Não importa que sigamos caminhos
distintos.
Não importa que pensemos diferente.
Não importa que digamos aos
outros as nossas frustrações.
Não importa que ouçamos dos
outros, opiniões divergentes.
Não importa que estejamos em
desigualdades.
Não importa que nossas mútuas
acusações recaiam sobre um de nós.
Não importa que nos acusemos de
afirmações desleais.
Vivencio cotidianamente dessas conversas
entre passageiros.
Fico calado e observo pelo
espelho retrovisor as feições desses passageiros colados ao celular.
Alguns destilam ódio, outros
compartilham alegrias e os demais a pedirem conselhos.
Dirigir tornou-se terapia. Alguns
passageiros tecem opiniões relevantes outros desmerecedores de avaliações.
Nós motoristas partilhamos
freneticamente dos mais diversos comentários de passageiros.
Agora sei por que colocaram o
nome UBER. Ao contrário REBU.
As palavras dos passageiros na
sua maioria são praticamente ocasionadas por rebu, onde canso de ouvir
confusões, desordens e brigas virtuais.
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