segunda-feira, 30 de janeiro de 2017

Sem desilusão


Não consigo pensar nesse ar frio, que penetra no meu coração.

Congelam as veias, a face e todo o meu interior, a minha boca se cala.

Não consigo balbuciar o teu nome, as minhas pálpebras esbranquiçadas, tremem e quase não consigo te olhar.

Vejo o céu azul através do espelho que reflete ao chão.

Vejo a tua sombra partir quando as nuvens atravessam o sol.

O teu sorriso branco como a neve me faz inspirar até o meu corpo exaurir.

Não consigo pensar que tu vais embora sem se despedir.

Um rubor surge em meu rosto e apesar desse ar frio ainda tenho forças.

Para gritar que te amo, mas o vento sussurra outros cantos.

E por encanto, fixo o meu olhar no horizonte e nesse caminho as tuas marcas brancas e cadenciadas, me vem a vontade de chorar.

É o teu adeus, o teu até logo, mas não vou desistir, porque o meu amor por ti é maior.

Maior que a estrelas. Maior que o sol.

O meu coração seguirá o teu caminho e esse ar frio que estava em mim passará.

E novamente arranjarei forças para dizer: - eu vou te amar.


sexta-feira, 27 de janeiro de 2017

A difícil escolha

Senhores! Eu estou aqui na Suíça, enquanto me refugio do frio, criei essa pequena história de uma humilde família nordestina e trajetórias de suas vidas. Abraços a todos que me leem.


