quarta-feira, 12 de outubro de 2016

Dia das crianças

Parabéns a todas as crianças!

Todos nós já fomos crianças. O mundo mudou e com essa mudança, os hábitos familiares. A educação tem vários sentidos que são delineados e marcantes por cada família, e a criança se perde nessas distribuições de ensinamentos comportamentais de cada individuo. Quando surgem os problemas, que geralmente espocam nas instituições de aprendizado é que se analisam os perfis das crianças envolvidas que geralmente tem alguma carência de personalidade tanto no convívio como nas suas atitudes. Portanto hoje seria um bom dia para refletirmos sobre essas e outras situações no tocante as suas aflições e desejos, tratando-as com respeito e muita seriedade de discernimento sobre o que é certo e o que é errado a fim de contribuirmos para uma transformação juvenil correta e relevante para a sua preparação sem ressentimentos e culpas de ter falhado em suas educações.

terça-feira, 11 de outubro de 2016

Desilusão

Desilusão
                                                                                                                                                               Sei tudo sobre você.... Sei tudo sobre a sua vida... Sei também que você não me quer. Eu somente não sei o porquê. Fiz de tudo para tê-la a meu lado. Hoje só encontro o travesseiro e o seu perfume que exala do nosso quarto. E contrariamente ao que penso, você me deixa  saudade e não renuncio ao seu objetivo de algum dia encontrá-lá. Na realidade eu me exponho e penso algum dia ouvir de você sem queixumes que o meu amor foi fracassado.

domingo, 9 de outubro de 2016

Desilusão de carnaval


O bloco passou
E ele ficou abatido no chão.
E com ele ficou a ilusão  do carnaval.  
Morreu assim sem protestar.
Foi traição, não sei. 
Foi traição, não sei.
Porque chora Guiomar.
Porque chora Guiomar                         P                           
Agora ninguém sabe.
Agora ninguém viu.
Só sei dizer que alguém sentiu a dor.
Chorou copiosamente.
É o drama de quem sente a desilusão. 
(Homenagem ao Tio Haroldo).

Lágrimas

  Lágrimas                                                                                                                                                    

Tentei chorar ontem a noite. Senti uma agonia no meu peito. Acordei com a chuva batendo em minha janela e levantei-me da cama para observar os pingos, que vinham em minha direção. Formavam  desenhos retorcidos em razão do vento que mudavam freneticamente com a velocidade da ventania. Neles observei também que são parecidos com as gotículas que saem dos nossos olhos. Quanto maior a intensidade maior será a nossa palpitação. A água da chuva com certeza vai secar, mas as lágrimas encardidas me marcarão e não limpará os desgastes da minha solidão.

Mãe

Minha eterna lembrança sobre mamãe começa na idade infantil, às vezes íamos ao cinema, lembro-me até do primeiro filme a que assistimos “E o sangue semeou a terra”. Frequentávamos as casas de parentes e por diversas vezes íamos à feira, sempre aos domingos, e era lei fazermos uma visita ao tio Chiquinho e a tia Mercedes. Às vezes o meu primo Aírton ficava na cozinha fazendo alguns petiscos e nos chamava para provarmos a sua iguaria “rins de boi com gosto de xixi” e quando retornávamos da feira com a bolsa abarrotada de legumes, hortaliças e frutas a caminho de casa era praxe passarmos em frente ao “Big Bar”, onde através de uma máquina barulhenta, saia em forma de cilindro o tão esperado sorvete que os irmãos Cândido, Marco, Almir ou eu, dependendo de quem fosse à feira, consumíamos com muita vontade. Enfim muitas recordações e que hoje compreendo a luta que foi criar os seus filhos. Como toda dona de casa exemplar, ouvíamos frequentemente a vassoura roçando em todos os cômodos da casa e nos apressávamos para tirar as pipas debaixo da cama, senão era lixo na certa. Trabalhava arduamente, nas tarefas caseiras e na parte externa da nossa residência também, pois, o nosso terreno era bem grande e tinha bastante plantação de frutas. Por sermos ainda pequenos, cabia a ela a árdua tarefa da limpeza. Recebíamos também, vários parentes em nossa casa. Apaziguadora, exemplo de paciência e bondade, nunca deixou de partilhar a sua ajuda com os parentes mais necessitados. Era exigente e muito dedicada a sua família. Fazia questão de saber onde os seus filhos estavam. Os meninos tinham que pedir para jogar futebol. Na maioria das vezes delegava atribuições a seus filhos, que sempre foram cumpridas à risca. Agora com a sua partida percebo hoje que todos os ensinamentos dado pela senhora surtiram efeitos em nossas vidas. Obrigado Moema, nossa mãe, pela sua missão: Alice, Candido, Angelo, Marco, Almir, Angela, Ana, André e Telma. (Homenagem de seus filhos).


