Ulysses, amizade de
50 anos
O primeiro emprego
nunca se esquece. Isso aconteceu em 1967. Eu não conhecia a cidade, enfrentei
uma fila que se estendia da Rua Santa Luzia, 798 e contornava a Av. Rio Branco
senão me engano o numero 251. Lá fui entrevistado pelo senhor "Hélio
Correa", responsável pelo RH da The Sydney Ross Co. Ele me perguntara se
eu conhecia os Ministérios e ruas dos arredores do Castelo e Candelária e minha
única resposta foi que não conhecia nada. Fora-me perguntado por que eu iria
trabalhar na profissão de aprendiz de arquivista, que na realidade era
estafeta, se eu não conhecia nada. A minha resposta intempestiva, coisa de
rapaz de 16 anos foi de que se eu não aprendesse ali, eu iria tentar em outro
lugar. O finado representante da empresa solicitou a sua secretária que me
admitisse e que dispensasse a longa fila de candidatos que almejavam o emprego.
Para mim foi um alivio. No dia seguinte fui apresentado ao meu também finado
chefe "Ferreira" que me orientou o serviço que me fora ofertado.
Sofri bastante porque naquela época havia racionamento de luz e eu trabalhava
no décimo sexto andar e os chefões norte americanos não gostavam de descer e
subir escadas e a mim era também confiada essa tarefa de compra de almoço,
lanche etc, razão pela qual herdei algumas varizes, mas felizmente ainda não me
incomodam.
Após três meses me
fora confiado o armário de produtos farmacêuticos e perfumarias. O
controle era rígido. Eu recebia, expedia e controlava os produtos e a retirada
de "free goods" só poderiam ser feitas com autorização das requisições
de algumas chefias designadas por setor. Trabalhei internamente recolhendo
marmitas, distribuindo cartas e encontrei no décimo andar uma pessoa que me
auxiliou muito nessa trajetória. Seu nome "Ulisses Ferreira de
Souza". Isso depois de eu fazer parte da contadoria chefiada por
"Paulo Sérgio Bomfim". Após seis meses, "Ulisses" me
convidou para trabalhar na seção de faturamento. Lá aprendi tudo sobre
estoque, custos e vendas. Em 1977 saí da empresa para tentar novos ares, mais isso
é outra história, Mas o companheiro e compadre "Ulisses" foi
fundamental para o meu desenvolvimento profissional, e na Caixa Econômica
Federal, aonde apliquei todo o meu conhecimento de contabilidade, e que fora
também o meu ultimo emprego até a aposentadoria. Agradeço mais uma vez ao
companheiro "Ulisses" nessa caminhada nada fácil e que eu me senti
honrado de participar tanto na vida profissional como também na particular da
família Souza. Muito obrigado pelos cinquenta anos de lutas e conquistas. Valeu
o ouro!
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