Fim
de ano chegando e eu sem esperança para o dia a dia do novo ano que se inicia.
Passei por diversas dificuldades. O “poder” mais uma vez deixou a desejar. Desilusão
com os três poderes da falida república. O Brasil foi uma locomotiva em alta
velocidade sem maquinista deslizando sobre os trilhos com vários desvios. Desse
transvio ela tombou, com a operação lava jato. A tristeza bateu à porta dos brasileiros. Aqui
no Rio de Janeiro a situação é pior. Funcionários do Estado sem salários, políticos
presos, alguns presenteados por papai Noel, em casa. A violência aqui desencadeada
por essa sociedade desigual em que a população na sua maioria fica acuada sob a
tutela dos desmandos, sem perspectivas clama por uma voz alternativa para essa
mudança. Não existe ordem e nós progressivamente descendo ladeira abaixo nessa
enxurrada apoteótica sem direito a segurar no corrimão da justiça. O verbo “temer”
na terceira pessoa no futuro do subjuntivo é nossa preocupação. Que isso não
seja tema para as votações que se aproximam. Como em Brasília, o carnaval daqui,
em fevereiro do próximo ano, também exigirá aportes da iniciativa privada, por
falta de dinheiro, segundo nosso prefeito Crivella. Em junho mais carnaval com
a realização da copa do mundo na Rússia. Esta também com fama de suborno de
seus dirigentes juntamente com os países participantes. Em outubro novamente a
enganação das eleições com os poderosos renovando suas pretensões nas
reeleições juntamente com seus familiares. Sem nada acrescentar 2018 para mim
será mais um ano de decepção. Eu gostaria de ser a resplandecente estrela da
bandeira do Pará, isolada na nossa linda bandeira brasileira enviando facho de
luz para que haja “Ordem e Progresso”. Não existe progresso sem ordem. Nós
brasileiros envergonhados, rezamos na esperança de que dias melhores virão. Que
assim seja!
quinta-feira, 28 de dezembro de 2017
domingo, 24 de dezembro de 2017
Rebu
Não importa que sigamos caminhos
distintos.
Não importa que pensemos diferente.
Não importa que digamos aos
outros as nossas frustrações.
Não importa que ouçamos dos
outros, opiniões divergentes.
Não importa que estejamos em
desigualdades.
Não importa que nossas mútuas
acusações recaiam sobre um de nós.
Não importa que nos acusemos de
afirmações desleais.
Vivencio cotidianamente dessas conversas
entre passageiros.
Fico calado e observo pelo
espelho retrovisor as feições desses passageiros colados ao celular.
Alguns destilam ódio, outros
compartilham alegrias e os demais a pedirem conselhos.
Dirigir tornou-se terapia. Alguns
passageiros tecem opiniões relevantes outros desmerecedores de avaliações.
Nós motoristas partilhamos
freneticamente dos mais diversos comentários de passageiros.
Agora sei por que colocaram o
nome UBER. Ao contrário REBU.
As palavras dos passageiros na
sua maioria são praticamente ocasionadas por rebu, onde canso de ouvir
confusões, desordens e brigas virtuais.
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