quinta-feira, 30 de junho de 2022

A nossa segunda vez na Suíça - Parte 1

 

Dia 13 de junho de dois mil e vinte e dois. Esse foi mais um dia marcante para as nossas vidas. Tania e eu, pegamos um Uber, às onze horas da manhã, com um motorista solícito, na Praça Seca, em Jacarepaguá. Acanhadamente ele pediu-me para fazer uma breve parada no posto de gasolina, a fim de reabastecer o seu automóvel com o famoso GNV, pelos constantes aumentos de combustíveis. Em seguida fomos ao aeroporto ‘Santos Dumont’, no centro da cidade, a fim de embarcarmos à Guarulhos, dando início a nossa saga, rumo à Suíça. Lá no ‘Santos Dumont’, nós despachamos as nossas malas, que de acordo com a atendente, seguiriam diretamente ao meu destino final, que seria Zurique. Ainda no aeroporto eu fui obrigado a baixar no meu celular as certidões das vacinas da Covid em idioma inglês. Causou-me estranheza esse fato, pois no dia anterior eu havia ligado para o Consulado Suíço e falado diretamente com o cônsul, o qual o nome não me recordo, aqui do Brasil, das necessidades prementes para àquele país e nós fomos informados que não era preciso quaisquer documentações nesse sentido, apesar de estarmos imunizados com a quarta dose da vacina. Com a viagem transcorrida em sua normalidade, aterrissamos em Guarulhos. Lá encontrei o primeiro obstáculo. Os bilhetes de viagem para Milão não estavam disponíveis para nós. Então tivemos que fazer uma verdadeira peregrinação no aeroporto de Guarulhos que é enorme, e a Tania com dificuldades de locomoção em virtude de problemas no joelho sofreu bastante, rumo ao boxe internacional. Às dezessete horas, já estávamos sentados em nossas poltronas, quando foi detectado um novo problema na aeronave. As luzes do salão, ao nosso lado esquerdo piscavam intermitentes e a aeromoça informou-nos que por isso, haveria atraso em nossa decolagem. Por volta das dezoito horas e trinta minutos, o avião alçou voo, com retardamento aproximado em uma hora. Aí a nossa preocupação ficou maior, porque lá em Milão nós teríamos somente cinquenta e cinco minutos para fazer a transferência de avião rumo á Milão, com o embarque previsto para às dez horas e quarenta minutos. Não deu outra. Já em 14 de junho, nós chegamos a Milão por volta das dez e vinte, em um dia acalorado, e com muito sol. Nós tivemos que passar pela polícia federal daquele local, para o visto em nossos passaportes, que perduraram em torno de quinze minutos, aproximadamente, em virtude da extensa fila de pessoas de várias nacionalidades, e consequentemente perdemos nosso voo. Aí a situação complicou-se de vez. Eu andei por vários locais para saber como remarcar a viagem, até nosso destino final, e não entendíamos nada do idioma italiano. Por diversas vezes interpelei várias pessoas, que me desnorteavam com informações cantaroladas em italiano e algumas pessoas de outras nacionalidades também, entreolhavam-se incrédulas. Tanto, que encontramos uma brasileira de Goiânia que não sabia onde estavam as suas malas. Nesse momento eu já me via como protagonista da continuação do filme ‘O Terminal’ não por não pela inexistência da ‘Krakozhia’, mas pelas dificuldades em resolver os nossos dilemas de transferências de viagem. Após duas horas de angústia eu consegui com o meu inglês básico do científico conversar com uma atendente diligente que com presteza remarcou a finalização de nossa viagem, com destino a Zurique. Às quinze horas, finalmente, embarcamos de Milão, rumo ao nosso destino, menos tenso e pedimos a aeromoça água para acalmar nossos nervos. Já no terminal de Zurique, por volta das dezesseis horas, nós encontramos a Raquel, nosso braço direito. Ela é portuguesa e