A lua é mesmo uma curiosa! Não é? Sem vergonha, como ela só! Sempre espiando nossos momentos mais íntimos, como uma amante discreta, que observa do alto, nossos atos entre lençóis e edredons, sem parcimônia. É como se ela quisesse ser parte da nossa história, iluminando a noite com seu olhar prateado. Às vezes, dá até a sensação de que ela guarda segredos que só ela conhece! Ela é invejosa. Nos vigia, e sempre nos visita, nas horas vagas da madrugada, através da janela, em cortinas de lingerie, como a sua, envolta em corpo escultural em delírios de prazeres, a dois, causando certo ciúme, que revoltada esconde-se sob as nuvens, mas depois esquece e desponta com mais intensidade, provocando sua ira sobre nós. Esgueirando-se pela fresta, nos observa entre sussurros na penumbra, naqueles nossos momentos íntimos. Silenciosa, como sempre, orbita distante e altiva, em agonias. Ela é a única soberana que penetra na calada da noite, em nosso quarto apaixonado, testemunhando os verdadeiros amantes, excessivos de paixões complexas, em novas descobertas, a cada uma de suas fases, em segredos, em intensidades e silêncios, guardados em corações. Nessa profundidade de força do universo, você provoca ação e transformação. Já a lua inspira poesia e contemplação.
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