segunda-feira, 4 de março de 2024

Retrospectiva de um chefe de família.

 Penso que eu fui um bom pai. Casei-me cedo, com vinte e um anos e sem experiência, iniciei a vida, à (dois) com muita garra, alegria e determinação. Formei uma família, e rapidamente vieram os filhos. De início um casal em praticamente, dois anos. Eu não tinha tempo para descanso. Trabalhava arduamente em dois empregos, e às vezes uma folgazinha aos fins de semana. Mesmo assim, em todas as oportunidades de folga, eu não ficava em casa. Nós íamos à praia e almoçávamos fora além de irmos para a noitada nos divertir. Nada nos impedia da diversão. Deixávamos as crianças com uma conhecida senhora de confiança e frequentávamos a Ilha dos Pescadores. Alguns bares como o Rancho Verde, na Freguesia e o Rancho das Morangas em Sulacap. Todos com músicas ao vivo. As crianças estudaram inicialmente, o fundamental em creches particulares e depois em escolinhas públicas. No meio da década de setenta, a Tania, achou por necessidade, que as crianças teriam que estudar em escolas particulares, em razão da falta de contento com os ensinamentos do serviço público. E assim foi feito. Mas, antes disso, eu tentei passar para todos os meus filhos a compreensão e conhecimento da vida que determinam nossos pensamentos. Eu tinha assinaturas de revistas e jornais. Lembro-me que na década de sessenta eu fiz uma assinatura da revista ‘Seleções”. Fui assinante por mais de 25 anos. Eu tinha também, assinatura de um grande jornal ainda em circulação, aqui no Rio de Janeiro. Infelizmente era o Globo. Todos nós líamos os jornais e revistas que nós recebíamos. Essa assinatura, também permaneceu por anos. Creio que eu a encerrei nos anos noventa. Depois de catorze anos vieram Aline e Augustus. Com a Aline foi o mesmo procedimento. Sendo que aos cinco anos eu a coloquei no Instituto Geremário Dantas, no Campinho, uma escola católica. Por lá, ela estudou até o ginásio. Marcelo seguiu a vida dele. Casou-se novamente, porque a sua primeira esposa morrera bem jovem, aos dezenove anos de idade, e graças a Deus está bem com a sua mulher e os meus três netos. A primeira filha dele, do primeiro casamento é engenheira civil e não mora mais comigo. A Natália, também está bem encaminhada na vida Por força do meu trabalho, eu fui transferido para Itaguai, sendo obrigado a morar mais perto e eu escolhi fixar residência em Muriqui. A Aline terminou os estudos por lá, juntamente com Augustus. O Augustus não teve as regalias que os outros tiveram. No início da década de noventa eu fui visitar a Glaucia, já casada e residia em Brasília. Lá eu comprei o primeiro computador. Com a ajuda do equipamento, Augustus aprendeu bastante. Nessa época ele tinha cinco anos. Fiz uma festa de quinze anos para Glaucia com direito a cadete da Aeronáutica. Gastei com satisfação. Fiz um casamento de princesa para a Aline. Ela não quis festa de quinze anos e eu a compensei com a festa de casamento. Casou-se na Candelária e a festa foi no Museu da República, um órgão do Exército Brasileiro. Os tempos passaram e Tania e eu resolvemos retornar para o Rio de Janeiro para ficar mais próximos dos filhos. Hoje, aos setenta e quatro anos, sinto-me realizado e vejo que os meus esforços não foram debalde. Foram vários acontecimentos nesses cinquenta e tres anos de paternidade, o que demandaria um livro para cada caso detalhadamente. Julgo que eu cumpri o meu dever de pai e satisfeito com a contribuição e o progresso individual de filhos e netos, em suas vidas pregressas. Felizes daqueles que podem partilhar essas experiências de suas vidas. Estejam com Deus! Fé sempre!

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