quinta-feira, 28 de dezembro de 2017

Brasil, um velho pesadelo

Fim de ano chegando e eu sem esperança para o dia a dia do novo ano que se inicia. Passei por diversas dificuldades. O “poder” mais uma vez deixou a desejar. Desilusão com os três poderes da falida república. O Brasil foi uma locomotiva em alta velocidade sem maquinista deslizando sobre os trilhos com vários desvios. Desse transvio ela tombou, com a operação lava jato.  A tristeza bateu à porta dos brasileiros. Aqui no Rio de Janeiro a situação é pior. Funcionários do Estado sem salários, políticos presos, alguns presenteados por papai Noel, em casa. A violência aqui desencadeada por essa sociedade desigual em que a população na sua maioria fica acuada sob a tutela dos desmandos, sem perspectivas clama por uma voz alternativa para essa mudança. Não existe ordem e nós progressivamente descendo ladeira abaixo nessa enxurrada apoteótica sem direito a segurar no corrimão da justiça. O verbo “temer” na terceira pessoa no futuro do subjuntivo é nossa preocupação. Que isso não seja tema para as votações que se aproximam. Como em Brasília, o carnaval daqui, em fevereiro do próximo ano, também exigirá aportes da iniciativa privada, por falta de dinheiro, segundo nosso prefeito Crivella. Em junho mais carnaval com a realização da copa do mundo na Rússia. Esta também com fama de suborno de seus dirigentes juntamente com os países participantes. Em outubro novamente a enganação das eleições com os poderosos renovando suas pretensões nas reeleições juntamente com seus familiares. Sem nada acrescentar 2018 para mim será mais um ano de decepção. Eu gostaria de ser a resplandecente estrela da bandeira do Pará, isolada na nossa linda bandeira brasileira enviando facho de luz para que haja “Ordem e Progresso”. Não existe progresso sem ordem. Nós brasileiros envergonhados, rezamos na esperança de que dias melhores virão. Que assim seja!

domingo, 24 de dezembro de 2017

Rebu

Não importa que sigamos caminhos distintos.
Não importa que pensemos diferente.
Não importa que digamos aos outros as nossas frustrações.
Não importa que ouçamos dos outros, opiniões divergentes.
Não importa que estejamos em desigualdades.
Não importa que nossas mútuas acusações recaiam sobre um de nós.
Não importa que nos acusemos de afirmações desleais.
Vivencio cotidianamente dessas conversas entre passageiros.
Fico calado e observo pelo espelho retrovisor as feições desses passageiros colados ao celular.
Alguns destilam ódio, outros compartilham alegrias e os demais a pedirem conselhos.
Dirigir tornou-se terapia. Alguns passageiros tecem opiniões relevantes outros desmerecedores de avaliações.
Nós motoristas partilhamos freneticamente dos mais diversos comentários de passageiros.
Agora sei por que colocaram o nome UBER. Ao contrário REBU.

As palavras dos passageiros na sua maioria são praticamente ocasionadas por rebu, onde canso de ouvir confusões, desordens e brigas virtuais.