quarta-feira, 12 de agosto de 2020

O covid mata

Você deve se proteger

Aceite um conselho de amigo

O protocolo é se precaver

Senão não verá o sol nascer

Se puder 

Limpe o chão

Com muita água e sabão

E não se esqueça de lavar as mãos

Usando máscara 

E alcool em gel

Senão você vai para o beleléu. 

domingo, 9 de agosto de 2020

Hoje é dia dos pais, mamãe?

Dia dos pais! Um grande e feliz momento. Agora nós entendemos o significado dessa celebração. O segundo domingo do mês de agosto, assim como segundo domingo do mês maio são inesquecíveis. Essa iniciativa foi construída para estimular os laços familiares e em muitas residências perpetuam-se até hoje. Meus irmãos e eu compartilhamos dessas lembranças extraordinárias. Sei também que alguns eram pequenos e talvez eles nem se lembrem desses fatos. Esses dias de afeto e carinho dedicados aos pais eram também comemorados naqueles austeros tempos, por todos. Inclusive por famílias numerosas e menos favorecidas, e lá em casa não era diferente. Quaisquer comemorações não passavam despercebidas. Nesses dias, acordávamos radiantes e tomávamos como sempre, aquele café com leite de vaca acondicionados em garrafas de vidro de um litro, obviamente depois de fervido, juntamente pão e o famoso "Claybon". Depois alguns de nós rumávamos para a feira dominical, no centro da Praça Seca, com um de nossos responsáveis, enquanto os outros arrumavam o lar, e na nossa volta a grande preparação do almoço familiar elaborado com muito carinho pela nossa mãe. Normalmente a iguaria era galinha assada com a fabulosa e saborosa farofa junto outros complementos, como feijão, macarrão, saladas, etc. Após o almoço era comum conversarmos sobre os mais variados assuntos veiculado nas rádios e também os de nossos interesses, familiar de modo geral. O tempo passava gradativamente e apesar das dificuldades, nossos pais enfrentavam obstáculos em seus dia a dia permanecendo firmes na construção de seus objetivos em prol da nossa criação. Viam-se reforçadas pelas expressões em nossos rostos de alegria, que a felicidade morava na Carlos Gross, 139, o início de nosso convívio social, interagindo com novos coleguinhas da nossa idade e a nova realidade de crianças com várias brincadeiras infantis, além do aprimoramento de conhecimentos para nosso desenvolvimento intelectual na modesta casa construída com muito esforço e disposição, para maior conforto à nossa família. Nossos pais tiveram também, bons círculos de amizades e alguns deles, em especial, o finado "Domiro", que nos abrilhantava junto ao seu companheiro violão, com muitas serestas, normalmente realizadas aos sábados, além das festas juninas e outros eventos memoráveis em nosso discreto lar. Ainda sobre aos nossos pais, todos nós correspondemos seus anseios com restrita obediência e as suas orientações eram bastantes esclarecedoras para aprendermos sempre mais, e com a esperança de progredirmos em nossos caminhos, nós sentíamos obrigados a recompensá-los com estudos em colégios públicos, muito exigentes naquela época, adquirindo novos conhecimentos. A satisfação em estarmos juntos era infinita, enfim, nossos pais foram o nosso porto seguro. Não se importavam com presentes. Eles eram sim, simplesmente, inigualáveis. Mamãe, uma incansável do lar, trabalhava arduamente e perseverava dias melhores para todos. Nosso pai era funcionário público municipal e com atitude digna e responsável em suas atividades laborais, apesar de pouco salário, obstinava em nos proporcionar uma melhor condição de vida. Portanto, mamãe, nós perguntamos: — Hoje é dia dos pais? Com certeza a senhora iria responder-nos que sim. Para nós, vocês, José e Moema, sempre terão os seus dias cotidianamente gravados em nossas memórias e corações e que nesse espaço no plano espiritual, vocês sejam acompanhados de muita luz pela nobreza e dedicação em nos transformar em filhos de reputações ilibadas, em pessoas do bem, e que agradecidos pela educação despendida com muita arbitrariedade nos fez discorrer alguns alegres acontecimentos de muitos, na nossa saudosa rua semeando em nós o amor e desprendimento, valores fundamentais da palavra "família", enfim, para que a gente permanecesse compromissado com seus ideais, em transmitir às nossas gerações o legado exemplar, com competência e generosidade em suas vidas. Por fim, não só nesse único dia como nos trezentos e sessenta e quatro dias do ano memorizamos a presença e o som das suas vozes que nos confortam nessas eternas recordações. Saudades: Alice, Candido, Angelo, Marco, Almir, Angela, Ana, André e Telma.