muito engraçada. Com prestimosidade, ela prontamente, agilizou uma cadeira de rodas para a Tania e seguimos ao setor de bagagens para apanharmos nossos pertences. Lá, outra decepção. As nossas malas haviam sumido. Registramos a ocorrência no setor de despachos. Na saída o meu genro Markus, juntamente com o nosso amigo de longas datas, o Beat, nos aguardavam no saguão daquele majestoso aeroporto. Por volta das dezoito horas, já em casa nós lanchamos e esperamos a nossa filha Glaucia chegar do extenuante trabalho. Conversamos sobre vários temas, inclusive das frustrações sofridas durante a nossa jornada de vinda. Por volta das duas horas da manhã, adormecemos extenuados. No dia 15 de junho, acordamos mais dispostos. Tomamos o café da manhã e nos despedimos da Glaucia, que seguiria mais uma vez para o seu trabalho. O Markus operou o pé esquerdo e consequentemente está tirando umas férias forçadas. Na parte da manhã nós fomos ao castelo medieval do ano de mil e quatrocentos, chamado: ‘Schloss Lensburg’. É um monumento localizado no cantão Wildegg, onde se lê Museum Aargau. Esse castelo abriga um acervo incomensurável. Vimos inúmeros objetos, inclusive vestimenta e armas usadas à época. Por volta das catorze horas, já em casa, recebemos a informação que uma de nossas malas estava no aeroporto. Nós ficamos contentes, mas apreensivos com relação à outra mala. O Markus preparou uma comida rápida, muito boa. Em seguida, repousamos em nosso quarto. Quando nós acordamos por volta das dezessete horas, outra informação do aeroporto: A outra mala foi localizada e que nós receberíamos às duas malas até a zero hora. Nós fomos informados que elas teriam sido extraviadas e enviadas para Portugal. Exatamente no horário combinado recebemos com muita alegria os nossos objetos, sem violações. Por volta das vinte horas a nossa filha chegou. Fizemos um lanche e fomos dormir. Hoje 16 de junho, mantivemos a rotina acordamos, tomamos café com a Glaucia e Markus. A Glaucia foi trabalhar e às dez horas, o Markus foi à cidade resolver problemas pessoais. As treze e trinta, Markus, Tania e eu almoçamos. Em seguida, Markus partiu para a rua, a fim de resolver pendencias particulares. Às dezenove horas, o Markus já havia retornado para casa e nos convidou para apanhar a Glaucia em Brugg, distante daqui, quatro quilômetros, aproximadamente. Na volta eu pilotei um carro automático da marca Skoda. Eu fiquei um pouco apreensivo e enfim, chegamos, em casa. Em seguida lanchamos, conversamos um pouco, falando com familiares do Brasil, pelo Zap e às duas horas da manhã, tomamos banho e fomos dormir. Hoje, dia 17 de junho, a Glaucia nos acordou, para tomarmos café, juntos e em seguida ela foi trabalhar. Às dez horas, Markus nos convidou para conhecermos a cidade velha de Brugg. Nós tiramos várias fotos, conhecemos parques, museus e jardins, da época que os romanos governavam a cidade. Tomamos café em um recanto intitulado hospital psiquiátrico, onde os atendentes são pacientes recuperados. Fomos bem recepcionados e em seguida seguimos nossos caminhos. Eu fiquei impressionado com a arena construída por Tibérius, imperador romano, há dois mil anos. Por volta das catorze horas retornamos ao nosso lar, a Tania preparou o nosso almoço que já estava alinhavado. Almoçamos e fomos descansar. À noite a Glaucia chegou do trabalho, lanchamos e conversamos sobre a preparação de uma festa que seria realizada no seu local de trabalho.  