quarta-feira, 18 de outubro de 2017

Motorista UBER, exposição sobre rodas.

Precisamente em sete de outubro de 2017, comecei a dirigir como parceiro da UBER. Ouvi vários relatos de passageiros a respeito da situação do Brasil e a penúria do povo com essa estagnação. Das mais de cinquentas viagens que eu realizei, algumas me deixaram perplexo e preocupado. Rodei por várias comunidades, onde existe a influencia do tráfico. Vi muitos traficantes armados. Entrei literalmente no foco do comércio ilegal, onde eu tive que abrir as janelas do meu veiculo juntamente com o pisca alerta aceso. Transportei muitos passageiros desiludidos com o nosso país, alguns que preferiram não comentar, e outros resignados. Em uma das minhas viagens, eu transportei um traficante que exalava maconha que me fez ficar com dor de cabeça. Rodamos até a outra favela de outro bairro da mesma facção, para retirar um velho fogão de uma residência humilde e retornar ao lugar de origem. Conversamos vários assuntos e ele meio desconfiado não quis aceitar a minha ajuda para colocar o fogão do carro. Chegando a tal comunidade encontrei vários bandidos armados com fuzis e pistolas. Eu fiquei tranquilo e novamente abri os vidros da porta e acendi o pisca alerta. Ao término da viagem o bandido efetuou o pagamento e me agradeceu porque ele estaria solicitando um motorista a muito tempo e eu tive a coragem de entrar no covil dos bandidos. A viagem inusitada foi o meu deslocamento para um determinado número de certo bairro para apanhar um casal na porta de um motel. Até aí tudo bem! Depois de trafegarmos atravessando alguns bairros deixei o cavalheiro em uma esquina e depois de algum tempo de viagem a passageira pediu-me para parar no endereço de destino e saiu rapidamente em direção oposta a minha. Amores proibidos, vendas de drogas, tudo isso eu assisti ao vivo e a cores. Que venham mais passageiros!