 Cansada de ser humilhada em seu próprio lar, dona Maria das Dores, limitou-se a vender doces caseiros, com a pequena economia que fora reservada com muito sacrifício, já que seu marido, José Ribamar, quatro anos após o casamento largara o emprego, abandonando tudo, vivendo frequentemente em estado de embriaguez. Com cinco filhos para criar ainda menores, encarava exaustivamente o tanque de alvenaria, sem emboço, com muitas roupas suas e da prole. O destino de Maria das Dores estava traçado quando se enamorou deste contumaz viciado. Mas, o amor, segundo ela superaria as dificuldades que enfrentariam quando surgissem após o casamento. O que houve na realidade foi um conflito no relacionamento de ambos nos seis anos que se seguiram e que Maria das Dores não imaginara a dimensão dos transtornos que foram acontecendo em sua vida. Inconformada com as atitudes de seu marido também pelos maus tratos resolve abandonar a casa com seus cinco filhos, indo morar de favor em outro povoado um pouco distante tentando uma vida melhor. As meninas Josilene, Irislene, Jucilene e Wandilene eram raquíticas e sempre estavam doentes. Já o Ornil o único filho homem nada poderia fazer, porque além de ser caçula da família, com poucos anos de vida, não entendia os desentendimentos do casal. Eles moravam no interior do Piauí, um vilarejo com um pouco mais de dois mil habitantes, curiosamente com nome de santo casamenteiro onde a família passara a viver modestamente da agricultura familiar. Com muitas dificuldades as crianças iam à escola, pois o povoado era muito longe do estabelecimento escolar. Josilene, a mais velha tinha um sonho de ser professora e dar uma melhor condição de vida à sua família. A Irislene, sua segunda filha tinha o sonho de ser medica. A Jucilene sua terceira filha gostaria de ser modelo, já a Wandilene gostaria de ser das forças armadas. O Ornil quando perguntado o que queria ser e sem entender dizia que queria ser “critor”.
Os anos iam passando e a situação da família insustentável, pois se com José Ribamar já estava ruim, que às vezes fazia biscates, sem ele ficara pior, pesando também a idade de dona Maria das Dores que continuava avançando. No decorrer dos anos as trajetórias dos irmãos também mudam. Eles procuram emprego e com muita dificuldade se alinham a nova realidade já que todos largaram a escola dificultando assim o espaço para competir vagas na pequena cidade em que residem. A adolescência foi sofrida e todos tentavam se ajudar procurando amenizar as angustia da mãe Maria das Dores. Já aos vinte anos Josilene se encanta por Valdecir, amor à primeira vista, ocasionado por festinhas de bairro, caso corriqueiro nessas regiões, um rapazinho de Santo Antônio dos Milagres e com relacionamento conturbado por ciúmes, pois o rapaz era bonito, participava de vaquejada e tinha muitas admiradoras, o namoro tinha suas idas e vindas. Na perspectiva de priorizar o seu amor ela comete o mesmo erro de sua mãe. Larga os estudos e se entrega de corpo e alma a Valdecir. A família de Valdecir era uma família com melhores recursos estruturais e financeiros. Seus pais, senhor Zeferino e dona Josefa, são fazendeiros e os cinco filhos: Valdecir, Severino, Jesuíno, Raimundo e Juciléia, todos encaminhados. Valdecir, formado em agronomia e nas horas vagas participa de eventos.
- Você promete que irá me amar para toda vida? Disse Josilene.      
    - Prometo não só amá-la com também fazê-la feliz! Disse Valdecir.
E através dessas juras de amor, resolvem em pouco tempo morar juntos mesmo sem aprovação de suas famílias, por serem muito jovens. Anteriormente por coincidência Valdecir apresentara Josilene e seus irmãos à sua família. Dessa apresentação os irmãos uniram-se aos sexos opostos, Severino namorava a Irislene, Jesuíno a Jucilene e Raimundo a Wandilene. Somente Ornil e Juciléia se olhavam, mas não se aproximavam. Em principio mesmo contra a vontade da família Valdecir e Josilene, os mais velhos da família obtinham a ajuda do seu Zeferino que era mais sensato que dona Zefa, apelido carinhoso dado pelo primogênito, sobre a situação que seu filho se encontrava. O seu Zeferino é acometido de uma doença rara e gravíssima e ele e esposa seguiram para a Teresina a fim de fazer um prolongado tratamento em rede hospitalar privada. Ambos com idade avançada foram acompanhados do jovem casal, para a capital. Nessas idas e vindas ao hospital Valdecir e Josilene foram ao quarto do senhor Severino e encontram o pastor Francisco. O pastor começou a explanar os verdadeiros milagres de Jesus e que não perdêssemos a fé em Deus que logo o senhor Zeferino ficaria bom. Eles fizeram uma oração e em seguida o pastor iniciou a sua peregrinação, visitando as alas do hospital. Na dificuldade de sustentar a todos, pois o dinheiro encurtara, Valdecir resolve ingressar para o estado, através de seu padrinho político Virgulino, amigo de longas datas de seu pai. Fora convidado para ser presidente de uma estatal do Piaui. A nomeação saiu em sequencia. Os meses se passam