Hoje. Dia 18 de junho, acordamos cedo, tomamos o café da manhã com o Markus e Glaucia. Em seguida a Glaucia encaminhou-se para o ponto de ônibus, aqui ao lado, a fim de seguir para o trabalho. Por volta dos treze e trinta o Markus nos levou aonde seria a festa. Essa festa foi realizada em um local como se fosse um sítio, com algumas unidades em alvenaria, onde residem cerca de quarenta e oito pessoas com deficiências intelectuais. Participamos da festa, almoçamos por lá e às vinte horas o senhor Beat, nos trouxe para casa. Já aqui em casa a Glaucia ligou a televisão e eu assisti à vitória do Vasco sobre o time Londrina por um a zero, e em seguida tomamos um banho fomos dormir. Hoje, domingo, dia 19 de junho, nós acordamos um pouco mais tarde. A Glaucia e eu tentamos armar uma porta. Como aqui não se pode fazer barulho aos domingos, o Markus solicitou que nós parássemos de montar. Nós guardamos o material e eu pretendo amanhã dar sequência ao serviço de montagem. Como hoje é dia de descanso, nós resolvemos ficar em casa. Eu assisti à vitória do Atlético Mineiro sobre o Mengão e às duas horas da manhã, nós fomos dormir. Hoje, dia 20 de junho, a Glaucia saiu mais tarde para o trabalho. Ela me ensinou a colocar roupas na máquina e ativar as lavagens. São quatro cestos para executar essas tarefas. A Tania varreu a casa, enquanto o Markus, trabalhava em home office. Eu tentei armar a porta, mas a Glaucia não tem a ferramenta necessária para dar continuidade ao serviço.  À noite a Glaucia chegou com a ferramenta que eu havia pedido, montamos uma mesinha na varanda que acessa a cozinha, que havia chegado pela manha, lanchamos, conversamos a cerca de seu trabalho e às duas horas da manhã, nós fomos dormir. Hoje, dia 21 de junho, acordamos no horário normal, tomamos café e comecei a montar a porta. Eu tive um contratempo na montagem e estou aguardando a Glaucia chegar para decidirmos o que iremos fazer. À noite, a Glaucia cumpriu mais uma vez a sua jornada de trabalho, inclusive voltando cedo, porque algumas pessoas do trabalho foram acometidas pela Covid, lanchamos, conversamos um pouco e fomos dormir depois da meia-noite. Hoje, 22 de junho, a Glaucia não foi trabalhar. Levantamos um pouco mais tarde, depois do café da manhã, nós fomos arrumar a garagem do Markus. Empilhamos várias cadeiras e mesas, que serão utilizadas em uma igreja que a Glaucia pretende fundar aqui em Mulligen. À tarde almoçamos, depois, recolhi as roupas do varal. A Tania arrumou a mala com objetos da Carolina e Aline, dobrou as roupas lavadas e entregou a Glaucia as roupas dela e do Markus. Por volta de meia-noite, fomos dormir. Hoje, 23 de junho. Acordamos cedo. Tomamos café da manha com Glaucia. O Markus ficou dormindo. Arrumei as louças do café na máquina de lavar e em seguida, a Tania e eu ficamos na internet. Depois fui ao mercado Volg e comprei seis garrafas de agua mineral. Como é cara a agua aqui. Custaram-me cinco francos e quarenta cents. À noite a Glaucia chegou cansada, lanchamos, conversamos sobre vários assuntos e fomos dormir. Hoje, 24 de junho. Dia de São João aqui não é comemorado. A Glaucia levantou indisposta e não foi trabalhar. Tomamos café e logo depois fizemos o roteiro da viagem que faremos à França, e em seguida fomos ao hospital em Baden. Pegamos um ônibus para Brugg, depois o trem para Baden. Lá, fizemos um lanche. Essa foi a primeira vez que viajamos de trem na Suíça.  