sexta-feira, 23 de setembro de 2022

Uma pedra no passado

 

Ali, no jardim, estão depositadas todas as minhas esperanças.

As flores desabrocham e exalam cheiros ao sabor do vento, assim como os seus, fazem o meu coração pulsar intensamente.

Se seu amor é somente meu, serei sempre feliz.

Também são seus, exclusivamente, os meus versos de sonhos e benquerer. O passado já não existe mais. Minhas frases são recheadas de afetuosidade e expectativas.

As nossas lembranças, à vida não destrói. Pelo contrário, o tempo nos permite revivê-las.

Se você, assim como eu, sentir saudades, vá sem medo àquele jardim.

Colha todas as rosas, margaridas, hortênsias, e tudo o mais.

Recolha ainda, minhas estrofes, com as letras de amor, que lá, você as deixou ou esqueceu.

E para a minha alegria, pegue em pedaços, a agonia, dos versos de amor que ficou.

quinta-feira, 8 de setembro de 2022

A nossa segunda vez na Suíca - Parte 4

 

Hoje, 1 de setembro, um dia especial. A nossa filha Glaucia faz mais uma primavera. Acordei um pouco mais cedo e depois das dez e meia nós fomos tomar café. O Markus também ficou em casa. Depois de meio-dia Markus foi trabalhar, conversamos um pouco com Aline pelo zap e em seguida fomos à Brugg comprar uma máquina que Aline havia pedido e alguns objetos para levarmos ao Brasil. Depois das quinze horas retornamos para casa. Eu recolhi as roupas lavadas que estavam no varal. Ajudei a Glaucia fazer um bolo de coco e uns salgadinhos para comemorarmos o aniversário dela. Por volta das dezenove horas, Markus chegou e nós já havíamos tomado banho. Em seguida fomos a Mellingen, um bairro próximo daqui almoçar. O almoço foi no Restaurante Löwen, em Melligen/Aargau e transcorreu muito bem. Éramos somente quatro pessoas: Beat, Markus, Glaucia, Tania e eu. Saímos de lá depois das vinte e uma horas e fomos à Bremgarten. Um local muito bonito com prédios, lojas antigas e a partir do ano mil e duzentos. Lá existe uma estrada que agora está desativada a carros que ligava Lensburg a Zurique. Era uma das estradas mais movimentadas da Suíça. A Glaucia tirou algumas fotos nossas e com ela a margem do rio Reuss. Já eram vinte e três horas, nos despedimos do Beat e retornamos para casa. Não chegamos a cantar os parabéns para Glaucia e nem comermos o bolo e salgadinhos. Estávamos satisfeitos. Em seguida fomos dormir. Antes eu tentei assistir a um filme, mas acabei desligando a televisão. Hoje, 2 de setembro, acordei cedo, mas Tania e eu não tomamos café com a Glaucia. Estávamos indispostos. A Glaucia foi trabalhar Markus ainda está dormindo e nós ficamos no quarto. Depois nós dormimos novamente e quando nós acordamos Markus já havia saído. Tomamos o nosso café, coloquei as louças na máquina e coloquei para lavar, juntamente com as louças de ontem. Hoje a Aline não foi trabalhar. É feriado no Rio de janeiro. O Rock in Rio começa hoje. Tania e eu almoçamos po volta das dezessete horas. Um pouco mais tarde a Glaucia chegou do trabalho. Em seguida o Markus também. Tania e eu passamos o dia praticamente vendo televisão. Estava frio. Nós não lanchamos e por volta da meia-noite, fomos dormir. Hoje, 03 de setembro, acordamos um pouco tarde, mais dispostos. Nós quatro tomamos café, conversamos um pouco, coloquei as louças na máquina e fui para o quarto. Por volta das catorze horas, Markus chamou-nos para abastecermos o ‘Herbie’, então, seguimos para Waldshut Tiengen, na Alemanha. Lá enchemos o tanque e fomos conhecer a cidade. Nós sentamos em uma sorveteria, lanchamos e em seguida fomos explorar a região. Visitamos o castelo que estava fechado, a igreja católica, linda por sinal. Visitamos também uma torre com aproximadamente trinta e cinco metros de altura. De lá avistamos panoramicamente a cidade e os seus arredores. Mais tarde retornamos para casa. Paramos em um trailer na beira da estrada e Markus comprou quebaps que comemos