sexta-feira, 29 de janeiro de 2016

Vida e morte de aposentado

É muito triste ser aposentado no Brasil. Principalmente os que dependem do INSS. O que deveria ser um prêmio torna-se castigo. Falo em nome também de pensionistas. O aposentado não pode fazer greve e se fizer de fome, com certeza morrerá às mínguas. O momento da aposentadoria coincide, como é natural, com o envelhecimento, com o aparecimento de doenças e, consequentemente, com um incremento substancial nas despesas medicas, para as quais os proventos são insuficientes. O que agrava a questão no Brasil, além da perda do valor de compra dos benefícios, e a péssima qualidade dos serviços públicos, que nos obrigam a recorrer à prestação privada, muito  onerosa. É o que ocorre com a saúde, por exemplo. Há  casos de aposentados que comprometem mais da metade do que percebem apenas com planos de saúde. Todavia, o Brasil não consegue, através de suas forças politicas, enfrentarem e equacionar a questão. Vamos empurrando com a barriga, assim como fazem com as demais questões nacionais. É uma pena encurtar a vida de aposentado com uma simples canetada, arrancando os nossos direitos, já que os deveres foram cumpridos e com muito suor e lágrima. E aos que sobreviveram nesse dia 24/01/2016, os meus respeitos e ansiando uma vida melhor a todos, aposentada e pensionista. 


quinta-feira, 24 de dezembro de 2015

Não quero mais sofrer

Não quero mais sofrer.
Chega! Quando você foi embora, eu fiz uma promessa.
Trancafiei o meu coração e joguei no abismo essas chaves sem cópia.
Fiz suas malas. As lembranças! Acondicionei-as uma por cima da outra e delicadamente coloquei também os nossos passatempos e os grandes momentos de nossa vida.
Sem refletir você jogou tudo fora, pôs tudo perder.
No jogo do amor há regras a serem cumpridas.
E nesse jogo a sorte não nos sorriu.
Saímos perdedores dessa relação.
Nem eu nem você conseguimos suportar o brilho de nossos olhares.
E o destino mais uma vez me fará fugir.
Lugares que ainda não conheci me aguardam.
Independente do que vier.
Um novo amor deverá surgir para você em nova estação.
Porque haverá muitos verões que encontros e desencontros se confrontarão.
E eu aqui no meu cantinho, descobrirei cada vez mais que se o amor não for de verdade, a nostalgia desse tempo não me fará mais sofrer, porque eu quero só viver.
Sentimentos os ventos levam.
E quem sabe um novo amor encontrar, para dissipar de vez esse dissabor.
Porque esse nosso amor de inverno, foi um verdadeiro inferno.

Mensagem do Papa Francisco

Segue abaixo a linda mensagem do papa Francisco para o mundo. E que todos nós reflitamos os sentimentos natalinos, independente de credo ou religião.

