sábado, 30 de março de 2019

TIRO, o RITO do momento!


Coitada da Belinha, uma cachorrinha brincalhona que tinha a mania de dormir na cama beliche, na parte do alto. Para subir ela fazia um grande contorcionismo. Ia pela estante e galgava rapidamente a parte superior do leito. Todos os dias ela fazia isso quando queria descansar. Era costume eu colocar o seu almoço, na parte externa da área. Até que em determinado dia, na hora da refeição ela não apareceu como era de costume. Eu tinha ido ao mercado e antes de sair coloquei o seu prato preferido, “grãos de carne prensado”, para sua alimentação. Quando cheguei à minha casa, vi uma cena horripilante. A minha Belinha estava toda ensanguentada. Ela ainda se encontrava viva. Enrolei-a em uma toalha e segui para a clinica veterinária, próxima a minha residência. Lá constataram que ela havia sido baleada. Fizeram todos os procedimentos necessários, mas infelizmente ela não resistiu. O projétil havia atingido órgãos vitais da minha cadela. Após o sepultamento da minha “filha”, fui para casa e lá reparei que no vidro da janela havia um buraco feito à bala. Essa situação aqui no Rio de Janeiro está insustentável. Muitas mortes ocasionadas por tiros disparados de todos os lados. Policiais, traficantes e milicianos em confrontos esquecem-se da população. A bala nunca é perdida. Ela sempre encontra alguém, e até os animais não estão livres dos descasos dos políticos que deveriam criar leis mais severas para acabar com essas mazelas de nosso Estado. Rio de Janeiro também virou um Rio de sangue.