e o senhor Zeferino continua internado. Mesmo cercado de melhores médicos a doença avança gradativamente e as perspectivas são negativas para a sua recuperação. Novamente a família tenta a transferência do senhor Zeferino para o hospital das Clínicas de São Paulo. Lá eles recebem a noticia desagradável que o senhor Zeferino tem pouco tempo de vida. Dona Josefa fica muito triste com o diagnostico e depressiva adoece, ficando ambos internados no mesmo hospital. Valdecir e Josilene também brigam muito. Ele poderoso chefe da estatal, costumeiramente chega tarde a seu lar, viaja muito e constantemente longe da família. O poder e o dinheiro mudam de forma rápida as atitudes de Valdecir que só tem olhos para os amigos de classe superiores desprezando os desassistidos. Já no meio do ano depois de muitas expectativas de melhoras o seu Zeferino falece e nesse dia que era de visita todos puderam vê-lo pela ultima vez com vida. A vida continua e Severino acelerou nos estudos, cursou a faculdade de direito e formou-se advogado. Abriu um escritório e com Irislene já casada começam uma nova jornada em São Paulo. Ela como sua secretária e ele desenvolvendo o seus trabalhos na área cível.  
Já Jesuíno e Jucilene foram morar juntos em Teresina, como não quiseram continuar os estudos começam a trabalhar. Ele em uma farmácia e ela como ajudante de serviços gerais em uma grande escola particular. As atividades dos dois transcorriam tranquilamente, quando Jesuíno fora abordado por traficantes para roubar medicamentos de seu emprego para tratamento de traficantes locais. Apavorado e com medo de ser morto ele comete o primeiro crime. Furta vários medicamentos e daí se envereda para o caminho das drogas, é demitido da farmácia, porque fora filmado e  não observara que o local de trabalho era monitorado dia e noite por câmeras escondidas. Sempre ameaçado e tendo que mostrar expansão nas vendas de drogas ele é obrigado a lançar mão de outros meios, exigindo que a sua companheira vendesse drogas na escola. Ela também foi descoberta através de comentários entre a grande quantidade de alunos e foi chamada a secretaria da escola, aonde ela confirmou que vendia, mas não usava. A diretora da escola dispensou-a dos serviços que executava e a demitiu, chamou a policia, mas como ela não tinha elementos que comprovassem que estava comercializando as drogas esta foi liberada. Não tendo onde morar, o casal refugiou-se numa favela local onde o ponto de venda funcionava diariamente. Com desejo de ser modelo mais distante ela e seu companheiro são perseguidos pela policia, e como o crime não compensa eles são presos e autuados por envolvimentos com o tráfico. Ela é encaminhada para a penitenciaria feminina e ele para a masculina no mesmo complexo penitenciário no interior de Teresina. Jogados a própria sorte, eles recebem a visita do pastor Francisco que peregrina nos hospitais e prisões, levando palavras confortadoras da bíblia a seus irmãos.  As famílias não sabiam da vida que os dois levavam e só foram descobrir quando o pastor Francisco informara ao irmão de Jesuíno que o casal estava preso. Severino e Irislene sabendo da situação de seus irmãos viajam para Teresina no sentido de ajudá-los. Com a saúde debilitada e sabendo que a filha está presa, dona Maria das Dores é acometida de um infarto fulminante, vindo a falecer, A morte fatídica de dona Maria deixam todos consternados. Todos os filhos e noras comparecerem, inclusive Jucilene que fora liberada da prisão para o enterro da mãe, faltando apenas e ex-esposo, José Ribamar, que nunca mais fora localizado pela família. Esta chorava copiosamente pedindo perdão pelos erros cometidos. O casal aguardará o julgamento ajudado por Severino.
Já Raimundo e Wandilene estudaram, se formaram e ingressaram juntos para as forças armadas. Viajaram a serviço para quase todos os estados do Brasil e seguiram felizes. Tiveram  dois filhos Raiwan e Waníra e vivem felizes. Atualmente estão sediados no estado de Sergipe.
Perto das novas candidaturas politicas o padrinho de Valdecir, o senhor Virgulino perde poderes e ele acaba demitido da estatal, juntamente com seu afilhado politico. Valdecir tenta trabalhar em empresas de agronomia, sem sucesso. Mais tarde ele e Valdecir são arrolados e presos por desvios de verbas destinadas a diversas áreas sociais, onde permanecem até o julgamento. Nessa mesma oportunidade Valdecir se separa de Josilene que irá tentar uma nova vida em outro estado da federação. Dona Josefa vai morar na casa da filha caçula Juciléia. Ornil e Juciléia foram se conhecendo aos poucos, casaram-se e vivem felizes e no momento sem filhos.
Essa foi a historia das nossas famílias e nós "Ornil e Juciléia" vivenciando os dramas de nossos parentes. Os sonhos sucumbiram: Josilene não foi professora, Jucilene não foi modelo e Irislene também não estudou medicina. Os únicos que concretizaram os seus sonhos foram Raimundo e Wandilene. O pastor Francisco continuou com as suas pregações e de vez em quando visita as famílias.