O Natal costuma ser sempre uma ruidosa festa; entretanto se faz necessário o silêncio, para que se consiga ouvir a voz do Amor. Natal é você, quando se dispõe, todos os dias, a renascer e deixar que Deus penetre em sua alma. O pinheiro de Natal é você, quando com sua força, resiste aos ventos e dificuldades da vida. Você é a decoração de Natal, quando suas virtudes são cores que enfeitam sua vida. Você é o sino de Natal, quando chama, congrega, reúne. A luz de Natal é você quando com uma vida de bondade, paciência, alegria e generosidade consegue ser luz a iluminar o caminho dos outros. Você é o anjo do Natal quando consegue entoar e cantar sua mensagem de paz, justiça e de amor. A estrela-guia do Natal é você, quando consegue levar alguém, ao encontro do Senhor. Você será os Reis Magos quando conseguir dar, de presente, o melhor de si, indistintamente a todos. A música de Natal é você, quando consegue também sua harmonia interior. O presente de Natal é você, quando consegue comportar-se como verdadeiro amigo e irmão de qualquer ser humano. O cartão de Natal é você, quando a bondade está escrita no gesto de amor, de suas mãos. Você será os “votos de Feliz Natal” quando perdoar, restabelecendo de novo, a paz, mesmo a custo de seu próprio sacrifício. A ceia de Natal é você, quando sacia de pão e esperança, qualquer carente ao seu lado. Você é a noite de Natal quando consciente, humilde, longe de ruídos e de grandes celebrações, em silêncio recebe o Salvador do Mundo. Um muito Feliz Natal a todos que procuram assemelhar-se com esse Natal.

quarta-feira, 23 de dezembro de 2015

Lembranças de festas natalinas


É bom recordar as esperadas festas natalinas. Lembro-me que quando criança meus irmãos e eu ficávamos alegres com o mês de dezembro, por duas razoes: Primeiramente o resultado das provas finais que sempre saíam na primeira quinzena e de acordo com as notas, o povo já ia para a galera em alusão ao seu “boneco”, da Escolinha do professor Raimundo. Meus irmãos e eu  nunca fomos reprovados e sequer ficávamos em segunda época, portanto íamos brincar. Mas reportando-me as festas de fim de ano, fazíamos um grande alvoroço com a armação da arvore de Natal em nossa casa e também na casa da vovó Lucia. A árvore da vovó era maior que a nossa, com varias bolas e muitos penduricalhos. O meu avô Agenor colocava o setenta e oito rotações na vitrola e ouvíamos muitas e repetidas vezes as musicas de Natal. Lá em casa quando a mamãe descascava o abacaxi, eu tinha o cuidado de lavar um vidro e colocava as cascas junto com agua e enterrava a garrafa por trinta dias. Depois desse prazo eu retirava a garrafa da terra e fazíamos uma festa com o líquido fermentado, já no mês de janeiro do ano seguinte. No Natal recebíamos vários presentes em especial aguardávamos o do Tio Haroldo, funcionário do Banco do Brasil, portanto com o poder aquisitivo maior, e que esperávamos com muita ansiedade. Graças a Deus a nossa ceia era completa, mas o mais importante era o valor de família que nos unia cada vez mais. Agora todo o dia 31 de dezembro, tínhamos que disputar no “par ou impar”, para acompanhar a minha avó que era presença constante no almoço de aniversário de sua irmã Guiomar, que morava em Marechal Hermes, bem próximo ao hospital Carlos Chagas. Como eu não tenho muita sorte em jogo, algumas vezes era obrigado a acompanhar a minha avó nesse evento. Lá não tinha criança, então eu ficava sozinho no portão vendo os ônibus, carros e ambulâncias passarem, e ao mesmo tempo rezando para que a minha avó retornasse, porque íamos e vínhamos de lotação que demorava a chegar no ponto e eu ainda queria soltar pipa, aproveitando um pouquinho do resto da tarde. À noite tinha novamente o encontro de família, dessa vez com amigos de meus pais e avós para o tão aguardado rompimento do ano. O que era penoso para mim, hoje é saudade.


segunda-feira, 21 de dezembro de 2015

Perdão

Você me perdoa...
Eu não consigo ficar longe de você...
Nunca mais baterei a sua porta para implorar o meu perdão...
Eu juro que esse é o meu ultimo pedido...
E nessa dor que em meu peito invade...
Fico subjugado a um só pensamento...
Desespera-me cada vez mais...
Eu sei que errei, peço-lhe desculpas...
Desculpe-me por eu ter tido esses sonhos...
Desculpe-me por sofrer junto com você...
Agradeço muito por você estar presente em minha vida...
Onde quer que você esteja...
Em todos os meus caminhos...
Se você for embora, eu sentirei a sua falta...
Mas só você me traz felicidades...
Perdoa-me mais uma vez “saudade”.