por lá mesmo. Às dezenove horas chegamos a nossa casa. Tomei um banho e fui ajudar a Glaucia a fazer as nossas 5 malas de viagens, sendo três de porão e duas de mão, encerrando essa árdua tarefa às vinte e quatro horas. Depois fomos dormir. Hoje, 04 de setembro, um dia especial. Tania e eu estamos fazendo cinquenta e um anos de casados. Hoje também é o aniversário do mano Marco Aurélio. Acordamos tarde. Não consegui dormir essa noite. Deve ser a ansiedade que antecede a viagem. Levantamos depois de meio-dia. Tomamos café, Glaucia, Tania e eu. Markus já havia ido para Harkingen, coordenar e fazer preleção de seus jogadores para o jogo da liga esportiva. Coloquei a louça na máquina e acionei o seu ligamento. Depois das doze e trinta, Beat chegou em sua maravilhosa BMW. Ele trouxe um buquê de rosas lindas para Tania. Fiz-lhe um cafezinho. Glaucia aparou o meu cabelo, tomei um banho e fomos ao encontro de Markus, juntamente com o amigo Beat. Lá almoçamos, tomamos agua, tudo pago pelo Beat. O time do Markus não foi bem perdeu por dois gols e está na nona colocação. Saímos de lá um pouco chateados e chegamos a nossa casa às vinte e uma e trinta. Em seguida falamos com Aline e depois com o mano Marco. Às vinte e duas horas eu fui dormir. Tania e Glaucia ficaram conversando no quarto. Hoje, 05 de setembro, acordamos cedo, tomamos café rapidamente, e fui apanhar o carro na floresta. Em seguida levamos Markus ao Kantonsspital, em Baden. Ele fará uma cirurgia de hérnia umbilical. De lá retornamos para casa. Retirei as louças da máquina e coloquei-as em seus devidos lugares. As louças sujas de hoje entraram na máquina novamente. Ao meio-dia eu desci para aspirar o ‘Herbie’ e ajudar a Glaucia estenderas roupas no varal. Às dezesseis horas almoçamos. Coloquei as louças na máquina. Logo depois, Markus ligou do hospital. A cirurgia foi um sucesso. Ele está lúcido e disse que a Glaucia que ficará hoje no hospital, em observação, o que é procedimento normal. Glaucia e eu tentamos fazer o check-in, mas não foi possível. O site não estava abrindo. Por volta de uma hora da madrugada eu fui dormir. Hoje, 06 de setembro, eu acordei às oito horas da manhã. Glaucia, Tania e eu tomamos café, coloquei as louças na máquina e aguardei o que a Glaucia iria fazer. Por volta das onze horas, nós três fomos ao aeroporto tentar fazer o check-in e pagar por uma mala extra. Os guichês da Ibéria estavam vazios. Ninguém para informar sobre o voo para o Brasil. No caminho Glaucia recebeu uma ligação do Markus. Ele não passou bem à noite e que ficaria hoje no hospital. Lá no aeroporto de Zurique, também não obtivemos sucesso. Fomos informados pela atendente que a Ibéria só realiza os procedimentos no dia da viagem. Portanto, somente amanhã é que resolveremos esse problema. De lá fomos à Stallikon, para o trabalho da Glaucia. Aramos no Coop para ela comprar um lanche. Deixei-a no local de trabalho e voltei para a nossa casa. Chegamos na nossa casa às catorze horas. Fui ao Volg comprar um sanduiche e salada, para almoçarmos. Logo mais o senhor Beat virá para cá. Ele dormirá aqui para nos levar amanhã cedo, ao aeroporto de Zurique. Glaucia temperou um frango. A janta será; arroz, frango, salada e farofa. Já eram dezesseis horas, quando Glaucia ligou pedindo para adiantarmos a comida, porque ela queria visitar o Markus no Kantosspital. Chegamos lá por volta das dezessete e trinta. Nós Conversamos com Markus eu está se restabelecendo da cirurgia. Ele está sentindo um pouco de dor. Inclusive ele estava vindo de maca no corredor. Por volta das dezoito horas, saímos do hospital e fui levar a Glaucia para o curso de alemão eu ela está fazendo. De lá seguimos para a nossa casa e terminamos de aprontar a comida. Já eram dezenove e trinta, quando Glaucia ligou que estava retornando com o senhor Beat. Às vinte horas, nós quatro jantamos. Nisso apareceu a dona Leonor