É impressionante a determinação de Ornil que redigiu essa pequena história ajudado por sua esposa, e que desde criança gostaria de ser “critor”.


quinta-feira, 26 de janeiro de 2017

Dor que provoca dor da perda

Dor na cabeça, dor no joelho, dores em todas as partes do corpo, todos nós temos ou teremos um dia. Dores não são normais, mas o corpo cansa de ser maltratado e responde às nossas loucuras diárias feitas desapercebidas. Então tomamos remédios que sempre são indicados por amigos que em sua maioria se julgam médicos. Daí a dor retorna com maior intensidade, porque o remédio que a pessoa tomou está complicando outro órgão do corpo. Desse efeito colateral, os leigos tentam outro remédio para dissipar a dor. Através de uma sucessão de erros procuram um médico e relatam em poucas palavras o que está acontecendo e escondendo na maioria das vezes a automedicação. Outro problema preocupante, é que o médico irá receitar um remédio especifico para o paciente e este enganado pelo próprio autor, nesse caso o paciente. Haja paciência para ter um paciente  nessas condições. Eu tinha um amigo chamado Luiz, que sentia dor na barriga e queixava-se a vários outros amigos, mas infelizmente nunca me contara sobre a sua dor, e alguns deles foram indicando remédios para que ele se restabelecesse. A situação foi piorando e em três meses ele faleceu. Quando a dor tornou-se insuportável ele foi removido para o hospital. Lá se constatou que nada poderia ser feito pela demora na procura de uma unidade hospitalar, e a doença já havia disseminada pelo corpo causando a falência múltipla dos órgãos. Fica aqui um alerta. Ao primeiro sinal de dor, sempre procure um médico. Ele sempre prescreverá o remédio certo depois que forem realizados os exames. Sensações desagradáveis sempre estarão em nossas vidas. Temos que administrá-las e nos prevenirmos para uma melhor qualidade de vida.

quarta-feira, 25 de janeiro de 2017

Notícias desanimadoras que recebi na Suiça

Boa noite senhores!
Eu estou fazendo um diário aqui na Suiça que será divulgado futuramente, quando do meu retorno ao Brasil. Apesar de estar ausente do país tenho acompanhado pelas redes sociais inúmeras noticias nada confortadoras. Mortes de pessoas através de balas perdidas já não são estampa de primeiras paginas, pois é fato corriqueiro. Não estão respeitando nem as crianças que brincam em parquinho próximo a lojas de refeições rápidas. Os trabalhadores saem de casa, mas não sabem se voltam. Recentemente também nas redes sociais recebi a informação de que a mulher do ex- presidente Lula, fora acometida de um AVC. Não me vanglorio com relação a problemas de saúde com pessoas envolvidas em atos ilícitos como apontam o Ministério Público e a lava-jato, mas esse seria o momento de reflexão para todos e que existe também um Deus que cobra a todos e que devemos pagar pelos nossos atos aqui na terra como no céu. Agora o que causa perplexidade é a morte prematura de um juiz que se dedicava com a moralização do Brasil e que alguns políticos subtraiam para si e com ganancia elevada somas altíssimas em dinheiro e se achavam que com a praticidade de atos espúrios sairiam ilesos dessas falcatruas. Fatalidade ou não o governo deverá ter a lucidez e juntos com o STF acharem uma alternativa de não acabarem com o desenvolvimento do trabalho exercido pelo senhor Teori Zavascki que nos deixou precocemente nesse terrível acidente aéreo na costa sul fluminense em Parati/RJ. Eu estarei aqui em Mulligen/Suiça até 19 de fevereiro de 2017. Estou gostando muito desse país e aprendendo e quem sabe tentar passar um pouco desse aprendizado em meu país. Abraços a todos.