Amor sem limites

Sempre foi assim ou será o meu fim?
Quando eu me aproximo você foge.
Quando eu a persigo, você se esconde.
Quando eu a vejo, você vira o olhar.
Quando eu tento falar algo, você finge não me ouvir.
Se eu mudasse de tática, talvez você me correspondesse.
Se eu pudesse vê-la sorrindo, mesmo zombando de mim.
Melhor seria esse sonho continuar assim.
Se eu ao menos tivesse uma resposta ou uma palavra amiga.
Talvez eu acalmasse os meus sentimentos.
Mas não, o destino não bateu a minha porta.
Você partiu. Partiu também o meu coração.
E eu nunca saberei dizer se essa desilusão.
Foi tudo para ser assim.
Só sei dizer que agora me resta sonhar.
E quem sabe um dia.
Este grande amor recordar.

sábado, 19 de dezembro de 2015

Sorriso ao amor

Sorrio quando choras.
Sorrio quando me agrides.
Sorrio quando gritas.
Sorrio quando te apavoras.
Sorrio quando cantas.
Sorrio quando te enervas.
Mas se sorris quando me distraio.
E sorris também quanto a meu choro e canto.
Encanto-me cada vez mais e sem tristeza.
Que esse amor em nós vem das profundezas.
Que risos nenhum hão de separar.
E quando sorrirmos juntos por esses comportamentos.
Este nosso grande amor sempre será argumento.
De um novo sorriso a reclamar.
E o infinito amor do meu sorriso.
Fá-lo-á acalmar.

Marcha do Apoloca


MARCHINHA EM HOMENAGEM AO MEU FILHO CAÇULA AUGUSTUS.



                                         MARCHA DO APOLOCA



ÍNDIO VIVE NA OCA.

EU MORO COM O MEU APOLOCA.

ÍNDIO VIVE NA OCA.

EU MORO COM O MEU APOLOCA.

NÃO VEM QUE NÃO TEM.

NÃO VEM QUE NÃO TEM.

O APOLOCA É MEU NENÉM.

NÃO VEM QUE NÃO TEM.

NÃO VEM QUE NÃO TEM.

O APOLOCA É MEU NENÉM.

quinta-feira, 17 de dezembro de 2015

Esmolas em sinais

Outro dia, passando pela rua, vi uma criança no semáforo pedindo esmolas. Ao fundo, tinha uma mulher sentada com uma garrafa de cerveja sobre a mesa. Assim que o sinal abriu a criança saiu correndo em direção à mulher, na mesma calçada, e a entregou o dinheiro amassado juntamente com moedas. Já eram doze horas e eu me perguntei: Será que aquela criança frequenta a escola? Estaria aquela criança com fome? Homens e mulheres indiscriminadamente usam crianças para pedir esmolas às pessoas, que sensibilizadas com a chegada do Natal cometem esse erro que não ajuda em nada para acabar com essa prática perniciosa. Eu estacionei o meu carro em uma rua próxima e fui lá conferir, pois com a chegada do fim de ano e férias escolares, cresce a demanda de trabalho para os pais e folga para as crianças. Em alguns casos alguns preenchem os seus tempos com atividades informais, outros levam os pequenos para as esquinas onde há grande fluxo de carro com um único objetivo: pedir esmolas. Perguntei ao menino o que ele fazia naquele cruzamento sozinho e obtive a confirmação que a senhora que estava ao longe bebendo cerveja era a sua mãe, e que ela não permitia conversa com estranhos para não atrapalhar a atividade e pasmem a criança estava sem estudar a cerca de dois anos. Conforme o Estatuto da Criança e do Adolescente, os responsáveis pelos pedintes não seguem a lei conforme os artigos abaixo:
Art. 5º Nenhuma criança ou adolescente será objeto de qualquer forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão, punido na forma da lei qualquer atentado, por ação ou omissão, aos seus direitos fundamentais.
Art. 70. É dever de todos prevenir a ocorrência de ameaça ou violação dos direitos da criança e do adolescente.
Art. 98. As medidas de proteção à criança e ao adolescente são aplicáveis sempre que os direitos reconhecidos nesta Lei forem ameaçados ou violados:
I - por ação ou omissão da sociedade ou do Estado;
II - por falta, omissão ou abuso dos pais ou responsável;
III - em razão de sua conduta.
Seria muito bom que as leis nesse país fossem cumpridas.