eu despediu-se da gente. Sem obter o número do cartão pela internet, porque a Ibéria estava em greve, fomos dormir depois da meia-noite. Hoje, 07 de setembro, o nosso último dia na Suíça. Acordei muito cedo, antes das cinco horas da manhã. A Tania foi tomar banho. Em seguida Glaucia acordou. O senhor Beat já estava acordado na cozinha. A Glaucia preparou o nosso café e após coloquei as louças para lavar. Depois fui ao quarto para colocar minhas roupas. Em seguida fui a floresta pegar o ‘Herbie’ para colocar as cinco malas nele, enquanto o senhor Beat tomava banho. Com as malas arrumadas no carro, nós seguimos viagem a direção ao aeroporto de Zurique. Encontramos muito engarrafamento em virtude de engavetamento envolvendo vários carros na pista. Lá no aeroporto aguardamos um pouco no guichê da Ibéria. Por sorte, o atendente era brasileiro e morou em Copacabana, segundo ele, com a sua mãe. Aí ficou mais fácil. Despachamos as três malas de porão, sendo que a Glaucia pagou uma por excesso de bagagem. Custo da proeza foi de cem francos suíços. Sentamos por quinze minutos no saguão de embarque, tomamos agua e em seguida nos dirigimos ao embarque com os cartões validados rumo à Madri. Glaucia e Tania choraram. Coisa normal de despedida. Agradeci ao senhor Beat, pela sua presteza em nos levar até ao aeroporto e por tudo eu fez por nós nesses oitenta e cinco dias. Por volta das onze horas decolamos ao nosso destino. Lá, a Tânia saiu de cadeira de rodas para locomoção e ficamos por mais de nove horas aguardando o voo para Guarulhos. Os guichês da Latam estavam fechados. Aproveitei para comprar dois sanduíches e uma garrafa de refrigerante. Às sete horas da  noite fomos para o setor que libera os cartões de embarque e expediram os cartões Madri para Guarulhos e de Guarulhos ao Rio de Janeiro. Depois de rodar alguns metros interpelei dois funcionários do aeroporto e fui informado que para chegar ao setor de embarque eu teria eu pegar uma condução. Uma das funcionárias do aeroporto auxiliou-nos até ao estacionamento onde estava o veículo. Rodamos pelo local por mais de quinze minutos e enfim, chegamos a uma sala que é obrigatória transitar para fiscalização e escaneamento minuciosamente das nossas malas e carimbos dos passaportes de saída da Europa. Em seguida Tania deu uma gorjeta de dez reais para o atendente. As vinte e duas e vinte, entramos na aeronave, rumo ao Brasil. A viagem transcorreu normalmente. Às quatro da manhã chegamos a Guarulhos. Depois, outro atendente do aeroporto trouxe outra cadeira de rodas para apanharmos as nossas malas no setor de bagagem, a fim de validar nossos cartões de embarque para o Rio de Janeiro. Feito isso, fomos para sala de espera destinada a cadeirantes e ficamos mais de duas horas lá. Enquanto nós esperávamos eu fui ao dutyfree comprar duas caixas de chocolates para Aline. Depois de uma longa espera, mandaram-nos para a sala de embarque e mais uma vez aguardamos por um longo tempo para entramos na aeronave, pois tivemos que passar pela fiscalização da policia federal e mais uma vez escanearam nossas malas. Depois Tania deu mais dez reais ao atendente de Guarulhos. Às sete horas da manhã, seguimos ao Rio de Janeiro e desembarcamos no Galeão ás oito horas da manhã. Logo, Marcelo chegou, colocou as malas no meu carro que estava com ele e rumamos para a Praça Seca. Depois desfizemos das malas, Tania separou alguns mimos e doces para levar para Santa Cruz da Serra. Às duas horas seguimos para Caxias. Levei um notebook que a Glaucia me deu para o Marcelo formatar. Em seguida almoçamos no Raimundão. Depois, fomos a uma loja nas redondezas e compramos uma bicicleta rosa, já montada, para Carolina e depois fomos para casa do Marcelo. Depois de conversarmos vários assuntos, Tania e eu voltamos para casa, tomamos um banho e fomos dormir. Essa foi a nossa saga de oitenta e cinco dias na Europa.