segunda-feira, 23 de janeiro de 2017

Dois brasileiros na Suíça

Bom dia! Viajamos minha mulher e eu no dia 19 de janeiro de 2017 para a Suíça. A viagem foi tranquila do Rio de Janeiro para Guarulhos e de Guarulhos à Suíça. Em Guarulhos aguardamos por mais quatro horas e embarcamos às vinte horas e vinte minutos até ao nosso destino. Chegamos  a Europa muitos entusiasmados, afinal foi a nossa primeira viagem internacional. Viemos especialmente para o casamento da nossa filha Glaucia com nosso genro Markus Ruesi. O desembarque foi sem transtorno, passamos pela migração, aonde fomos bem recepcionados pela integrante da policia  de fronteira que nos fez algumas perguntas sobre o objetivo da  nossa entrada e permanência no país e logo após carimbar os passaportes nos desejou boa sorte. Agradecemos e depois de caminharmos por dez minutos no gigantesco aeroporto de Zurique, pedi informações a cerca de nossa malas. Tivemos que descer um andar e entrar num trem idêntico ao metrô de Rio e três minutos depois chegamos ao terminal de bagagens, onde encontramos as nossas três malas intactas e sem rasgos, coisas que geram varias reclamações dos que viajam por esse mundo afora. Em seguida saímos desse setor e encontramos com os nossos anfitriões no hall do aeroporto e em menos de trinta minutos já estávamos em Mulligen, local da residencia de ambos. Após nos alojarmos eles no mostraram os compartimento da casa e achei muito interessante o seu interior como também a praticidade de uso dos maquinários da casa, coisa que no Brasil nem se iniciou. Nesse mesmo dia logo após a macarronada preparada por meu genro, recebemos a visita de amigos do casal, o Gelliton, Greice e sua filhinha Ana Beatriz que também são brasileiros e vivem na Itália. Ficamos conversando por mais algum tempo,. Disse-me Gelliton que era de Vila Velha. uma pequena cidade do Espírito Santos. Logo nos familiarizamos e fomos primeiramente a casa do senhor Baumann. Este já esteve no Brasil, hospedado na casa da minha filha na Taquara, bairro do município do Rio de Janeiro, por ocasião das Olimpíadas realizada no Rio e nos tornamos amigos. Fomos lá para arrumar hospedagens para Gelliton e família e o senhor Baumann muito solicito arranjou um quarto para ele pernoitarem lá até o dia seguinte do casamento. Depois fomos apanhar a filha de Markus, chamada Paris, fruto de um relacionamento anterior, em sequencia à floricultura e depois a um shopping em Brugg, bairro perto de Mulligen e meu genro comprou para nós duas botas apropriadas para a neve, fez umas compras no mercado, daí lanchamos e retornamos para nossa casa e continuar a preparação do casamento. À noite eu tomei um banho e fui dormir extenuado. Já a minha esposa, minha filha, genro e o casal mencionado acima foram ao restaurante fazer a ornamentação onde seria a realização do evento. No dia do casamento acordamos cedo, tomamos café juntamente com a família de Gelliton, que pernoitou na casa do Baumann e logo em seguida a luta contra o relógio, com algumas coisas para fazer  Para agilizarmos o almoço a Glaucia colocou um frango no forno, eu fiz o arroz e Gelliton, a salada e Markus resolvendo várias problemas de carro, como apanhar o bolo e outras coisa mais.. Antes do meio dia recebemos também membros da família e amigos de Markus. A casa ficou com bastante pessoas e um rebuliço para a preparação de vestuário para o evento. Às 15:10 seguimos para a celebração do matrimonio que foi no mosteiro Gnadenthal, Niederwil, Wollen, Argau, Suíça. Chegamos às 15:30 h e por cerca de meia hora foi oficiado o casamento pelo sr Wassmer, em seguida seguimos para o Thay Restaurant Yung Khan, Badenerstresse,811, em Zurique. Uma mesa estava armada com várias cadeiras e sentamos cercados da família de Gelliton e dos bispos da Igreja Apostólica Fonte da Vida, também oriundos da sucursal Taquara, ora sediados em Portugal, que vieram exclusivamente para o evento. A festa transcorreu normalmente, como esperado, toquei algumas musicas brasileiras no teclado cedido pelo amigo do meu genro, agradeci os aplusos a mim conferidos e às duas e meia da manha, retornamos felizes para Mulligem. No dia 22 de janeiro Gelliton e familia foram para a Itália e nós saímos para um hotel em Zurique, onde foi realizado o culto mediado pelo bispo Genésio e sua esposa a bispa Andréia, que brilhantemente transmitiram a todos participantes os ensinamentos da bíblia sagrada, e como deveríamos conduzir as nossas atribulações mediante explanação de profetas e parábolas. Minha esposa e eu estaremos na Suíça até o dia 20 de fevereiro de 2017, até lá pretendemos conhecer as maravilhas desse país. Abraços a todos