segunda-feira, 30 de novembro de 2015

A diferença entre Mariana e Brasília

Coitados dos moradores que perderam tudo, lá em Mariana. Perderam famílias, perderam as preciosas lembranças de ente queridos. Perderam as suas identidades. Mas uma coisa o povo não perdeu. “A fé”. Toda a lama foi para o mar, e nos escombros com máquinas e cães farejadores ainda continuam a encontrar corpos. Enquanto isso lá em Brasília, a lama avança lentamente. Todos os dias, assistimos os noticiários envolvendo alguns dos poderes constituídos nessa perversa ideia de dilapidar ou subtrair o erário público. A polícia federal farejando passo a passo o dinheiro da corrupção tenta deslindar esse ninho de maracutaias que se alinham com essa corrente dos envolvidos, e a cada dia encontra uma intromissão com relação aos réus da lava-jato. Assim como os habitantes de Mariana, eu não perdi a fé. A lama que hoje se hospeda em Brasília não tem hora para escoar. Desejo que o judiciário encontre os verdadeiros culpados e que eles também percam todos os seus valores materiais e monetários devolvendo ao nosso patrimônio o que foi tomado. Lá em Mariana a lama seguiu para o mar e em Brasília, em breve, lentamente, para o Paranoá.

sábado, 28 de novembro de 2015

"Haja tempo"

O meu tempo não sei onde anda.
Eu seguirei o meu destino sem esperá-lo.
Sem contratempos, os tempos perdidos serão recuperados.
Por isso não perco tempo.
Não tenho tempo a perder.
Só me resta contemporizar.
Que em qualquer tempo da minha vida, levará tempo para o tempo me levar.

                                                                      

" Brasil! Absolutamente verdade!"

Quem disse que tem a verdade absoluta, pode absolutamente não ter com precisão a informação da verdade. Pode ser que na verdade nada é incondicionalmente certo, mas não é verdade que todas as afirmações são semelhantemente presumíveis. Aqui no Brasil estamos nessa situação. A verdade e a mentira caminham juntas. E nesse enigma em que nos encontramos, acreditamos nas mentiras e verdades de nossos políticos.  Não havendo claridade nas informações em delações premiadas, e defesas convictas de réus investigados, seguimos na escuridão sem perspectivas de encontramos uma luz nesse longo túnel em que nos encontramos. Mas eu sempre acredito na verdade. O tempo ainda será o senhor da razão, mesmo que ela não seja totalmente absoluta. Se o judiciário obtiver uma  enxurrada de informações, será provável que encontre um pingo de verdade. "Verdade absoluta".

segunda-feira, 23 de novembro de 2015

A Praça Seca não tem lágrimas para chorar.

 Quando éramos crianças nós costumávamos a  ficar ao pé da jaqueira, uma árvore grande e copada, em frente à casa do senhor Antônio empinando papagaio, principalmente em função das correntes de vento que nos eram favoráveis, além de ficarmos à sombra, muitas vezes do sol escaldante. Todos nós brincávamos alegremente e notadamente eram visíveis os confrontos em virtude de “cortes” de pipas, com algumas reclamações de quem havia perdido o brinquedo. Mas isso fazia parte do contexto. Se a pipa estivesse ao sabor do vento, logicamente se praticava o “cruza”, termo usado na minha época para cortar as linhas das pipas, e na maioria das vezes linhas com “cerol”, hoje acertadamente com a proibição da venda do produto. Às tardes como de hábito íamos à várzea praticar o futebol. Lá também às vezes, por entrada desleal de companheiros adversários as brigas ressurgiam. Em nossa residência não havia água encanada. Éramos obrigados a retirar água de poço, para beber, cozinhar, lavar e limpar. Imagine uma família com nove integrantes naquele momento, depois, nasceram mais dois irmãos, mas a situação já estava sob controle em relação à água. Apesar disso, a minha infância, e acho que as de meus irmãos, foram muito boas.
Morávamos em Jacarepaguá, num lugar tranquilo, situada na Praça Seca, onde todos se conheciam. Hoje eu tenho um imóvel bem próximo aonde fomos criados. E lamentavelmente só escutamos tiros de fuzis, traficantes fazendo vendas de drogas através de motos, assaltos à luz do dia, mortes, imóveis com varias marcas de balas de vários calibres, pessoas totalmente desconhecidas e mal encaradas.
O mundo mudou. Inclusive as pessoas. Infelizmente a nossa Praça está “Seca” de policiais, e raramente presenciamos agentes da lei em nossa rua, que outrora fora uma das melhores do meu bairro, como as demais de quase todo o bairro.
Que saudades da minha infância! 

