quinta-feira, 10 de abril de 2025

O meu bloco de carnaval.

Hoje é um dia especial. Eu quase não dormi. Acordei bem cedo. É o primeiro dia de carnaval. Espero ansiosamente pelo bloco da esperança com as emoções renovadas, onde a alegria me extasia com a passagem da minha amada ‘colombina’, que sempre desfila com graça e exuberância em meus sonhos de prazer e que por instantes iluminará esse meu grande dia de ansiedade e muita gratidão de novamente revê-la. Estou fantasiado de ‘arlequim’, com cores e brilhos, aquele que procura sua amada em palcos de teatros, mas introspectivo e honesto, como ‘pierrô’, apesar de guardar um sentimento puro e profundo, declarado em cartas que nunca foram entregues por sofrer várias desilusões amorosas. Embora eu esteja convicto dessa atração de paixão ardente, por onde a distância se interpõe, há um silêncio entre mim e ela. Nessa grande festividade, fez-me refletir sobre os blocos de sujo, em que os mascarados escolhem cuidadosamente o que mostrar e o que esconder. Alguns se vestem de sorrisos para ocultar dores, outros usam arrogância para disfarçar inseguranças. Cada um constrói sua própria ilusão, ajustando a máscara conforme a ocasião. O meu disfarce na fantasia, no teatro da vida, meus sentimentos são eternos, embora incompreendidos.

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