terça-feira, 17 de janeiro de 2017

Somos seguidores.

Eu tenho muitos seguidores. Quando estou na estrada vêm muitos carros atrás de mim. Quando eu estou atrás do pessoal nessa mesma estrada, a situação é inversa. Logicamente eu sigo atrás deles. Essa estrada é contínua e a cada momento uma imensidão de carros se aglomera nesse caminho, que continua sobrecarregado de veículos. Essa rodovia é infinita. Mas eu observei em uma parte da estrada que todos somos seguidores, independentemente da origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação. Somos seguidores de Deus, e ele sempre estará conosco. Portanto não devemos nos preocupar com a ultrapassagem para sermos seguidos porque somos discípulos do onipotente e o caminho sempre será esse. Mesmo aqueles que trocam de direção pelas estradas vicinais, chegarão ao mesmo lugar. Seguidores de Deus.

terça-feira, 10 de janeiro de 2017

Chegou o verão

Chegou o verão! Verão também é sinônimo de pouca roupa e muito chifre, pouca cintura e muita gordura, pouco trabalho e muita micose. Verão é picolé de Kisuco no palito reciclado, é milho cozido na água da torneira, é coco verde aberto pra comer a gosminha branca. Verão é prisão de ventre de uma semana e pé inchado que não entra no tênis. Mas o principal ponto do verão é a praia. Ah, como é bela a praia! Os cachorros fazem cocô e as crianças pegam pra fazer coleção. Os casais jogam frescobol e acertam a bolinha na cabeça das véias. Os jovens de jet ski atropelam os surfistas, que por sua vez, miram a prancha pra abrir a cabeça dos banhistas. O melhor programa pra quem vai à praia é chegar bem cedo, antes do sorveteiro, quando o sol ainda está fraco e as famílias estão chegando. Muito bonito ver aquelas pessoas carregando vinte cadeiras, três geladeiras de isopor, cinco guarda-sóis, raquete, frango, farofa,toalha, bola, balde, chapéu e prancha, acreditando que estão de férias. Em menos de cinqüenta minutos, todos já estão instalados, besuntados e prontos pra enterrar a avó na areia. E as crianças? Ah, que gracinhas! Os bebês chorando de desidratação, as crianças pequenas se socando por uma conchinha do mar, os adolescentes ouvindo walkman enquanto dormem. As mulheres também têm muita diversão na praia, como buscar o filho afogado e caminhar vinte quilômetros pra encontrar o outro pé do chinelo. Já os homens ficam com as tarefas mais chatas, como furar a areia pra fincar o cabo do guarda-sol. É mais fácil achar petróleo do que conseguir fazer o guarda-sol ficar em pé. Mas tudo isso não conta, diante da alegria, da felicidade, da maravilha que é entrar no mar! Aquela água tão cristalina, que dá pra ver os cardumes de latinha de cerveja no fundo. Aquela sensação de boiar na salmoura como um pepino em conserva. Depois de um belo banho de mar, com o rego cheio de sal e a periquita cheia de areia, vem àquela vontade de fritar na chapa. A gente abre a esteira velha, com o cheiro de velório de bode, bota o chapéu, os óculos escuros e puxa um ronco bacaninha. Isso é paz, isso é amor, isso é o absurdo do calor! Mas, claro, tudo tem seu lado bom. E à noite o sol vai embora. Todo mundo volta pra casa tostado e vermelho como mortadela, toma banho e deixa o sabonete cheio de areia pro próximo. O shampoo acaba e a gente acaba lavando a cabeça com qualquer coisa, desde creme de barbear até desinfetante de privada. As toalhas, com aquele cheirinho de mofo que só a casa da praia oferece. Aí, uma bela macarronada pra entupir o bucho e uma dormidinha na rede pra adquirir um bom torcicolo e ralar as costas queimadas. O dia termina com uma boa rodada de tranca e uma briga em família. Todo mundo vai dormir bêbado e emburrado, babando na fronha e torcendo, pra que na manhã seguinte, faça aquele sol e todo mundo possa se encontrar no mesmo inferno tropical. (Autor desconhecido)