A Gláucia encontrou um celular no balcão da cafeteria e entregou a vendedora. De lá pegamos outro ônibus, que estava lotado de crianças vindo da escola, e saltamos no hospital, onde a Glaucia foi fazer o teste de Covid. Feito isso, refizemos o itinerário de volta. Estava chovendo e muito frio. Encaramos a chuva na ida e na volta. Quando chegamos ao nosso lar o Markus já aguardara a Glaucia para um jantar com o pessoal do time de futebol, o qual ele é técnico. Tania e eu ficamos em casa. Mais tarde, lanchamos e fomos assistir um pouco de televisão. Por volta da meia-noite, eu assisti ao jogo Vasco contra o Operário. A Tania prostrada no sofá dormia. O vasco venceu a partida de três a zero. Mais tarde Markus e Glaucia chegaram do evento e fomos dormir. Hoje, 25 de junho, como sempre, acordamos, hoje um pouco mais tarde. Logo depois fomos à Alemanha, na cidade de Laufenburg. Nessa cidade os mercados são mais baratos. Nós visitamos várias lojas, fizemos as compras. À tarde voltamos para casa. O Markus parou o carro logo depois a divisa entre a Suíça e Alemanha e eu fotografei o local onde estavam as barreiras de concreto intercaladas nas vegetações, para que os tanques alemães não chegassem à capital Berna. Interessante esse local histórico. Chegamos a casa, a Glaucia fez uma comida rápida e em seguida fomos para Harkingen, assistir ao derby local, com o time do Markus. Após sucessivos confrontos, o time do Markus ficou em terceiro lugar. Por volta da meia-noite, saímos de lá com muita ventania e chuva. Chegamos mito tarde e fomos dormir depois das duas da manhã. Hoje, 26 de junho, domingo, acordamos tarde, tomamos café. Ajudei a Glaucia arrumar as compras de ontem. Mais tarde a Glaucia fez o almoço e depois fomos descansar. Não saímos hoje. Antes do almoço eu desci com a Glaucia e fomos ao porão, (keller) e fomos arrumar para dar mais espaço naquele local próximo à garagem. À noite, lanchamos e por volta da meia- noite, fomos dormir. Hoje, 27 de junho, acordamos mais dispostos, tomamos café, em seguida colocamos as roupas para lavar. Tinha muita roupa e eu ajudei a Glaucia estendê-las. Mais tarde, nós almoçamos, conversamos sobre a viagem a Paris e por volta das oito horas a Glaucia fez o culto semanal, o qual Tania, eu e mais três pessoas participaram, em seguida fizemos um lanche e depois fomos dormir. Hoje, 28 de junho, a Glaucia acordou mais cedo, pois, ela tinha que ir trabalhar. Tomamos café, o Markus estava indisposto e ficou na cama. Mais tarde o Markus acordou e foi para o trabalho. A Tania passou aspirador na casa e eu fiquei tocando piano. Mas para frente, quase seis horas da noite, a Glaucia ligou para mim, pedindo para apanhá-la no ponto. Ela estava com três bolsas pesadas com compras. Mais tarde, ela fez a janta e após a janta, conversamos. A Tania e a Glaucia foram para o ateliê e ela começou a organizar as suas caixas que estão em um armário. Depois da meia-noite, fomos dormir. Hoje, 29 de junho. Há cinquenta e quatro anos, Tania e eu, começamos a namorar. O Markus saiu para trabalhar cedo. Às sete e meia a Glaucia nos acordou para tomar café. Em seguida ela foi trabalhar. Eu tentei consertar o coletor de pó do aspirador, sem sucesso. Fiquei com medo de quebrar. Mais tarde ajudei a Tania fazer o almoço. Markus não veio almoçar. Em seguida a Tania foi bordar e eu tocar piano. Por volta das sete e meia da noite, fui apanhar as roupas que foram lavadas na corda do Keller, para a Tania dobrar e guardar. Logo, Glaucia e Markus chegaram do trabalho. Mais tarde, eles jantaram e Tania e eu fizemos um lanche. Por volta de uma hora da manhã, fomos dormir. Hoje, 30 de junho. Se a minha avó Lucia fosse viva, estaria fazendo aniversário, nesse dia. Acordamos para tomar café com a Glaucia. O Markus já havia saído para trabalhar. Coloquei as louças do café na máquina, como de costume e entrei na internet. Mais tarde fizemos o almoço. Por volta das dezenove horas o Markus chegou e em seguida foi a uma reunião com o pessoal do time de futebol. Mais tarde a Glaucia chegou, finalizou a arrumação no quarto em que estamos dormindo e por volta da meia note, lanchamos e fomos dormir.

