sexta-feira, 6 de janeiro de 2017

Fim de ano

Todo o ano é a mesma coisa. Congratulações, abraços fraternos, abraços falsos, enfim, desejos de prosperidades para o ano que se inicia e falsos desejos para os que são conflitantes em suas emoções. E quando chega a meia noite com ou sem horário de verão vemos os céus cheios de fogos espocando como se enviassem esperanças aos sofridos trabalhadores. Nessa imensa queima de fogos não percebemos que os nossos salários corroídos pela inflação também ardem pelos esforços combalidos da imensa sociedade que trabalha com muita garra. E nesse vai e vem de ano, o que vemos é a situação cada vez pior, e o que realmente cresce em nós é a inevitável velhice.  Assim, eu fico impressionado com as mazelas dos governantes desse país em todas as esferas que dizem que irão resolver pendências de governos anteriores e nos quatro anos seguintes a situação piora por desmando. E assim seguimos nós, resignados pela farta falta de consciência desses políticos em coadunar-se com a postura de cidadão eleito pelo povo. Nos jornais só se registram tramoias, conchavos, favorecimentos, ilícitos e assim sucessivamente. Agora teremos o carnaval, onde o povo extravasa a sua alegria momentânea, queima de estoques para renovação de produtos, enquanto os desempregados lutam para pelo menos levarem um litro de leite para seus filhos. No final de mais um ano, mais fogos serão lançados aos céus e se estivermos vivos veremos o firmamento alegre e mais um ano de senilidade argumentando que dias melhores virão, mas nem todos verão, tanto na forma substantiva como na verbal. Quem viver verá!

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