domingo, 8 de janeiro de 2017

Amor nas estrelas

Sempre irei ao firmamento para alcançar as estrelas.
É assim o amor. Todo o esforço deve ser recompensado.
Mas, às vezes o amor não correspondido, faz-te esmorecer.
Mas não desistas, porque se o perdes lutando, é porque tentastes.
Por isso é bom lembrares, que as flores despetaladas não significam o fim.
Poderá ser o recomeço, se alimentares esse esforço.
Será o fim, caso não consigas regar essa flor com paciência e carinho, apagando- se também o brilho desse astro.
Crês na tua intuição, não desistas.
Eu aposto no amor.
E tu amarás muito mais a quem te desprezou.

Mentiroso diz a verdade!


Quem me chama de mentiroso, mente demais.
Quem diz que eu só falo mentiras, comete uma fraude.
Deveria não mentir e falar pelo menos uma vez a verdade.
A verdade é que eu não minto.
Se eu mentisse para você a verdade viria à tona.
E toda a mentira cairia por terra.
Você é a minha verdade, isso não é mentira.
Portanto não ajo com falsidade. Fique tranquila que eu não sou um enganador.
Palavra de quem não é embusteiro.
E também é verdade que todo mentiroso nem sempre fala mentiras.
Mentiras na verdade são ardilosas.
Porque com mentiras na verdade acaba um grande amor.
E o meu amor é maior que a mentira que inventam. Verdade!

sábado, 7 de janeiro de 2017

Ulisses, amizade de 50 anos.

Ulysses, amizade de 50 anos

O primeiro emprego nunca se esquece. Isso aconteceu em 1967. Eu não conhecia a cidade, enfrentei uma fila que se estendia da Rua Santa Luzia, 798 e contornava a Av. Rio Branco senão me engano o numero 251. Lá fui entrevistado pelo senhor "Hélio Correa", responsável pelo RH da The Sydney Ross Co. Ele me perguntara se eu conhecia os Ministérios e ruas dos arredores do Castelo e Candelária e minha única resposta foi que não conhecia nada. Fora-me perguntado por que eu iria trabalhar na profissão de aprendiz de arquivista, que na realidade era estafeta, se eu não conhecia nada. A minha resposta intempestiva, coisa de rapaz de 16 anos foi de que se eu não aprendesse ali, eu iria tentar em outro lugar. O finado representante da empresa solicitou a sua secretária que me admitisse e que dispensasse a longa fila de candidatos que almejavam o emprego. Para mim foi um alivio. No dia seguinte fui apresentado ao meu também finado chefe "Ferreira" que me orientou o serviço que me fora ofertado. Sofri bastante porque naquela época havia racionamento de luz e eu trabalhava no décimo sexto andar e os chefões norte americanos não gostavam de descer e subir escadas e a mim era também confiada essa tarefa de compra de almoço, lanche etc, razão pela qual herdei algumas varizes, mas felizmente ainda não me incomodam.
Após três meses me fora confiado o armário de produtos farmacêuticos e perfumarias.  O controle era rígido. Eu recebia, expedia e controlava os produtos e a retirada de "free goods" só poderiam ser feitas com autorização das requisições de algumas chefias designadas por setor. Trabalhei internamente recolhendo marmitas, distribuindo cartas e encontrei no décimo andar uma pessoa que me auxiliou muito nessa trajetória. Seu nome "Ulisses Ferreira de Souza". Isso depois de eu fazer parte da contadoria chefiada por "Paulo Sérgio Bomfim". Após seis meses, "Ulisses" me convidou para trabalhar na seção de  faturamento. Lá aprendi tudo sobre estoque, custos e vendas. Em 1977 saí da empresa para tentar novos ares, mais isso é outra história, Mas o companheiro e compadre "Ulisses" foi fundamental para o meu desenvolvimento profissional, e na Caixa Econômica Federal, aonde apliquei todo o meu conhecimento de contabilidade, e que fora também o meu ultimo emprego até a aposentadoria. Agradeço mais uma vez ao companheiro "Ulisses" nessa caminhada nada fácil e que eu me senti honrado de participar tanto na vida profissional como também na particular da família Souza. Muito obrigado pelos cinquenta anos de lutas e conquistas. Valeu o ouro!


