quarta-feira, 10 de janeiro de 2024

A neve.

Acordei bem cedo e olhei pela fresta da minha janela, um chão bem claro e completamente branco. Fixei atentamente as minhas vistas e percebi duas pegadas de pássaros no soalho. Os contrastes de poucos verdes dos pinheiros com a branca paisagem transmitem esperança e paz. Nesse frio intenso, onde as minhas mãos agasalhadas fazem círculos sobre a embaçada vidraça, como em gotas, as brancuras vindas do céu, transformam-se amor e paixão. Os animais sentem essas distinções e acasalam-se em sua plenitude, independentemente do clima. Nós, humanos, não nos apercebemos o que a natureza nos preserva. O sangue que bombeia o meu coração sempre abrigará as evidências. Esses vestígios eu carregarei para onde eu for deslizando na neve do meu amor.


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