sábado, 21 de novembro de 2015

Saudade e lembrança

A saudade é eterna companheira da lembrança. Então me digno a lembrar dos tempos de criança. Da minha infância muito boa com muito trabalho e divertimentos. Lembro-me da ida ao armazém do Zeca, quase sempre às seis e meia da manhã, para comprar dois litros de leite, vendidos em recipientes de vidro. Às vezes eu preparava o café da manhã, em seguida, após tomá-lo, eu partia para a escola pública Evaristo da Veiga, cuja diretora era a dona Iracema do Carmo Valente, que exigia dos alunos pontualidade para o hasteamento da bandeira brasileira. Sagrado também era passar na casa dos meus avós, toda a vez em que eu retornava da escola. Lá, era raro eu não fazer um lanche, e em seguida eu me encaminhava para a minha residência, a cerca de dez minutos do local em que eu estava. Depois do almoço, tinham os deveres de casa, que eu chamava carinhosamente de “parolar”. Após os afazeres domésticos, restava o futebol, sempre à tarde, que era obrigatório, e todos os dias, independente do tempo, e na maioria das vezes com o consentimento de minha mãe. À noite, algumas brincadeiras com os amigos, que não eram virtuais. E depois disso tudo, eu me preparava para dormir, e no dia seguinte, refazia os caminhos que a mim foram destinados. Mas eu não considerava isso monotonia, porque a cada dia era um aprendizado. Na escola, nas brincadeiras, e nas descobertas que continuo adquirindo, exercitando novos conhecimentos, até os dias de hoje.

Vale a pena ter lembrança com saudade!

Nunca mais

Nunca mais seguirei os teus passos.
Sem meus abraços tu vais perceber.
Que a minha alegria é a de te esquecer.
Quando me avistares na rua.
Finjas que não me vês.
Porque a tua presença, para mim sempre será desapercebida.
Despercebidas também serão as tuas mãos, que tentarão tocar em meu corpo.
Sentir-te-ás frígida a minha pele.
Descrevo a ti minha forte e profunda emoção.
E tu saberás o gelo que carrego em meu coração.


Aos nossos pais José e Moema



Na estrada da vida, caminho sem saber se retornarei. Sigo os meus passos freneticamente, mas não consigo alcançar os obstáculos. Com esses percalços, de início pensei que fossem naturais, mas não, são estas lembranças aqui dedilhadas no teclado que me fizeram pensar e anotar as vidas de meus pais: pontilhadas de superações, alegrias, tristezas, esperanças e, sobretudo do entendimento mútuo que conservaram até os seus derradeiros dias. Obrigado, “José e Moema”, pelas orientações dedicadas a nós, pela competência em administrar as nossas vidas, enquanto pequenos, pelo entendimento de discernirmos o certo e o errado, pela orientação espiritual, pelos ensinamentos simples de compreender que as nossas necessidades deveriam ser supridas pelo trabalho e muita dedicação. Lembro-me que com o meu “pequeno” e primeiro salário mínimo, comprei uma enceradeira para a minha mãe. Aquele ato me deixou muito orgulhoso. As lembranças para mim não são barreiras, as intransponíveis sim. Elas me deixam inquieto, risonho, tristonho, detalhista, conservador.
Hoje ao acordar, ao longe, vi um canário cantando e percebi que a vida é bela. Esse canto poderia ser a definição do que foram as vidas de nossos pais e o que eu considerava impossível, aconteceu. Venci. Desobstrui o que me impedia passar. Quando eu não estiver mais entre os vivos, retornarei e cantarei seguindo ao infinito acreditando que voarei sobre os empecilhos, como nossos pais nos transmitiram através das suas orientações, e quem sabe trinando agradecido a José e Moema, pelo o que hoje somos. Seus filhos: Alice, Candido Alberto, Angelo José, Marco Aurélio, Almir Roberto, Angela Moema, Ana Cristina, André Luiz e Telma.