O movimento de translação do Rio de Janeiro

Estamos em janeiro de 2017, e o Estado do Rio de Janeiro girando vagarosamente em torno de Brasília. Com o pires na mão, ou melhor, Pezão, o nosso governador, se equilibra sobre uma bola de dívidas que assola nosso Estado. E nesse vai e vem de bloqueios com a ajuda do STF em cassar liminares do Ministério Público do Rio, continuamos estagnados nessa conturbada situação após a copa do mundo e jogos olímpicos. Ele merece uma medalha, porque ficar se equilibrando há meses nessa circunferência exige muita aplicação, prejudicando a rotação da mesma, em torno de nós honrados moradores dessa bonita parcela da federação. O Rio de Janeiro precisa sair dessa situação caótica através de redução de despesas e incentivar com seriedade a cultura, esportes e gastronomia entre outras atividades. Devemos enfrentar o grave problema cortando despesas e aumentando receita. Para isso é necessário união e esforço conjunto entre poderes. Seria de bom alvitre que nosso governador acelerasse a rotação de nosso Estado, com os pés no chão, e dentro do nosso próprio eixo resolver os nossos problemas antes que seja anunciada a intervenção federal no Rio de Janeiro.

sexta-feira, 6 de janeiro de 2017

Fim de ano

Todo o ano é a mesma coisa. Congratulações, abraços fraternos, abraços falsos, enfim, desejos de prosperidades para o ano que se inicia e falsos desejos para os que são conflitantes em suas emoções. E quando chega a meia noite com ou sem horário de verão vemos os céus cheios de fogos espocando como se enviassem esperanças aos sofridos trabalhadores. Nessa imensa queima de fogos não percebemos que os nossos salários corroídos pela inflação também ardem pelos esforços combalidos da imensa sociedade que trabalha com muita garra. E nesse vai e vem de ano, o que vemos é a situação cada vez pior, e o que realmente cresce em nós é a inevitável velhice.  Assim, eu fico impressionado com as mazelas dos governantes desse país em todas as esferas que dizem que irão resolver pendências de governos anteriores e nos quatro anos seguintes a situação piora por desmando. E assim seguimos nós, resignados pela farta falta de consciência desses políticos em coadunar-se com a postura de cidadão eleito pelo povo. Nos jornais só se registram tramoias, conchavos, favorecimentos, ilícitos e assim sucessivamente. Agora teremos o carnaval, onde o povo extravasa a sua alegria momentânea, queima de estoques para renovação de produtos, enquanto os desempregados lutam para pelo menos levarem um litro de leite para seus filhos. No final de mais um ano, mais fogos serão lançados aos céus e se estivermos vivos veremos o firmamento alegre e mais um ano de senilidade argumentando que dias melhores virão, mas nem todos verão, tanto na forma substantiva como na verbal. Quem viver verá!