sábado, 4 de junho de 2022

Pesadelo


O meu sonho era conhecer o velho mundo. Eu fui a uma daquelas ilhas da Europa e arranjei um tipo de hostel, um pouco precário, mas era o único local de hospedagem. O local era imundo, com muitos insetos que voavam freneticamente sobre mim. Assinei a lista de hóspedes e por coincidência só havia assinatura de um cliente, que por acaso, também era brasileiro. No caso, dois malucos e desbravadores em um lugar inóspito, sem telefone e internet, somente uma fraca energia elétrica, quase a luz de velas. Lá só havia um sinal de rádio que se comunicava com outra cidade bem distante, e aquele barulho agudo do transmissor irritava a qualquer um quando findava o dia. Na parte da manhã, Geraldo e eu seguíamos as trilhas litorâneas do esplendoroso lugar, sob o impiedoso sol, cercado de vegetações e frutas de todas as espécies, algumas nossas já conhecidas. Logicamente nós nos reabastecíamos dessas iguarias e à noite, nós chegávamos à nossa insatisfatória pocilga, aguardando o almoço- ajantarado fornecido pelo proprietário do albergue. Decorridos alguns dias, eu estava dormindo coberto com um edredom, depois de uma forte chuva mudando a temperatura local, quando fui acordado com um réptil sobre o meu lado esquerdo do peito. Enquanto a serpente rodilhava no seu local aquecido eu suava e permanecia imóvel. De vez em quando eu ouvia e sentia o barulho muito sutil dela mexendo a coberta. Eu chorava por dentro, amaldiçoando a minha viagem. Quando amanheceu, o meu colega de viagem sentiu a minha falta no café da manhã e foi ao meu quarto. Quando ele entrou, notou que eu estava totalmente desesperado, com os olhos arregalados e olhando para o meu peito. Eu abria a boca e balbuciava a palavra cobra para ele. Em principio, ele ficou perplexo com a minha situação e foi procurar o estalajadeiro, que prontamente foi ao quarto para saber detalhadamente o que houvera comigo. Nisso, eles presenciaram o animal se locomovendo por dentro da coberta e foram correndo ao local onde ficava o aparelho de rádio, a fim de solicitar um médico, explicando a situação em que eu me encontrava. Em seguida eles foram informados pelo responsável do hospital quais seriam a cor e formato do ofídio, a fim de que eles levassem o soro correto, caso eu fosse mordido. Naquele momento eles não poderiam levantar a coberta, devido à delicada situação. Isso perdurou por mais longas quatro horas. Aos poucos eu senti que a víbora começou a locomover-se vagarosamente sobre o meu corpo, deslizando pela barriga e passando por cima de meus braços do lado esquerdo, que estavam congelados, pelo pavor. De maneira abrupta, eu dei um salto para o lado direito da minha cama, como um raio, e consegui levantar-me sem ser mordido. Incrédulos com a minha iniciativa, e para a nossa surpresa ao fundo, lá no pé da cama nós ouvimos a palavra saindo da rastejante: “Geraldo”. Que susto que eu levei. Acho que ela era uma parenta dele.

Esse texto é uma homenagem ao grande humorista Castrinho.

quarta-feira, 1 de junho de 2022

Poesia


Eu sou uma embriagada. Bebo todo abecedário. Vogais e consoantes entrelaçam-se sobre mim. Eu sou fácil de ser localizada. Estou em quaisquer botecos do saber. A minha personalidade é forte, pois, penetro nas almas de pessoas que fervilham seus neurônios. Também guardo segredos. Estes ocultos no subconsciente individual. Eu gosto de exprimir alegria, saudade, virtude, e outros adjetivos mais. Às vezes eu pratico o ‘roque’, como no xadrez. Mexo em duas peças importantes do meu tabuleiro de palavras, dando novos sentidos. Se alguns de vocês não me conhecem, eu me apresento. São seis letras que você poderá levar na bagagem de sua vida. Sou 'poesia'.