terça-feira, 10 de novembro de 2015

Tempestade

Você agita o meu coração.
Que atormenta minha vida nessa canção.
Sentimento que bate é alguma razão, de escolher.
Quando a vejo desfilar na avenida.
Ao longe observo o seu corpo esguio.
E sob o batuque do samba sincopado.
Minhas veias palpitam e com os olhos marejados.
Enxergam os seus cintilantes de amor.
Com a exuberância do seu corpo.
Que se aproxima de mim pouco a pouco.
Um repique descompassa as minhas batidas.
Explode o meu peito, com a força do amor.

Sempre a responder o inverso da dor.



segunda-feira, 9 de novembro de 2015

Podem me prender

A necessidade de argumentar uma opinião não carece respeita-la. Caso contrário eu estaria fazendo parte de um presépio, num gesto de aprovação. Agora é imprescindível o respeito ao seu direito de opinar. As pessoas são distintas de ideias.
Vemos nas redes sociais várias interpretações sobre artigos veiculados na mídia. Em diversas opiniões, algumas absurdas e outras tantas evasivas. Normalmente, me pego cantando a letra interpretada por nossa eterna Nara Leão. Era um direito dela não mudar a sua vontade. Acho que a sua convicção pode ser propalada ao universo. Por isso não entro em redes sociais, porque muitos não têm a consciência do que dizem.
Mas sempre acolherei o seu direito de opinar.

quinta-feira, 5 de novembro de 2015

Sobrevivência

Sentado em frente a minha janela, vislumbro a imagem do Redentor de braços abertos parecendo dar-me proteção. No entanto nesta selva de pedra em que resido, reluto acreditar que haja tanta violência. Assim cercado em uma prisão 3x4, sou obrigado a assistir impassível a covardia diária a cidadãos que cumprem suas obrigações e deveres nessa sociedade que se encontra sem regras e aplicações das leis.
Suportar esta situação é o segredo da “sobrevivência”, pelo menos aqui na nossa Cidade Maravilhosa. Isto configura que o nosso Estado está falido, gerando incompetência nesse processo. Notadamente somos uma população assustada e neurótica, submissa a impunidade e ao aviltamento que na realidade são corresponsáveis os nossos políticos demagogos que de quatro em quatro anos tentam renovar a esperança praticamente inexistente na maioria da população.
Ainda em frente a minha janela, assistindo a subida e descida do Bondinho do “Pão-de-Açúcar”, vejo que a doce vida que poderíamos desfrutar é alheia a nossa vontade.
Toda mudança só dependerá de nós mesmos, portanto devemos sempre escolher melhor os candidatos. Pensem nisso.

Sonho merecido


Eu nunca pensei que fosse assim.
Você sempre foi alegre, me tratava tão bem, e com certeza me amava como também a amo.
Eu corri com o tempo, tentando penetrar nessa pretensa escuridão em que você se encontrava.
De repente eu a vejo distante, como uma luz no fim de um túnel.
E na diagonal em que eu me encontrava, eu a via na tênue penumbra.
Com a sua boca balbuciando, insistentemente, eu ouvi que iria me deixar.
Fazendo gestos com as duas mãos que se entrelaçavam com seu véu.
E lá descubro que você não está só.
A princípio me desconcentrei e chorei.
Havia alguém com você. Fiquei mais calmo e reparei uma aura em sua frente.
Percebi que você um dia havia me falado.
Que até nos sonhos seus. Só haviam olhos para Deus.
Ela sacudiu-me e gritou: “Meu Deus, o que está havendo”!
“Acorde meu amor”!
E com um lenço as minhas lágrimas enxugou.
Eu sussurrei: “Pensei que eu a tivesse perdido”!
Ali notei que devemos sempre ouvir  e falar a Deus.
Porque um homem sem fé.
Não tem capacidade para amar a uma mulher.