, pelo aspecto parecia estar saboroso. Mais adiante paramos numa barraca de pastel e caldo de cana. Ali eu já me senti um rei. Pedi um pastel de queijo e caldo de cana ofertado em copo de plástico. Como estava na hora de desarmar a barraca, o vendedor insistentemente não deixava o meu copo esvaziar. Tomei vários copos de caldo de cana. Depois ainda passamos no mercado Super Market e compramos mais alguns itens da lista que estavam faltando. Desacostumados com essa modalidade de percurso exageramos nas compras e trouxemos várias bolsas relativamente pesadas. Como chegamos à feira na contumaz hora da xepa, o nosso retorno foi demorado e o almoço ficou pronto por volta da dezessete horas. Valeu a pena passearmos nesse adorável primeiro domingo de setembro que antecede a primavera. Valeu o domingo!

sexta-feira, 1 de setembro de 2017

Marangá, sonho e a realidade.


Tudo calmo aqui na Marangá, a minha querida Rua da Praça Seca, em Jacarepaguá. Não ouvi tiros, crianças berrando, barulhos de motos, algazarras no morro e pasmem nenhum radio ligado. Estou sentindo-me um estanho na minha residência. Isso é um fato anormal. Essa tranquilidade tem hora para acabar. Ao invés de encomendar uma pizza, eu mesmo resolvi compra-la. Fui e voltei sem ser abordado pelo amigo do alheio. Parei uns dez minutos no portão do conjunto habitacional, e conversei com alguns colegas da época escolar. Eles abismados com seus celulares à mostra faziam gestos de alegria. Um deles, o Tabajara, chegou a dar duas cambalhotas de um lado da rua a outra. Com a alegria estampada em nossos rostos comentamos nossas brincadeiras de criança. Subi rapidamente para comer a minha pizza, já ouvindo a cobrança de minha esposa Tania, reclamando da minha demora. Pedi desculpas pelo atraso, comi rapidamente um pedaço suculento da portuguesa, sem tomar quaisquer líquidos e com a boca suja de gordura peguei um guardanapo saindo serelepe para continuarmos as nossas conversas na entrada da portaria condominial. Nisso, vimos um carro com giroscópio, aproximando-se rapidamente sobre nós. Eram os “homes”. Eles mandaram todos nós levantarmos os braços e encostar as mãos no muro do condomínio. Depois de revistados, seguimos acompanhados pelos agentes da lei até nossos apartamentos, para verificarem com a central de polícia as carteiras de identidades, visto estarmos sem a posse dos documentos de identificação, a fim de verificarem se nós tínhamos algum problema com a justiça. Sentimo-nos feridos em nossos orgulhos. Depois que a viatura foi embora, uma fúria apoderou-se do meu corpo e dei um murro para o ar. Ouvi uma voz feminina gritar: - Ai! Você me machucou! Ali percebi que estava sonhando. Acabei acordando a minha esposa com aquele soco, pedi desculpas pelo ocorrido e percebi que tudo fora um sonho. Na realidade acordei com fome, tiroteios, incursão do BOPE, helicópteros e algazarras de crianças, coisas habituais aqui na comunidade, mas foram minutos de extrema alegria que passei repousando aqui na famosa Marangá.

Glaucia, feliz aniversário.

O primeiro de setembro sempre será lembrado. Nós éramos adolescentes iniciando a vida adulta e nessa magia nascia a nossa primeira filha Glaucia. E nesses momentos lindos as fotos de ocasião eram proporcionadas pela velha máquina com filmes de rolo. Não se falava em era digital, mas sempre nesses momentos inesquecíveis nós desfrutávamos daqueles momentos. A Glaucia cresceu, morou nas ruas Ana Teles, Carlos Xavier, Albano e por fim na Marangá, início de sua adolescência. Ela sempre foi independente, e persistente para conseguir seus objetivos. Então seguem aqui nessas pequenas linhas a nossa admiração para a nossa filha Glaucia. Imaginem vocês que iniciamos a nossa família com o primeiro filho Marcelo, o primogênito. E na outra vez, lá em 1973, outro ser se fez. O nome dela Glaucia. Seu significado é como águas de oceano. Esverdeado. O verde transmitiu à sua trajetória com juventude e esperança.
Você nunca estará sozinha.
Sempre será acompanhada do pai celestial.
Essas são as palavras de fé. Ditas por Angelo José.
Você é uma dádiva. Descrita por Tania Fátima.
Valente e contundente, suas palavras dão alento.
Não esmoreça a sua força. Essa é minha premissa.
Que você esteja bem em pensamentos na Suíça.
Guerreira é aquela que persiste sem objeção.
Você sempre foi linda emoldurada num quadro.
Não é só porque hoje, faz quarenta e quatro.
Também já tivemos a sua idade.
Portanto nós seus pais, desejamos felicidades.
Nunca se esqueça de seus ideais.
No teatro da vida, isso sempre será um fato.
A sua vida, como a nossa são divididas em atos.

Parabéns por mais um ano de vida são os votos de Angelo, Tania, Aline, Augustus e Natália.